terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mário Lisboa entrevista... Patrícia Kogut

Olá. A próxima entrevista é com a jornalista brasileira Patrícia Kogut. Desde muito cedo que se interessou pelo jornalismo, tendo-se tornado numa das mais reputadas jornalistas do meio brasileiro, com um percurso que passa, essencialmente, pela imprensa. Desde 1995 que trabalha no jornal O Globo, onde assina uma coluna diária sobre televisão, desde 1998 e, atualmente, está com um projeto de um livro, da qual pretende voltar a trabalhar brevemente. Esta entrevista foi feita, por via email, no passado dia 30 de Agosto.

M.L: Quando surgiu o interesse pelo jornalismo?
P.K: Desde cedo que sempre gostei de escrever. Estudei Letras na universidade, antes de estudar Jornalismo. O trabalho no jornal sempre me pareceu atraente.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto jornalista?
P.K: Admiro muitos profissionais, mas não sinto isso como influências. Tento ser correta e justa nos julgamentos que faço na coluna.

M.L: Trabalha, essencialmente, na imprensa. Gostava de, um dia, trabalhar em outros meios de comunicação como, por exemplo, a televisão?
P.K: Mário, lá atrás, no início, eu tentei a televisão. Mas sou tímida e não senti-me muito à vontade. Admiro quem faz, mas não é para mim. Também gosto de rádio, que nunca fiz, mas admiro o veículo. Encontrei-me escrevendo, gosto de jornal.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, durante o seu percurso como jornalista?
P.K: Não saberia citar um. Gosto muito de escrever sobre televisão, mas uma das vantagens de trabalhar num jornal grande é que, se estiver cansado do seu tema, pode escrever para outras editoriais. Embora escreva uma coluna diária, o que toma tempo e prende a pessoa na redação, gosto, de vez em quando, de ir para a rua fazer uma matéria.

M.L: Como vê, atualmente, a Comunicação Social no Brasil?
P.K: Como mercado, está muito difícil. Há uma crise aqui, como em outros países, no jornalismo impresso. Há publicações sendo fechadas. Não é fácil.

M.L: Gostava de fazer uma carreira, em termos internacionais?
P.K: Mário, nunca pensei nisso, mas seria bom!

M.L: Desde 1995 que trabalha no jornal O Globo, onde assina uma coluna diária sobre televisão. Que balanço faz do tempo em que trabalha no jornal?
P.K: Aprendi muito aqui, quase tudo o que sei da profissão. Cheguei com pouca experiência, vinda de uma revista feminina. Descobri que era capaz de produzir muito, num ritmo diário, muitas vezes pesado. Tive muitas alegrias e continuo tendo. Não é uma vida fácil, mas vale.

M.L: Assina a sua coluna, desde 1998. Como tem sido a reação do público à sua coluna ao longo dos anos?
P.K: Depende de quem lê. Quem recebe críticas, muitas vezes, se aborrece. Procuro ser a voz do leitor e sinto, pelos emails que recebo, que isso, em geral, acontece. A coluna agrada e desagrada ao mesmo tempo, mas acho que o papel dela é esse mesmo.

M.L: Como é que é a sua rotina, quando escreve a sua coluna?
P.K: É uma rotina intensa, porque preciso de assistir a muitos programas de TV e escrever e ainda mantenho um site (www.patriciakogut.com). Mas tenho uma ótima equipa (quatro repórteres) que ajuda-me imensamente.

M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira no jornalismo?
P.K: Não tenha medo do trabalho e divirta-se.

M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito até agora como jornalista?
P.K: Acho que é um balanço positivo. Gosto muito da profissão, faço com alegria.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
P.K: De momento, tenho um projeto de um livro que está parado. Mas vai andar em breve.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda?
P.K: Muita coisa. Muitas entrevistas, o livro que não acabei e o que mais vier.ML

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