sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mário Lisboa entrevista... Vera Kolodzig

Olá. A próxima entrevista é com a atriz Vera Kolodzig. Desde muito cedo que se interessou pela representação tendo-se estreado como atriz em 2000 com a telenovela "Jardins Proibidos" (TVI) e desde aí desenvolveu um percurso que passa essencialmente pela televisão (onde entrou em produções como "Dei-te Quase Tudo" (TVI), "Ilha dos Amores" (TVI), "Fascínios" (TVI) e "Deixa Que Te Leve" (TVI) apesar de ter feito alguns trabalhos no teatro e no cinema e recentemente participou na telenovela "Espírito Indomável" (TVI), atualmente participa na peça "Os 39 Degraus" que é baseada numa longa-metragem com o mesmo título realizada por Alfred Hitchcock e que conta com encenação de Claudio Hochman e brevemente vai participar na série policial "Bairro Estrela Polar" que Francisco Moita Flores está a escrever para a TVI. Esta entrevista foi feita por via email no passado dia 14 de Novembro.

M.L: Atualmente integra o elenco da peça “Os 39 Degraus” que é baseada numa longa-metragem com o mesmo título realizada por Alfred Hitchcock. Como é que está a correr a peça?
V.K: Está a correr lindamente. Felizmente temos tido salas cheias, o que é muito gratificante.

M.L: Quais são os próximos locais que a peça vai passar?
V.K: Acabamos recentemente a temporada no Porto e vamos agora para o Casino Estoril de 17 a 26 de Novembro. Em Janeiro, vamos também passar por Beja, Portalegre e Tomar.

M.L: Como é que surgiu esta peça?
V.K: Quando foi decidido fazer a reposição do espetáculo, a Inês (Castel-Branco) já estava com outro projeto e por isso indisponível. Propuseram-me substitui-la e aceitei logo com muito prazer. 

M.L: Já tinha visto a longa-metragem, antes de se envolver na peça?
V.K: Sou uma fã de Hitchcock, mas confesso que ainda não tinha visto “Os 39 Degraus”. No entanto, há que referir que o texto original é de John Buchan e foi depois adaptado para teatro por Patrick Marlow. Apesar do filme de Hitchcock ser a referência mais forte há grandes diferenças entre a peça e o filme começando pelo fato de em teatro, a história ser apresentada como comédia e no filme não.

M.L: “Os 39 Degraus” é encenada por Claudio Hochman. Como é trabalhar com ele?
V.K: A peça foi encenada pelo Claudio, mas no entanto teve de seguir alguns parâmetros específicos da encenação original. Apesar de ter tido um tempo de ensaios muito limitado devido a indisponibilidades, das poucas vezes que estive com o Claudio, ele deu-me indicações muito valiosas e cruciais ao meu desempenho.

M.L: Nesta peça interpreta várias personagens. Como é que consegue passar de uma personagem para outra?
V.K: As personagens são todas muito diferentes com características muito específicas. A Anabella Schmidt é uma misteriosa espia alemã, a Margaret uma camponesa humilde e a Pamela Edwards uma inglesa chique e pudica. A troca de figurinos rápida também ajuda a encaixar-me melhor em cada uma delas. 

M.L: Como é trabalhar com o elenco?
V.K: É maravilhoso. Sinto-me em família. São todos muito generosos, o que facilitou muito a minha integração no projeto.

M.L: Como tem sido a reação do público a esta peça?
V.K: Tem sido fantástica. O espetáculo é muito acessível mesmo para quem não tem o hábito de ir ao teatro e agrada dos 8 aos 80. Não há um espetáculo em que não se oiça gargalhadas sonantes.

M.L: Recentemente participou na telenovela “Espírito Indomável” (TVI), onde interpretou a personagem Zé. Que balanço faz da sua participação neste projeto?
V.K: Tenho muito orgulho no projeto e penso que revelou uma grande evolução na ficção nacional. Quanto à Zé, foi das personagens mais marcantes que tive até hoje talvez por ser a mais distante de mim. Tive de fazer um grande trabalho de pesquisa e adotar uma fisicalidade diferente. No entanto, acho que todas as personagens eram riquíssimas e talvez por isso o público tenha gostado tanto.

M.L: Como vê o enorme sucesso que a telenovela teve, durante a sua exibição?
V.K: Vejo o sucesso da novela como um reconhecimento da evolução da qualidade da ficção nacional.

M.L: Como é que surgiu o interesse pela representação?
V.K: Não me lembro de não querer ser atriz. Talvez tenha nascido comigo.

M.L: Dedicou praticamente a sua vida profissional à televisão. Gostava de trabalhar mais no teatro e no cinema?
V.K: Sim. Acho que todos os atores deviam ter oportunidade de experimentar todas as áreas e explorar a linguagem de cada uma delas.

M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
V.K: Estou muito feliz com o que tenho em Portugal neste momento, mas claro que se a oportunidade surgisse não recusaria.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
V.K: Neste momento, estou 100% dedicada a este projeto. Gosto de viver um dia de cada vez.

M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da sua vida?
V.K: Nada.ML

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