A seguinte sinopse de "Morreste-me":
"Morreste-me" é uma declaração de amor para um pai, para os que nos deixam. Para os que amamos e que ainda estão connosco. Para aqueles que sabemos que quando nos faltarem, o nosso coração ficará só a metade. Quando alguém de nós morre devagarinho, morremos também a cada dia. E ao lado deste sofrimento atroz nasce a coragem, a força, a entrega.
As memórias ajudam-nos a continuar. Reaprendemos a andar e sabemos que a eternidade do outro é garantida no nosso corpo, no nosso sangue, nos nossos olhos.
Dentro de um espaço fictício, onde tudo se mistura (algures no Alentejo), encontramos o coração de uma menina, de uma mulher, a quem foi tirada uma das suas bases: o Pai.
Encontramos num tempo confuso pós-perda, pedaços ligados ou desfeitos de uma vida partilhada.
O regresso a “esta terra agora cruel” serve para encaixotar memórias. Fechar a casa com a promessa de voltar e seguir caminho.
Mas de onde vem a coragem para seguir? Como se avança?
“Sem ti e sempre contigo, a tua voz a dizer-me:
- Orienta-te, rapariga.
- Eu oriento-me, Pai, eu oriento-me.”
Mário Lisboa
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