domingo, 16 de abril de 2017

Mário Lisboa entrevista... Manuela Couto

Natural de Setúbal, começou a representar aos dez anos num grupo de teatro amador, e com o passar do tempo tornou-se numa das atrizes portuguesas mais aclamadas da atualidade e também numa das grandes damas da nossa representação, cujo percurso passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "O Último Beijo" (TVI), "Amanhecer" (TVI), "Queridas Feras" (TVI), "Ninguém como Tu" (TVI), "Tempo de Viver" (TVI), "Ilha dos Amores" (TVI), "Casos da Vida" (TVI), "Equador" (TVI), "Olhos nos Olhos" (TVI), "Sentimentos" (TVI), "Anjo Meu" (TVI), "Doida por Ti" (TVI), "Belmonte" (TVI), "Jardins Proibidos" (TVI), "Santa Bárbara" (TVI), "Aqui Tão Longe" (RTP). Também tem experiência na direção de atores para televisão, recentemente co-protagonizou a peça "Os Dias Realistas", e atualmente participa na telenovela "Ouro Verde" que está em exibição na TVI. Esta entrevista foi feita no passado dia 25 de Março.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
M.C: Por volta dos dez anos, quando comecei a representar num grupo de teatro amador, com amigos da minha idade, com quem cantava no Coral Luísa Todi e no coro da igreja.

M.L: Quais são as suas referências, enquanto atriz?
M.C: Se está a falar de atrizes e atores, penso em Eunice Muñoz, Nicolau Breyner, Meryl Streep, Kevin Spacey, Julianne Moore.

M.L: Na televisão, desde 2002 que trabalha frequentemente com a TVI e a Plural. De todos os trabalhos que tem feito com estas duas empresas nos últimos 15 anos, há algum em particular que pode dizer-se que é o seu favorito?
M.C: Gostei particularmente da série “Equador”. Mais recentemente, gostei de interpretar a personagem Paula Montemor, na novela “Santa Bárbara”.

Manuela Couto como "Francisca", ao lado de Nicolau Breyner, em "Equador"

Manuela Couto e o seu núcleo de "Santa Bárbara" (Diana Costa e Silva, Catarina Wallenstein, Luís Esparteiro, Gabriela Barros)
M.L: Também tem experiência na direção de atores para televisão. Dirigir atores é de certa forma uma necessidade para si e gostava de um dia ir mais longe no que toca a experimentar a encenação ou a realização?
M.C: Não é propriamente uma necessidade, mas sim uma coisa que gosto de fazer. Gosto de ver os atores a fazerem aparecer uma personagem. Fico fascinada. Isto, para mim, não tem nada a ver nem com realização nem com encenação, duas coisas que não pretendo fazer.

M.L: Fez parte do “Jornalouco”/“Cara Chapada” que estreou nos primórdios da SIC e foi o antecessor do “Contra Informação” (RTP). Nestes tempos pertinentes, seria bom na sua opinião voltarem a apostar neste tipo de programa nem que seja para alegrar o público?
M.C: Acho que faz falta mais sátira, e humor inteligente, não necessariamente com bonecos.


M.L: É para mim uma das maiores atrizes da sua geração e também das últimas 3 décadas. Como lida quando alguém lhe dá este tipo de elogio por exemplo?
M.C: Fico contente!


M.L: É natural de Setúbal, onde começou a trabalhar como atriz, e foi recentemente condecorada com a Medalha Honorífica da Câmara Municipal da cidade. Como olha hoje em dia para Setúbal no que toca à sua relevância, enquanto cidade, e como é que se sentiu ao receber a medalha?
M.C: Setúbal tem crescido muito nos últimos anos. Está uma cidade mais bonita, mais cuidada, com os olhos postos no turismo, o que é uma atitude inteligente, porque a cidade tem todas as condições para ser um destino turístico de excelência. Fiquei muitíssimo feliz com o reconhecimento, como é óbvio!

Manuela Couto com a sua Medalha Honorífica da Câmara Municipal de Setúbal
M.L: Olhando para trás, sente agora que é tanto melhor atriz como melhor pessoa do que quando iniciou o seu percurso há muitos anos atrás?
M.C: Não diria melhor, diria mais experiente e mais consciente da minha profissão e do que quero da vida.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
M.C: É preciso ter talento e vocação!

M.L: Que balanço faz do percurso que tem desenvolvido até agora como atriz?
M.C: Tem sido muito bom!

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
M.C: Viajar!ML

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