sábado, 9 de julho de 2016

Mário Lisboa entrevista... Judite Costa

O interesse pela representação surgiu naturalmente e tem desenvolvido um percurso como atriz que ainda tem muito para dar. Tem tido também experiência em outras áreas como a produção e recentemente co-protagonizou a curta-metragem "Quarto em Lisboa" de Francisco Carvalho e que foi considerado o Melhor Filme Português pelo Fantasporto. Esta entrevista foi feita no passado dia 17 de Junho.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
J.C: Não posso dizer a famosa frase ''desde que nasci'' (pelos seis anos queria ser florista e astronauta!). Mas vá, desde muito nova! Não sei como surgiu essa ideia, sei que quando surgiu fez todo o sentido e fiz de tudo para incluir os estudos teatrais na minha formação escolar.

M.L: Quais são as suas referências, enquanto atriz?
J.C: Tive vários professores maravilhosos, que me servem como referência e torna-se difícil nomeá-los. Mas vou arriscar dizer João Paulo Costa e Maria João Vicente. Mas num meio que apela tanto à criatividade também vou buscar referências à música; ou então "aquele ator naquele filme"; toda uma panóplia.

M.L: De todos os trabalhos que tem feito até agora como atriz, houve algum que lhe encheu as medidas?
J.C: Ainda sou muito nova e ainda tenho um longo percurso pela frente... Por isso, cada espetáculo, cada trabalho é mais uma aprendizagem! No entanto, posso dizer que, apesar do palco ser a "Mãe", eu me identifico mais com o trabalho em cinema. É um processo que me ''enche mais as medidas''.

M.L: Como olha, hoje em dia, para o meio artístico pelo menos desde os últimos 6 anos em que trabalha como atriz?
J.C: Eu considero que tenho uma relação descomprometida com o meio artístico, porque como todos sabem, viver como atriz é muito difícil ou quase impossível. Tenho o meu trabalho e quando surge uma oportunidade que possa coincidir (ou que permita largar tudo) vou atrás. Mas sinto que a relação cultural-sociedade falha dos dois lados. Não há subsídios nem apoios (mostra que as pessoas não percebem o verdadeiro valor da cultura e não falo só do valor humano! Há cidades que vivem da cultura), mas ao mesmo tempo sinto que há uma falha na comunicação com o público em alguns espetáculos (o que acaba por afastar as pessoas do Teatro).

M.L: Tem tido experiência em outras áreas como, por exemplo, a produção. De que forma estas experiências alternativas têm sido gratificantes para si?
J.C: Muito gratificantes! É um trabalho que me dá muito gosto de fazer.

M.L: Recentemente, a curta-metragem “Quarto em Lisboa” de Francisco Carvalho, na qual co-protagonizou, foi considerado o Melhor Filme Português pelo Fantasporto. Como é que se sentiu ao saber dessa premiação?
J.C: Fiquei muito feliz, é claro! O Francisco Carvalho é um excelente realizador e estava rodeado por uma bela equipa. É sempre um grande orgulho saber que o nosso trabalho é bem recebido e que fomos capazes de dar vida às ideias do Francisco.

Judite Costa como "Joana" em "Quarto em Lisboa"
M.L: Que balanço faz do percurso que tem desenvolvido até agora como atriz?
J.C: Um balanço muito positivo! Conheci pessoas maravilhosas, tive experiências fantásticas... A pessoa que sou hoje em dia deve-se a esse mesmo percurso! 

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
J.C: Gostava muito de tirar um curso de interpretação para cinema e de entrar numa Longa-Metragem!ML

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