sexta-feira, 30 de março de 2012

Mário Lisboa entrevista... Catarina Trindade

Olá. A próxima entrevista é com a cantora Catarina Trindade. Filha da cantora Nucha, desde muito cedo que se interessou pela música tendo em 2009 ter concorrido à terceira edição do programa "Ídolos" (SIC), tem na mãe como a sua principal influência musical apesar de ter outras influências mais direcionadas para à música internacional como Adele, Joss Stone, Pink e Adam Lambert e recentemente participou como vocalista na música intitulada "Moving On" da autoria do DJ e Produtor Mike C. Esta entrevista foi feita por via email no passado dia 21 de Fevereiro.

M.L: Como é que surgiu o interesse pela música?
C.T: Costumo dizer que a música já nasceu comigo, sempre fez parte de mim e do meu dia-a-dia. A minha mãe é profissional neste campo, o que levou a que a música obrigatoriamente estivesse desde sempre presente na minha vida. O interesse em si: desde criança que é a minha grande paixão. Já quis ser bailarina, eheheh. Mas atualmente já exclui essa hipótese, o meu sonho é mesmo ser cantora.

M.L: Quais são as suas grandes influências, enquanto cantora?
C.T: A minha mãe é sem dúvida, a minha principal influência. Admiro-a muito como ser humano e como profissional que é (gosto de separar as coisas, o fato de ser minha mãe não tem nada a ver com o fato de ser uma das minhas vozes preferidas/de referência). Para além dela, as minhas influências musicais dirigem-se muito para à música internacional: Adele, Joss Stone, Pink, Kelly Clarkson, Adam Lambert, Chris Daughtry, etc. Estes são alguns dos nomes que mais me inspiram.

M.L: Em 2009 concorreu à terceira edição do programa “Ídolos” (SIC). Como vê atualmente a aposta das estações televisivas nos programas de caça-talentos?
C.T: Sinceramente, os programas de caça-talentos em Portugal (na minha opinião) não funcionam como supostamente deveriam. O objetivo é dar a conhecer novas caras e fornecer às mesmas, oportunidades de mostrar o que valem. Temos inúmeros portugueses super-talentosos que mereciam vingar no mundo da música e de alcançar os seus sonhos. Só que infelizmente, o próprio país não é capaz de suportar ou apoiar os artistas (no geral). Quanto à minha experiência no programa "Ídolos" foi realmente mais uma experiência, uma etapa na minha vida. Fez-me crescer e ver este mundo (que já conhecia, embora de forma indireta) numa perspetiva mais aprofundada.

M.L: Quais são os cantores em Portugal com quem gostava de trabalhar no futuro?
C.T: Não tenho grandes ambições no que toca a Portugal, embora admire muito os nossos artistas. Talvez por ser adolescente e pela minha geração estar fortemente influenciada pela música internacional. Sei que não é muito patriótico da minha parte, mas gostava muito de ter uma carreira na qual pudesse cantar em inglês. Isto, obviamente caso algum dia vir a acontecer. No entanto, estou aberta a projetos e não excluo hipóteses. Ficaria muito orgulhosa e feliz se algum dia fosse convidada para trabalhar com alguém seja um cantor português ou internacional.

M.L: Como vê atualmente a música portuguesa em geral?
C.T: Como já referi atrás, os meus gostos musicais direcionam-se muito para à música internacional. A música portuguesa (da minha perspetiva), acho que é pouco valorizada nos dias que decorrem. Temos realmente muitos artistas (e muito bons naquilo que fazem) que não têm a carreira que mereciam. O mundo artístico em Portugal (para além da música: arte no geral como a representação por exemplo) atualmente não obtém o valor que deveria, ninguém aposta... Mas também temos de ver que o país está a viver uma grande crise financeira, o que condiciona tudo o resto.

M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
C.T: Sem dúvida! Esse é o meu verdadeiro sonho.

M.L: É filha da cantora Nucha. Como vê o percurso que a sua mãe fez até agora?
C.T: Orgulho-me muito do percurso profissional da minha mãe independentemente dos estilos pelos quais enveredou. É uma profissional excelente, um verdadeiro "bicho de palco" como costumo dizer. Admiro-a em todos os sentidos. É claro que há sempre preferências e nisso tenho mesmo de sublinhar que adorei a aposta que fez neste último CD que acabou de sair há umas semanas atrás. O álbum "Num Instante Tudo Muda" é sem dúvida a "cara" da minha mãe, enquanto intérprete demonstrando o seu lado mais tranquilo, calmo, sereno. Recomendo!

M.L: Gostava de experimentar outras áreas como por exemplo a representação?
C.T: Por acaso, sempre tive bastante curiosidade em experimentar a área da representação. Não posso comparar ao meu sonho de cantar, mas é uma área que me cativa bastante e quem sabe um dia não experimente mesmo... A fotografia também sempre foi algo que me fascinou, é outra das minhas grandes paixões.

M.L: Como vê o futuro da Música em geral nos próximos anos?
C.T: Acho que só, quando chegarmos lá é que iremos saber. O futuro é incerto, tudo muda de um momento para o outro. Se formos a falar de música num dia o que está na moda é ouvir Rock, noutro já é Rap e atualmente penso que seja a música eletrónica. E isso vê-se pelas tendências que a maioria dos grandes artistas estão a adotar. Tudo irá depender do que o público quererá e gostara de ouvir. Nos dias de hoje visualizo "um mundo de DJ's", eheheh.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
C.T: Tenho recebido convites para alguns projetos vocacionados para um estilo eletrónico (música House) por parte de alguns DJs nacionais. No passado dia 19 de Fevereiro de 2012 foi lançada uma música na qual participo como vocalista. Chama-se "Moving On", é da autoria do DJ/Produtor Mike C (um jovem bastante promissor que com apenas 17 anos de idade já tem algumas faixas editadas e lançadas em CD's). Para terem acesso à música, isto é, poderem ouvir e partilhar com outras pessoas basta irem às nossas Páginas oficiais no Facebook que estão sempre a ser atualizadas:


É importante referir que não considero como o meu primeiro original, mas sim como uma participação. Gostava de seguir uma linha mais virada para o Blues, Pop-Rock, Soul... E é claro que irei continuar a investir nos covers, algo que me dá imenso prazer em fazer.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda?
C.T: Adorava viajar para todo o lado, de palco em palco como as minhas grandes referências musicais o fazem. É um sonho: gravar um CD original em inglês dentro do estilo que gosto que tenha significado e com o qual as pessoas se possam identificar.

M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da sua vida? 
C.T: Gostava de ter controlo sobre o meu futuro mais propriamente dedicar-me por inteiro à música. Contudo, é algo que só com uma estrelinha da sorte o farei. Por agora, irei continuar a estudar, tirar um curso superior noutra área (provavelmente dentro da comunicação social/jornalismo) e fazer disso a minha prioridade. A música é apenas um hobbie e quem sabe, uma segunda profissão se assim tiver de ser.ML

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