terça-feira, 19 de julho de 2011

Mário Lisboa entrevista... Sarah Adamopoulos

Olá. A próxima entrevista é com a jornalista e escritora Sarah Adamopoulos. Filha de um grego e de uma portuguesa, vive em Portugal desde o início dos anos 70 e como jornalista já passou pela imprensa, pela rádio e pela televisão e desde 1997 que exerce também a atividade de escritora tendo lançado em Novembro passado a biografia "Nicolau Breyner-É melhor ser alegre que ser triste" sobre a vida do ator Nicolau Breyner. Esta entrevista foi feita por via email em Fevereiro passado. 

M.L: Como é que surgiu a oportunidade para escrever a biografia “Nicolau Breyner-É melhor ser alegre que ser triste”? 
S.A: Fui convidada pela então editora da Planeta Cristina Ovídio, convite que aceitei com muito gosto.

M.L: Acompanhava o trabalho dele, antes de se lançar neste projeto?
S.A: Sim, como qualquer português que vê televisão e vai ao cinema.

M.L: Como foi trabalhar com Nicolau Breyner?
S.A: Foi muito agradável, ele é um grande conversador e uma parte da biografia foi construída com base em inúmeras conversas que gravámos ao longo de vários meses.

M.L: Como vê a carreira de Nicolau Breyner que já conta com 50 anos?
S.A: Como uma carreira excecional quer pela sua longevidade (num meio em que nem sempre isso é possível) como pela extrema popularidade de que goza.

M.L: Que balanço faz deste trabalho?
S.A: Positivo. Foi um trabalho inédito para mim e com o qual aprendi muito.

M.L: “Nicolau Breyner-É melhor ser alegre que ser triste” marca a sua estreia no género biográfico. Este é um género literário que gosta muito de fazer?
S.A: Não mais do que outros géneros, embora não considere a biografia literatura.

M.L: Como é que surgiu o interesse pelo jornalismo?
S.A: Como uma consequência do interesse por escrever.

M.L: Passou pela imprensa, pela rádio e pela televisão. Qual destes meios de comunicação que lhe dá prazer em trabalhar?
S.A: A imprensa e a rádio são os meios que prefiro.

M.L: Qual foi o trabalho que a marcou num destes meios de comunicação, durante o seu percurso como jornalista?
S.A: Os anos em que estive como redatora ao serviço do semanário O Independente.

M.L: Qual foi o momento que a marcou, durante o seu percurso como jornalista?
S.A: Não consigo identificar um único momento, foram vários.

M.L: Desde 1997 que é escritora. Como é que surgiu a escrita na sua vida?
S.A: Uma vez mais como uma consequência neste caso do jornalismo.

M.L: Qual é o género literário que lhe dá gosto em escrever?
S.A: Falando de jornalismo: a reportagem, a entrevista e a crónica.

M.L: Qual foi o livro que lhe deu mais prazer em escrever?
S.A: “Fado Menor” (Oficina do Livro, 2005).

M.L: Como vê atualmente a Cultura e a Comunicação Social?
S.A: Com muitos maus olhos pela falta de independência da generalidade dos meios.

M.L: Gostava de ter feito uma carreira internacional?
S.A: Talvez.

M.L: Qual foi a figura do jornalismo que a marcou, durante o seu percurso como jornalista?
S.A: Foram várias. Falando dos portugueses e referindo apenas alguns dos que marcaram os anos de formação como jornalista: Miguel Esteves Cardoso, João Gobern, Luís M. Faria, Helena Sanches Osório, Francisco José Viegas, etc, etc.

M.L: Atualmente tem um blogue intitulado “A Espuma”. Como é que surgiu a ideia de criar o blogue?
S.A: Foi em 2003, o ano do boom dos blogues, altura em que aderi a essa escrita inspirada por um pequeno grupo de pioneiros no género.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
S.A: Um novo livro para o final deste ano sobre o qual nada mais posso adiantar.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda?
S.A: Dar a volta ao mundo.

M.L: Se não fosse a Sarah Adamopoulos, qual era a jornalista ou escritora que gostava de ter sido?
S.A: Susan Sontag.ML

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