M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
K.M: Aos 13 anos.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
K.M: Fernanda Montenegro, Glenn Close, (Robert)
DeNiro, Selton Mello…
M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes géneros
que lhe dá mais gosto de fazer?
K.M: Cinema e Televisão...
M.L: Qual foi o trabalho num destes géneros que a
marcou, durante o seu percurso como atriz?
K.M: “A Indomada” (TV Globo).
M.L: Já fez telenovelas. Este é o género televisivo
que mais gosta de fazer?
K.M: Sim... mas gosto muito de séries
também. Tudo depende de quem escreve e de quem realiza. Se você não parte de um
bom guião... não há milagres.
M.L: Em 1997 participou na telenovela “A Indomada” que
foi exibida na TV Globo, da qual interpretou a personagem Grampola. Que
recordações guarda desse trabalho?
K.M: Profissionalmente, foi uma fase
muito próspera. Tenho uma predileção pela escrita do Aguinaldo Silva e do Ricardo
Linhares (os autores de “A Indomada”)…
M.L: Qual foi o momento que mais a marcou, durante o
seu percurso como atriz?
K.M: Não tenho um momento que considero
mais especial que outro... é tudo trabalho...
M.L: Como vê atualmente o teatro e o audiovisual (Cinema
e Televisão) no Brasil?
K.M: O cinema vive a sua melhor fase. O
teatro continua precisando de incentivos para poder cobrar bilhetes mais
acessíveis.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
K.M: Posso dizer que já tenho carreira
internacional… Portugal acolheu-me muito bem, trabalho desde 2008... tenho
trabalhado muito. Completo 24 anos de carreira e a última etapa aqui foi muito
produtiva.
M.L: Em 2013 celebra 24 anos de carreira, desde que
começou com a mini-série “O Grito da Noite” na TV Manchete em 1989. Que balanço
faz destes 24 anos?
K.M: Gosto daquilo que sei fazer, mas não
estou disposta a fazê-lo a qualquer preço... A minha prioridade é qualidade de
vida e paz de espírito. Hoje posso dizer que a minha felicidade não vem
exclusivamente da carreira. Não sou escrava do entretenimento. Descobri que
tenho muitos outros talentos.
M.L: Além da representação também é encenadora,
diretora de atores e produtora. Qual destas funções em que se sente melhor?
K.M: Gosto mais da encenação, da
dramaturgia e da preparação de elenco.
M.L: Atualmente vive em Portugal, trabalhando como
diretora de atores na produtora Plural Entertainment Portugal (ex-NBP). O que a
levou a ficar a viver em Portugal?
K.M: Gosto da vida que levo aqui.
M.L: Como vê atualmente Portugal?
K.M: É uma fase menos boa, mas todos temos fases menos boas e passamos por
ela. Portugal vai
sair mais forte. O que importa é ter bom ânimo e não deixar-se abater. Procurar
fazer a nossa parte, dentro de nós, a motivação. O Governo não tem que dar
conta de tudo…
M.L: Qual foi a pessoa que a marcou, durante o seu
percurso como atriz?
K.M: Não tenho marcas assim tão
profundas, admiro o trabalho de muitos colegas, mas não gosto do mito... todos
os dias esbarramos com colegas de trabalho mais especiais ou menos especiais.
Eu sou impactada por pessoas do bem, pessoas proativas e positivas.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
K.M: Saber a diferença entre
talento e vocação, o não é sinónimo de profissionalismo. Preocupe-se menos com
a popularidade e mais com os estudos e pesquisa. O ator deve ser um bicho
inquieto com sede de informação, vivência e experiências.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
K.M: Deixo a vida surpreender-me... Estou
estudando, reciclando-me...
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
K.M: Dar uma volta ao mundo.ML
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