M.L: Quando surgiu o interesse pelo audiovisual?
A.R: O meu Pai tinha
cinemas, com 13 anos já trabalhava num. Imagina...
M.L: Como realizador, trabalha, essencialmente, na Televisão.
Gostava de ter trabalhado no Cinema?
A.R: Além da Televisão,
sempre encenei muito Teatro. Por falta de oportunidade, ainda não fiz Cinema, a
não ser publicitário, e como ator num único filme.
M.L: Qual foi o trabalho que mais o marcou, durante o
seu percurso como realizador?
A.R: São muitos e muitos
trabalhos em 45 anos de ficção. Talvez o "Pantanal" (TV Manchete) ou
o "Éramos Seis" (a primeira versão na TV Tupi) ou o “Amor com Amor Se
Paga” (TV Globo). Portanto, muitos marcaram a minha carreira, alguns até com o
Prémio APCA, de melhor Diretor do ano.
M.L: Em 2002, corealizou a telenovela “Sonhos Traídos”
que foi exibida na TVI e protagonizada por Cristina Carvalhal, Mafalda Vilhena,
Susana Arrais e Danae Magalhães. Que recordações guarda desse trabalho?
A.R: Ficou as saudades de
um belo trabalho e de um maravilhoso elenco.
M.L: Como vê, atualmente, a ficção nacional?
A.R: Poderia estar bem
melhor em vários aspetos. Devemos levar mais em consideração que a atual
CRISE também vêm afetando a ficção, principalmente, no que diz respeito à
produção.
M.L: Vive em Portugal, mas nasceu no Brasil. O que o
levou a querer viver em Portugal?
A.R: Fui convidado para
realizar "Nunca Digas Adeus" (TVI). Vim, gostei e fiquei.
M.L: Como vê, hoje em dia, Portugal, em termos
artísticos?
A.R: Portugal sempre teve
e sempre terá, uma grande importância no meio artístico internacional.
M.L: É pai do também realizador Rodrigo Riccó. Como vê
o percurso que o seu filho tem feito até agora?
A.R: Gosto da evolução do
Rodrigo, a cada trabalho que realiza, seja ficção ou entretenimento. Tenho
muito orgulho.
M.L: Também têm experiência no Teatro como encenador.
Entre a realização e a encenação, em qual destas funções em que se sente
melhor?
A.R: Na televisão, estou
totalmente à vontade. São, realmente, muitos anos. Sinto a falta de encenar
mais peças de teatro. No Brasil, eram, pelo menos, 5 por ano, aqui devo ter
encenado 5 em 12 anos.
M.L: Foi diretor artístico da extinta TV Manchete. Que
recordações guarda do tempo em que exerceu o cargo?
A.R: A Manchete foi uma
experiência marcante na minha vida profissional.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na realização?
A.R: Em primeiro lugar, que
tenham o curso de dramaturgia. Realizar não é só marcar os atores em cena. É,
principalmente, dirigir os atores em cena. Motivo pelo qual, no Brasil, somos
Diretores e não realizadores.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito até
agora como realizador?
A.R: Em Televisão, por
tudo o que fiz, por tudo o que ganhei, por tudo o que aprendi e contínuo
aprendendo.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
A.R:
Um dos meus sonhos é montar, em Portugal, a peça "Trair e Coçar É Só
Começar". Em cartaz há 27 anos no Brasil, com minha Direção, na qual já
nos deu alguns prémios, homenagens e somos, no Livro do Guinness, a segunda
peça com maior duração em cartaz do Mundo.ML
Adoro demais todos os trabalhos do talentoso e maravilhoso Atillio Riccó! Magnifico diretor! Fui atriz de teatro e meu sonho era ser dirigido por este gênio ! Mas como parei na carreira e hoje sou modelo da terceira idade, e por minha felicidade sempre desfilo no programa que seu talentoso filho Rodrigo Riccó dirigi . Talentos Brasileiros que amo! Linda matéria com este brilhante diretor. Forte abraço Graça Assumpção Moreira.
ResponderEliminar