M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
D.S: O meu interesse pela representação vem, desde miúda,
ainda antes da escola primária. Eu falava sozinha e imaginava que tinha uma
plateia à minha frente… Depois vieram as “festinhas” escolares e o “bichinho”
da representação ia ficando cada vez maior!!!
M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
D.S: Aprecio vários atores e atrizes nacionais e estrangeiros
(não vou citar nomes). Sempre que os vejo absorvo, ao máximo, o seu
profissionalismo, a sua maneira de trabalhar, tento inspirar-me e aprender com
eles.
M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes
géneros que mais gosta de fazer?
D.S: Um ator/atriz só o é,
verdadeiramente, quando experimenta todos os registos que, sendo diferentes
entre si, também se complementam. No teatro, temos o feedback do público logo no momento, e é uma sensação
indescritível! O cinema é magia, é pormenor, é o grande ecrã… A televisão é,
normalmente, um produto de consumo imediato, mas com a vantagem de chegar a um
maior e mais abrangente número de pessoas… Portanto, gosto de todos, é difícil
e seria injusto eleger um registo, embora confesse que amo o palco!!!
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, durante o
seu percurso como atriz?
D.S: Todos os trabalhos marcam um ator, de uma maneira ou
outra, ou porque é um texto maravilhoso, ou porque o processo de construção da
personagem foi mais elaborado, enfim… Mas houve uma peça de teatro chamada “Mãe
Terra” que foi, realmente, especial!
M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção
nacional?
D.S: Vejo com alguma apreensão, mas
também com esperança… Temos bons atores, bons argumentistas, bons técnicos…
Contudo, a Cultura continua a ser menosprezada… Eu como sou uma pessoa
otimista, acho, e quero acreditar que é apenas uma fase menos boa
M.L: Gostava de ter feito uma carreira internacional?
D.S: Sim. Todos os colegas que eu conheço, e aqueles que
ainda não conseguiram, gostavam de fazer uma carreira internacional, eu não sou
diferente…
M.L: Tem apostado na formação, durante o seu percurso
como atriz. Na sua opinião, a formação é importante para o desenvolvimento do
ator?
D.S: A formação é essencial!!! Como
em todas as profissões, estudar é muito importante. Depois é trabalhar, porque
é fazendo que, realmente, se aprende… Acho tão importante a formação que também
sou formadora…
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
D.S: Eu, por brincadeira, costumo dizer que só vai para
ator quem é louco, mas se é, realmente, isso que quer, então vá em frente, faça
formação, prepare-se para ouvir muitos “nãos”, mas, acima de tudo, acredite e
nunca desista.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
D.S: Ainda é cedo para falar deles.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
D.S: Dar
a volta ao Mundo.ML
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