quinta-feira, 5 de março de 2015

Mário Lisboa entrevista... Rita Neves

O interesse pelo jornalismo surgiu desde muito cedo e nos últimos 10 anos tem desenvolvido um sólido e considerável percurso como jornalista. Trabalhou na rádio e desde 2007 que trabalha na SIC, e, atualmente, está a preparar-se para o maior desafio da sua vida a nível geral: ser Mãe. Esta entrevista foi feita no passado dia 4 de Fevereiro.

M.L: Quando surgiu o interesse pelo jornalismo?
R.N: O gosto pelo jornalismo surgiu muito cedo, na infância. Nas brincadeiras com os amigos e irmãos, simulava noticiários televisivos e entrevistas. Aos 7 anos, pedi pelo Natal um microfone para poder “fazer diretos”. Fascinava-me o relato e o comunicar as notícias aos outros.

M.L: Quais são as suas influências nesta área?
R.N: A primeira grande influência foi sem dúvida o Pedro Mourinho, quando surgiu o “Caderno Diário” na RTP. Era uma criança e o programa fascinou-me de imediato. Não perdia uma edição. Depois, claro, fui crescendo e descobrindo muitos outros nomes que ainda hoje me inspiram. O Carlos Fino, o Mário Crespo, o Henrique Cymerman, a Alberta Marques Fernandes, entre muitos outros…

M.L: Trabalhou na rádio e desde 2007 que trabalha na SIC. Que balanço faz do tempo em que trabalha no canal?
R.N: Um balanço muito positivo. Sinto-me satisfeita com o meu percurso e evolução nestes quase 9 anos. Penso que tenho crescido no tempo certo, com uma evolução sólida e sustentada. Tenho tido boas oportunidades de crescimento e de expansão dos meus conhecimentos e experiência.

M.L: A SIC existe desde 1992. Como vê o percurso que o canal tem feito, desde a sua fundação até agora?
R.N: O percurso do canal de referência em Portugal. É sem dúvida aquele que mais confiança e credibilidade inspira nos espectadores portugueses. Tem sabido trabalhar muito bem nesse sentido, nunca descurando a importância que essa confiança assume. Tem, nos últimos anos, lidado com os problemas financeiros comuns a todo o panorama audiovisual, mas tem sabido manter a linha de identificação.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como jornalista?
R.N: Não há nenhum em que possa dizer “este foi o mais marcante”. Felizmente, tenho tido vários desafios bastante importantes no meu percurso e que me têm permitido dar mais um passo em frente e evoluir profissionalmente.

M.L: Em 2012, apresentou o programa “Portugal Marca” que foi exibido na SIC Notícias e produzido pela produtora Olhoazul de Cristina Amaro, na qual era dedicado a empresas que contribuem para o crescimento da Economia nacional e projetos de empreendedorismo e inovação. Que recordações guarda desse trabalho?
R.N: Boas recordações e pena pelo programa ter chegado ao fim. Numa altura em que apenas se falava de crise e de más notícias, existir um espaço para mostrar os aspetos positivos do nosso País e da nossa Economia, era fundamental e tinha uma boa influência na Economia. Lamento que os potenciais investidores não tenham reconhecido a mesma importância e que, por falta de apoios, o programa tivesse chegado ao fim.

M.L: Como vê, atualmente, a Comunicação Social em Portugal?
R.N: Com alguma preocupação. A conjuntura económica tem criado constrangimentos perigosos que originam, um desinvestimento em novos projetos, em ideias e profissionais. Tenho esperança que o quadro possa inverter-se em breve, caso contrário está iminente o risco da qualidade deteriorar de tal maneira que será difícil voltar a conquistar a confiança e credibilidade por parte dos espectadores, ouvintes ou leitores.

M.L: Em 2009, fez um estágio no canal de informação britânico Sky News. Durante o tempo em que fez o estágio, que diferenças é que encontrou entre Portugal e Inglaterra, no que diz respeito ao modo de fazer jornalismo?
R.N: Mais do que as diferenças entre a maneira de fazer jornalismo, são as diferenças entre o modo de pensar na gestão de uma empresa noticiosa e de uma redação televisiva. Os ingleses são muitíssimo organizados e a redação da Sky News é uma máquina muito bem oleada. A estrutura da redação também está muito bem definida, de modo a que todos os trabalhadores saibam qual o seu papel. Aqui, à boa maneira portuguesa, estamos mais habituados a viver o dia-a-dia e a improvisar mais. 

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na área do jornalismo?
R.N: Sejam curiosos, não tenham medo de ter a iniciativa e de serem persistentes.

M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até agora, como jornalista?
R.N: Um balanço positivo. Tenho feito um caminho consistente, que me tem permitido crescer de uma forma sólida e coerente.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
R.N: Neste momento, o meu maior projeto é pessoal, já que me preparo para ser mãe!

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
R.N: Ir para um cenário de conflito fazer reportagem.ML

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