M.L: Quando surgiu o interesse pelo jornalismo?
P.K: Desde cedo que sempre
gostei de escrever. Estudei Letras na universidade, antes de estudar
Jornalismo. O trabalho no jornal sempre me pareceu atraente.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto
jornalista?
P.K: Admiro muitos profissionais,
mas não sinto isso como influências. Tento ser correta e justa nos julgamentos
que faço na coluna.
M.L: Trabalha, essencialmente, na imprensa. Gostava
de, um dia, trabalhar em outros meios de comunicação como, por exemplo, a
televisão?
P.K: Mário, lá atrás, no
início, eu tentei a televisão. Mas sou tímida e não senti-me muito à vontade. Admiro
quem faz, mas não é para mim. Também gosto de rádio, que nunca fiz, mas admiro
o veículo. Encontrei-me escrevendo, gosto de jornal.
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, durante o
seu percurso como jornalista?
P.K: Não saberia citar um. Gosto muito de escrever
sobre televisão, mas uma das vantagens de trabalhar num jornal grande é que, se
estiver cansado do seu tema, pode escrever para outras editoriais. Embora
escreva uma coluna diária, o que toma tempo e prende a pessoa na redação, gosto,
de vez em quando, de ir para a rua fazer uma matéria.
M.L: Como vê, atualmente, a Comunicação Social no
Brasil?
P.K: Como mercado, está
muito difícil. Há uma crise aqui, como em outros países, no jornalismo
impresso. Há publicações sendo fechadas. Não é fácil.
M.L: Gostava de fazer uma carreira, em termos
internacionais?
P.K: Mário, nunca pensei
nisso, mas seria bom!
M.L: Desde 1995 que trabalha no jornal O Globo, onde
assina uma coluna diária sobre televisão. Que balanço faz do tempo em que
trabalha no jornal?
P.K: Aprendi muito aqui, quase tudo o que sei da
profissão. Cheguei com pouca experiência, vinda de uma revista feminina. Descobri
que era capaz de produzir muito, num ritmo diário, muitas vezes pesado. Tive
muitas alegrias e continuo tendo. Não é uma vida fácil, mas vale.
M.L: Assina a sua coluna, desde 1998. Como tem sido a
reação do público à sua coluna ao longo dos anos?
P.K: Depende de quem lê.
Quem recebe críticas, muitas vezes, se aborrece. Procuro ser a voz do leitor e
sinto, pelos emails que recebo, que
isso, em geral, acontece. A coluna agrada e desagrada ao mesmo tempo, mas acho
que o papel dela é esse mesmo.
M.L: Como é que é a sua rotina, quando escreve a sua
coluna?
P.K: É uma rotina intensa,
porque preciso de assistir a muitos programas de TV e escrever e ainda mantenho
um site (www.patriciakogut.com). Mas tenho uma ótima equipa
(quatro repórteres) que ajuda-me imensamente.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira no jornalismo?
P.K: Não tenha medo do
trabalho e divirta-se.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito até
agora como jornalista?
P.K: Acho que é um balanço
positivo. Gosto muito da profissão, faço com alegria.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
P.K: De momento, tenho um
projeto de um livro que está parado. Mas vai andar em breve.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
P.K: Muita coisa. Muitas entrevistas, o livro que não
acabei e o que mais vier.ML
Sem comentários:
Enviar um comentário