segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Mário Lisboa entrevista... Ana Sousa Dias

Olá. A próxima entrevista é com a jornalista Ana Sousa Dias. Interessou-se pelo jornalismo por acaso, sendo uma das mais respeitadas jornalistas do meio português, com um percurso que passa pela imprensa, pela rádio e pela televisão (tendo-se estreado nessa área com o programa "Por Outro Lado" que foi exibido na RTP2 entre 2001 e 2007), e, atualmente, é assessora de imprensa da Fundação José Saramago. Esta entrevista foi feita, por via email, no passado dia 24 de Outubro.

M.L: Quando surgiu o interesse pelo jornalismo?
A.S.D: Na verdade, foi um acaso. Nunca tinha pensado em ser jornalista, a intenção era estudar História. Mas depois comecei a trabalhar e gostei, fui ficando com prazer.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto jornalista?
A.S.D: Até certa altura, as influências eram os mais velhos, os que me ensinaram numa altura em que não havia curso de jornalismo em Portugal. Agora aprendo com aqueles, cujo trabalho me agrada mais: novos, velhos, assim-assim.

M.L: Durante o seu percurso como jornalista, trabalhou na imprensa, na rádio e na televisão. Qual destes meios de comunicação que mais gosta de trabalhar?
A.S.D: Eu sou da imprensa, mas gostei muito de todos os outros meios, quer a televisão, quer a rádio, quer a agência (trabalhei na Agência Lusa e foi uma bela experiência).

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, durante o seu percurso como jornalista?
A.S.D: O meu trabalho mais marcante é sempre o que está mais próximo no tempo. O de ontem, o de hoje, o que preparo para amanhã.

M.L: Entre 2001 e 2007, apresentou o programa “Por Outro Lado” que marcou a sua estreia na televisão, da qual foi exibido na RTP2. Que recordações guarda desse trabalho?
A.S.D: Foi uma boa experiência e teve uma enorme visibilidade. Tive o privilégio de, nesses anos todos, ter uma total liberdade na escolha dos entrevistados.

M.L: Como vê, atualmente, a Comunicação Social em Portugal?
A.S.D: Com preocupação, naturalmente, e, ao mesmo tempo, com expectativa: o futuro é ainda mais incerto do que sempre foi.

M.L: Gostava de ter feito uma carreira internacional?
A.S.D: Uma carreira internacional no jornalismo é uma coisa muito rara. Nunca pensei nisso.

M.L: Em 2015, celebra 40 anos de carreira, desde que iniciou a sua carreira de jornalista em 1975. Que balanço faz destes 40 anos?
A.S.D: Esta profissão permitiu-me conhecer pessoas e situações a que nunca teria tido acesso sem ela e como, para mim, o mais importante, no meio de tudo isto, são as pessoas, o balanço é muito positivo.

M.L: Atualmente, é assessora de imprensa da Fundação José Saramago. Que balanço faz do tempo em que exerce essa função?
A.S.D: Tem sido muito estimulante participar na instalação e nas atividades da Fundação. É um trabalho muito interessante, este contacto com não apenas os jornalistas, mas também com os visitantes da Casa dos Bicos.

M.L: José Saramago faleceu em Junho de 2010. Como vê o percurso que ele fez até falecer?
A.S.D: Sou leitora da obra de José Saramago e conheci-o pessoalmente. Um autodidata que chega ao Nobel da Literatura só pode ser uma pessoa especial.

M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira no jornalismo?
A.S.D: Que tenha sempre curiosidade e que nunca esqueça os princípios deontológicos.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
A.S.D: Não sei, francamente.ML

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