sábado, 17 de setembro de 2016

"Contrato" (2009)


Nicolau Breyner, recentemente condecorado como Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a título póstumo, é um dos meus grandes ídolos e também uma das minhas principais influências na vida nomeadamente pela sua carreira multifacetada que desenvolveu ao longo de 56 anos, pela sua maneira de estar na vida e pela marca que deixou no Mundo, mais concretamente este país lusitano chamado Portugal, e por isso eu estava com expectativas enormes em 2009 quando estreou o thriller policial, "Contrato", que marcou a sua estreia na realização para cinema após vários anos a realizar para televisão.


Baseado no livro "Requiem por D. Quixote" de Dinis Machado e com um elenco liderado por Pedro Lima e Cláudia Vieira, "Contrato" retrata Peter McShade (Pedro Lima), um hitman atormentado, e a sua jornada de cumprir o contrato de assassinar o poderoso mafioso Georgios Thanatos (Nicolau Breyner) e na altura foi um sucesso de bilheteira apesar de ter sido alvo de saco de pancada por parte da crítica. O que para mim foi injusto, pois apesar de não ser um filme perfeito, eu acho que é uma decente primeira realização de Nicolau Breyner que fez o melhor filme possível, apesar das limitações tanto de orçamento como de dias, e rodeado dos melhores profissionais do meio audiovisual português. E eu tenho que salientar a minha cena favorita de todo o filme que é uma conversa muito tarantinesca* entre McShade e Thanatos, pois uma das coisas que eu gosto imenso em cinema principalmente é de momentos em que as personagens apenas falam.

Nicolau Breyner (Realizador/Co-Argumentista/"Georgios Thanatos")
"Contrato" é apesar de tudo uma boa diversão no cinema, um bom entretenimento para se ver por exemplo num sábado à noite e também um contributo português para o género noir merecedor de ser mais visto nem que seja para conhecer um pouco mais do lado realizador do chamado "Pai da Ficção Nacional".

Mário Lisboa

*Referência ao realizador/guionista Quentin Tarantino

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