O interesse pela representação surgiu quando andava na Faculdade de Medicina e deixou esse curso para abraçar uma carreira como atriz que já conta com 3 décadas muito preenchidas e passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "Filha do Mar" (TVI), "A Jóia de África" (TVI), "Queridas Feras" (TVI), "Mistura Fina" (TVI), "Floribella" (SIC), "Vingança" (SIC), "Resistirei" (SIC), "Podia Acabar o Mundo" (SIC), "Perfeito Coração" (SIC), "Laços de Sangue" (SIC), "Maternidade" (RTP), "Dancin' Days" (SIC), "Mar Salgado" (SIC). Co-fundadora da extinta companhia Persona-Teatro de Comédia, C.A.R.L, recentemente participou na telenovela "Coração d'Ouro" que está atualmente em exibição na SIC e também na peça "Espectros" que esteve em cena no Teatro Nacional São João no Porto, durante o passado mês de Maio. Esta entrevista foi feita no passado dia 30 de Maio.
M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
C.G: O meu
interesse pela representação surgiu quando entrei para a Faculdade de Medicina
e quando fui procurar alguém de encenação para o grupo da Associação da
Faculdade, apercebi-me que a Escola de Teatro preparava atores com saber.
M.L: Quais são as suas referências, enquanto atriz?
C.G: As minhas
referências como atriz são os vários mestres que tive o privilégio de encontrar
e o trabalho.
M.L: De todos os trabalhos que tem feito até agora
como atriz, qual foi o que teve mais impacto em si tanto a nível do
texto/personagem e do desafio?
C.G: O trabalho
que tem mais significado para mim é sempre o que estou a fazer.
M.L: A nível televisivo, desde 2006 que tem estado
mais associada à SIC. Como vê a evolução que o canal tem tido em termos de
ficção nos últimos 10 anos?
C.G: A ficção em
TV tem vindo a evoluir no sentido de que quanto mais experiência se tem mais
qualidade se consegue.
M.L: Em 2013, co-protagonizou a curta-metragem “Quarto
em Lisboa” de Francisco Carvalho que foi considerado como o Melhor Filme
Português na edição 2016 do Fantasporto. De que forma conseguiu trabalhar na
parte do silêncio, tendo em conta que é um filme que retrata principalmente a
solidão e com pouquíssimo diálogo?
C.G: Na curta-metragem trabalhei
a personagem na sua construção e nela o silêncio era a sua forma de comunicar.
Custódia Gallego como "Maria" em "Quarto em Lisboa"
M.L: É co-fundadora da companhia Persona-Teatro de
Comédia, C.A.R.L que foi fundada em 1986 e atualmente já não existe. Que
recordações guarda dessa fase específica do seu percurso como atriz?
C.G: O Persona
foi uma passagem ou uma parte muito importante no meu crescimento como atriz.
M.L: Em 2011, Portugal conquistou o seu segundo Emmy
com a telenovela da SIC, “Laços de Sangue”, na qual participou. Como é que se
sentiu ao saber que “Laços de Sangue” ganhou o prémio?
C.G: Quando trabalhos
em que participei ganham prémios fico sempre orgulhosa.
O elenco de "Laços de Sangue" e o Presidente do Conselho de Administração da SP Televisão, António Parente, com o Emmy conquistado pela co-produção SIC/TV Globo
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
C.G: Aprender a sê-lo, numa escola como qualquer outra
profissão e se sentir que pode ir trabalhando para exercitar o que vai
aprendendo, arranjar um agente e ver teatro e começar a conhecer o trabalho dos
colegas.ML


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