desde muito cedo que se interessou pela representação, e tem desenvolvido uma promissora carreira como ator que passa, essencialmente, pelo teatro e pela televisão (onde entrou em produções como "Olhos de Água" (TVI), "Bons Vizinhos" (TVI), "Lua Vermelha" (SIC) e "Morangos com Açúcar" (TVI), e, recentemente, fez uma breve participação na telenovela "Destinos Cruzados" (TVI), onde interpretou a versão jovem da personagem interpretada pelo próprio avô nessa telenovela, e, entre 2012 e 2013, participou no espetáculo "Humor com Humor Se Paga!" que esteve em cena no Teatro Maria Vitória. Esta entrevista foi feita, por via email, no passado dia 9 de Julho.
M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
H.D.C: Desde muito novo,
talvez pelo facto de ter na família muitos atores. Mas desde cedo que gostava
de me imaginar na pele de personagens históricas e de as representar. Depois de
fazer a novela "Olhos de Água" (TVI) recuei um pouco, não lidei bem
com a fama (talvez por ser muito novo) e acabei por estar afastado, durante,
aproximadamente, 4 anos, até ao dia em que decidi fazer da Arte da
Representação a minha vida.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto ator?
H.D.C: Tenho muitas, talvez
a mais marcante e mais óbvia, será o avô que tenho em casa. Depois tenho muitas
influências estrangeiras como Ben Foster, Al Pacino, Emile Hirsch, Brad Pitt,
Johnny Depp, Sean Penn, Edward Norton, entre muitos outros. As influências diretas,
aquelas com quem aprendi pessoalmente, foram todos os profissionais desta arte maravilhosa
com quem trabalhei até hoje, desde encenadores a colegas, pelos quais tenho
muito apreço.
M.L: Faz, essencialmente, teatro e televisão. Gostava
de trabalhar em cinema?
H.D.C: Tenho uma paixão
muito especial pelo cinema e espero que a vida e o meu trabalho me marquem um
encontro com essa arte.
M.L: Qual foi o trabalho que mais o marcou até agora,
durante o seu percurso como ator?
H.D.C: Todos os trabalhos
são marcantes para mim, pois todos são experiências diferentes, onde aprendemos
como profissionais e como cidadãos. Não posso escolher um, pois estaria a ser
desonesto comigo mesmo. A aprendizagem é constante e, por vezes, a personagem
mais "pequena" é capaz de nos fazer crescer de várias maneiras.
M.L: Em 2001, participou na telenovela “Olhos de Água”
que foi exibida na TVI, da qual interpretou a personagem Ernesto. Que
recordações guarda desse trabalho?
H.D.C: Muitas, talvez a
melhor recordação foi ter tido a oportunidade de conhecer e de trabalhar com
aqueles que já não estão entre nós, aqueles que a vida nos tira e que tanta
falta cá fazem... Essa será, talvez, a recordação mais marcante.
M.L: “Olhos de Água” foi corealizada por Álvaro
Fugulin que faleceu em Outubro de 2002. Como foi trabalhar com ele?
H.D.C: Eu adorava o
Álvaro, era uma pessoa com aquele brilhozinho especial!
M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção
nacional?
H.D.C: Penso que a Cultura
está como, e demonstra, o estado do nosso País.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
H.D.C: É um dos meus
objetivos, sim.
M.L: É neto do também ator Ruy de Carvalho. Como vê o
percurso que o seu avô tem feito até agora?
H.D.C: É um percurso
extraordinário. Não há muito mais a acrescentar a isso. Sublime.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito até
agora como ator?
H.D.C: Tenho melhorado ao
longo dos anos. Por motivos pessoais, houve alturas em que, profissionalmente, as
coisas não me correram bem, mas faz parte do passado. Agora quero dar cada vez
mais de mim ao público que me vê.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
H.D.C:
Neste momento, estou, juntamente, com o meu agente a planear o próximo ano e,
infelizmente, ainda não posso avançar nada, mas, certamente, coisas boas virão.ML
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