quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Mário Lisboa entrevista... Ana Bastos

Desde muito cedo que se interessou pela representação e tem desenvolvido um percurso como atriz que passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "Cinzas" (RTP), "Verão Quente" (RTP), "O Olhar da Serpente" (SIC), "Queridas Feras" (TVI), "Floribella" (SIC), "Fascínios" (TVI), "Feitiço de Amor" (TVI) e "Rebelde Way" (SIC). Mulher de armas, tem passado por etapas diferentes ao longo do seu percurso profissional, e, recentemente, iniciou uma nova etapa ao começar a trabalhar no Ramo Imobiliário, mas deixou em aberto um possível regresso à representação. Esta entrevista foi feita no passado dia 31 de Dezembro.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
A.B: Desde miúda. Sempre tive apetência para tal.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
A.B: Poderia dizer que foi o Bruce Lee (isto em tom de brincadeira), porque na altura em que vivi em África não havia televisão e os filmes que passavam eram só de Artes Marciais com o Bruce Lee.

M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes géneros que mais gosta de fazer?
A.B: São 3 géneros diferentes. O Teatro, porque tem o carinho do público na hora. A Televisão, porque poderá ser eterna a nossa visibilidade. O Cinema pela forma como é cuidadosamente gravado.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como atriz?
A.B: Adorei a Isilda do “Verão Quente” (RTP). Foi o meu primeiro grande papel. Era uma personagem que tinha algo a ver comigo. Estava acompanhada por grandes Senhores/as do meio artístico Português.

M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção nacional?
A.B: Com pena. Vejo o teatro muito mal aproveitado. Não lhes são dadas condições. Falta calor e vontade de aposta. A ficção nacional vai andando, embora se feche num núcleo quase privado.

M.L: É filha de Ernâni Pinto de Bastos que faleceu em 2011 e foi pioneiro do para-quedismo no Algarve. Como vê o percurso que o seu pai desenvolveu até falecer?
A.B: Foi um homem sempre ligado ao Desporto. Apaixonado pelo para-quedismo e pelas Artes Marciais. Sem muita sorte no final devido à sua doença conseguiu no entanto criar bons seguidores da sua paixão.

M.L: Além da representação, também tem experiências tão diferentes como, por exemplo, modelo, bailarina e produtora, e, recentemente, iniciou uma nova etapa da sua vida ao começar a trabalhar no Ramo Imobiliário. Tendo em conta que tem desenvolvido um percurso atípico, em qual destas funções em que se sente melhor?
A.B: É difícil dizer. São etapas diferentes e fazem parte de um percurso de vida. Cada uma a seu tempo tem tido um gosto especial. Agora lutamos no Ramo Imobiliário, mas quem sabe se no futuro volto à representação.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
A.B: Paixão, vontade e acreditar. Porque já somos muitos e a perseverança é o trunfo de uma carreira.

M.L: Que balanço faz do percurso profissional que tem desenvolvido até agora?
A.B: É um balanço positivo, mas com muito ainda para dar. Penso em andar de bengala pelos estúdios e assim ser reconhecida pelo meu trabalho.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
A.B: Sinceramente, eu não sei, porque sou uma mulher de armas e como tal acho que ainda me falta percorrer muita estrada. O futuro é uma incógnita, onde reserva uma série de experiências novas.ML

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