segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mário Lisboa entrevista... Melissa Leo

O interesse pela representação surgiu desde muito cedo e nas últimas 3 décadas tem desenvolvido um longo e considerável percurso como atriz que passa pelo teatro, pelo cinema ("21 Gramas" (2003), "Rio Gelado" (2008), "A Dupla Face da Lei" (2008), "Corações Perdidos" (2010), "A Advogada" (2010), "The Fighter-Último Round" (2010), "Red State-Culto Mortal" (2011), "Decisão de Risco" (2012), "Uma Morte Necessária" (2013), "Olympus Has Fallen-Assalto à Casa Branca" (2013), "Oblivion-Esquecido" (2013), "Prisoners-Raptadas" (2013), "Aproveita a Vida Henry Altmann" (2014) e "The Equalizer-Sem Misericórdia" (2014), e pela televisão ("Departamento de Homicídios" (1993-1997), "A Letra L" (2005), "Shark" (2006), "Treme" (2010-2013), "Mildred Pierce" (2011) e "Louie" (2012). Vencedora do Óscar de Melhor Atriz Secundária por "The Fighter-Último Round" e de um Emmy pela sua participação em "Louie", recentemente participou na minissérie produzida por M. Night Shyamalan, "Wayward Pines", que está atualmente em exibição na FOX. Esta entrevista foi feita no Centro Multimeios de Espinho.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
M.L: Quando eu tinha 2/3 anos de idade. Nós não tínhamos televisão, eu ainda não tinha visto nenhum filme, mas vi um espetáculo de ballet aos 3 anos, eu fingia e para mim fingir era seguro e confortável. Depois eu fui com a minha mãe para um teatro de marionetas e foi a minha primeira representação.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
M.L: A minha imaginação.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como atriz?
M.L: É como ser a Mãe de muitos e dizer qual é o meu filho favorito. Eu sou louca pelo meu trabalho, portanto eu adoro-os a todos.

M.L: Em 2010, participou na longa-metragem “Corações Perdidos” de Jake Scott, na qual protagonizou ao lado do falecido James Gandolfini e Kristen Stewart (https://www.youtube.com/watch?v=jjK-szKfGFQ). Que recordações guarda desse trabalho?
M.L: Foi um belo trabalho. Eu adorei trabalhar com todos. O Jake vem de uma família de artistas e é um excelente realizador por mérito próprio. A Kristen tinha acabado de filmar “Twilight-Crepúsculo” (2008) e é um lindo Ser Humano e uma maravilhosa atriz. Eu choraria agora se começasse a falar sobre o James, foi uma honra ter tido a oportunidade de trabalhar com ele.

M.L: Como vê, atualmente, o audiovisual (Cinema e Televisão) nos EUA?
M.L: Nos EUA, como em outros países, há o bom e o mau. Talvez o bom está ao mais alto nível em televisão e ao mesmo tempo o pior é pior. A noção de que mais dinheiro é a chave para a felicidade, o Cinema é um exemplo claro de que mais dinheiro não significa um filme melhor, portanto os blockbusters pertencem a Hollywood, mas neste momento o Cinema e a Televisão pertencem ao Mundo.

M.L: Como lida com o público que acompanha sua carreira há vários anos?
M.L: Eu nunca fui reconhecida, exceto uma ou duas vezes por ano, até há poucos anos atrás. Eu estive nas salas de estar das pessoas através da televisão, mas eu passo por elas e não fazem a mínima ideia. Entretanto, eu fiz uma participação na série “Louie” (FX, (2010-) do humorista Louis C.K., e nessa altura muitas pessoas vieram ter comigo na rua a dizerem, “Meu Deus, foste tão boa!” (https://www.youtube.com/watch?v=rhF7-QreW2I). As pessoas não costumam abordar-me, eu apenas sigo com a minha vida normalmente.

M.L: Em 2011, ganhou o Óscar de Melhor Atriz Secundária, pela sua participação na longa-metragem “The Fighter-Último Round” (2010) de David O. Russell (https://www.youtube.com/watch?v=DAKYnTYaKQ8). Como é que se sentiu ao saber que ganhou o prémio?
M.L: Eu acho que não consigo encontrar palavras para descrever o momento em que Kirk Douglas abre finalmente o envelope e diz o meu nome e depois o Mundo todo viu e eu não estava a pensar… Não é tão mau usar linguagem colorida, eu costumo usá-la, mas em televisão nós temos regras. Desde essa noite até agora é muito mais do que poderia dizer, porque a minha vida não mudou de um dia para o outro, mas o melhor disto tudo foi o de sentir aceitação, de sentir-me incluída num grupo muito especial.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
M.L: Se alguma coisa o impedir deixe, porque não é o que parece. Mas se não consegue ser impedido, foi destinado para o fazer.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
M.L: Encontrar um companheiro de vida.ML

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