M.L: Como é que surgiu o interesse pela Comunicação Social?
L.B: Comecei
por trabalhar como modelo, especialmente em publicidade, onde acabei por ter
mais contato com as câmaras. Eu adorava perceber tudo o que era necessário para
chegar até ao produto final. Com o tempo, esse interesse foi aumentando e
comecei a tentar encontrar oportunidades para trabalhar em televisão.
M.L: Quais são as suas grandes influências, enquanto
apresentadora?
L.B: Acho
que não consigo dizer que me identifico com alguém. Acho mesmo que a grande
vantagem, e também desafio, de ser apresentadora, é seres tu própria ou uma
versão amplificada de ti própria. Mas admiro grandes comunicadores, não só em
televisão. A Oprah (Winfrey), por exemplo, é alguém cuja carreira e estilo
admiro.
M.L: Qual foi o trabalho que a marcou até agora,
enquanto apresentadora?
L.B: Não
consigo escolher só um. Obviamente, a MTV foi muito importante, foi onde comecei,
o “5 para a Meia-Noite” (RTP) foi um grande desafio e muito recompensador. Não
só era em direto como me permitiu trabalhar em comédia, algo que adoro fazer. E
as “7 Maravilhas-Praias de Portugal” (RTP) foram uma grande escola no que toca
a adaptabilidade e diretos.
M.L: Além de apresentadora também foi modelo. Que
recordações guarda dessa experiência?
L.B: Foi
o início de tudo. Aprendi muito a nível pessoal e profissional. Cada trabalho
novo era uma oportunidade para ganhar experiência, mas também para conhecer
pessoas novas e diferentes, algo que ainda hoje me motiva no dia-a-dia. E
também serviu para crescer sem grandes ilusões ou ideias pré-concebidas do que
são meios como a moda ou a televisão. Acho que me ajuda a ter os pés bem
assentes na terra.
M.L: Atualmente apresenta os programas “Planeta
Música” na RTP e “A Estreia da Semana” no Canal Hollywood. Como estão a correr
estes dois trabalhos?
L.B: Neste
momento, o “Planeta Música” está parado, já que a primeira temporada chegou ao
fim. Mas ambos os trabalhos correram bem. O “PM” insere-se numa área, onde
estou bastante à vontade, já que foi onde comecei: a música. “A Estreia da
Semana" é um formato simples, mas como adoro cinema, tem sido interessante
poder trabalhar este conteúdo.
M.L: Como é que surgiu o convite para apresentar os
dois programas?
L.B: Para
o “PM” fui contactada pela produtora do programa que sabia da minha experiência
na MTV. Para “A Estreia da Semana” fiz um casting
e acabei por ser uma das pessoas escolhidas.
M.L: O Canal Hollywood existe em Portugal desde 1996.
Como vê o percurso que o canal fez até agora?
L.B: Não
tendo estado sempre atenta, do ponto de vista profissional, é difícil responder
a essa pergunta. Mas hoje em dia acabo por dedicar mais tempo ao canal e tenho
reparado que a programação do mesmo é muito boa. Têm um bom equilíbrio entre
filmes clássicos, filmes mais recentes e os chamados blockbusters. Claro que esta é uma opinião, enquanto espectadora.
De qualquer forma, acho que o investimento que estão a fazer agora em produção
nacional é uma boa aposta, não só por isso me permitir trabalhar com eles, mas
também, porque acho que o público gosta de ter mais informação acerca de
filmes, estreias, making-ofs, etc.
M.L: Qual foi o momento que mais a marcou até agora,
enquanto apresentadora?
L.B: Cada
novo desafio, cada nova oportunidade ensinam-me imenso. Mais do que destacar um
momento, acho importante continuar a retirar lições daquilo que faço, bem e
mal. Ainda tenho muito a aprender.
M.L: Como vê atualmente a Comunicação Social em
Portugal?
L.B: Não
gosto de falar em crise. Todos sabemos qual é a situação atual do país e isso
afeta todas as áreas, pessoas e profissões. Acho que, acima de tudo, estamos
numa altura de definições. Os projetos que fizerem mais sentido são os que vão
sobreviver. E isto aplica-se a toda a economia. Dito isto, acho que, cada vez
mais surgem ideias interessantes e inovadoras. Estamos mais atentos a tudo o
que se passa lá fora e aprendemos e inspiramo-nos nisso. Atenção que refiro-me,
acima de tudo, à componente de entretenimento da Comunicação Social, já que é
aí que estou mais à vontade.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
L.B: Sim,
gostava. Nem que fosse como experiência de aprendizagem e formação
profissional. E claro, também a nível pessoal.
M.L: Como lida com o público que acompanha a sua
carreira nos últimos anos?
L.B: De
forma natural. As pessoas costumam ser muito simpáticas, quando me abordam. De
qualquer forma, isso não acontece assim tantas vezes, por isso é fácil.
M.L: Gostava de experimentar outras áreas como por
exemplo a representação?
L.B: Dependendo
do projeto, podia ser interessante, mas não tenho a ambição de me tornar atriz.
M.L: Qual foi a pessoa que a marcou até agora,
enquanto apresentadora?
L.B: Ui,
tantas, mas acima de tudo pessoas com quem partilho os desafios e com quem
aprendo. A minha equipa da MTV foi muito importante, já que foi com quem
comecei e onde aprendi as bases do que faço agora. Mas todas as equipas com
quem trabalho me tornam melhor profissional.
M.L: Como vê o futuro da Comunicação Social em geral
nos próximos anos?
L.B: Não
tenho o dom da presciência. Só posso dizer que, tal como em todas as áreas
profissionais, espero que ultrapassemos a conjuntura atual da melhor forma
possível.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na Comunicação Social?
L.B: Preparem-se
o melhor possível. Sejam curiosos e exigentes convosco próprios. Façam cursos,
formações, workshops... Tudo que vos
permita adquirir competências que vos destaquem como profissionais. E depois,
trabalhem e tenham paciência, porque as coisas não acontecem da noite para o
dia.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito até
agora como apresentadora?
L.B: Muito
positivo. Tem-me sido possível trabalhar em vários projetos diferentes, o que
me torna melhor profissional. E, acima de tudo, é isso que quero.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
L.B: Tenho
algumas cartas na manga, mas neste momento é demasiado cedo para falar neles.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
L.B: Trabalhar
no estrangeiro.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
L.B: Não
me posso queixar muito. Mas como estamos em época natalícia, vou aproveitar
para pedir ao Pai Natal mais projetos interessantes e recompensadores para 2013
e adiante.ML
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