Entrevista com... António Jorge (Jornalista)
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Mário Lisboa entrevista... Rosa Guerra

motorista do realizador americano Franklin J. Schaffner (1920-1989) lhe perguntou se gostava de trabalhar em cinema, tendo aceitado por curiosidade em relação a esse mundo, e desde aí desenvolveu um percurso no meio audiovisual que passou pela televisão e pelo cinema, tendo-se tornado numa das mais respeitadas profissionais do meio. Na televisão, trabalhou na NBP (atual Plural) entre 1992 e 2008 até se demitir por razões pessoais (onde exerceu a função de produtora em produções como "O Bairro da Fonte" (SIC), "Filha do Mar" (TVI), "O Olhar da Serpente" (SIC), "Ana e os Sete" (TVI), "Inspetor Max" (TVI), "Dei-te Quase Tudo" (TVI), "Ilha dos Amores" (TVI) e "A Outra" (TVI), fazendo parte do grupo que criou a indústria da ficção nacional. Esta entrevista foi feita, por via email, no passado dia 5 de Fevereiro.
M.L: Quando surgiu o interesse pelo audiovisual?
R.G: Em 1985, eu era
proprietária de um Táxi, e um dia estava na praça de táxis do Hotel
Meridien, quando o motorista do realizador Franklin (J.) Schaffner me perguntou
se não gostaria de trabalhar em Cinema como motorista. Eu disse que ia pensar e
decidi aceitar a reunião no então Hotel Estoril Sol. Acabei por aceitar por curiosidade
em relação ao mundo do Cinema!!!
M.L: Quais foram as suas influências nesta área?
R.G: Não tive influência
de ninguém, apenas o desafio daquele senhor que me via a conduzir o táxi todos
os dias.
M.L: Trabalhou na televisão e no cinema. Qual destes
géneros que mais gostou de trabalhar?
R.G: Não direi que gostei
mais de um ou outro, mas quer em televisão, quer em cinema recordo
momentos inesquecíveis e gratificantes, por um lado ter o prazer de
trabalhar com equipas e atores fantásticos alguns dos quais ainda hoje guardo
no coração e por outro lado, neste caso na NBP (atualmente Plural), percebi que
tinha grandes amigos, inclusive em cargos muito superiores, pois nos momentos
mais difíceis da minha vida nunca me senti abandonada.
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, durante o
seu percurso como produtora?
R.G: Eu acho que todos me
marcaram de alguma forma. No entanto, terei que realçar o primeiro, que apesar
de não ter tido audiências, por ter sido emitido a horas tardias, foi na
verdade um grande desafio. O décor construído pela
EPC-Empresa Portuguesa de Cenários (grandes profissionais) era deslumbrante
de tal forma que a SIC nesse ano fez o lançamento da grelha de programação no
mesmo. Ainda me recordo que ao acabar este projeto "O Bairro da Fonte",
deparei-me com a equipa da EPC de lágrimas nos olhos por ter que destruir
aquele décor. Após este projeto em
2000, seguiram-se vários, tais como "Filha do Mar" (TVI), "Ana e
os Sete" (TVI), "O Olhar da Serpente" (SIC), "Inspetor Max
II" (TVI), "A Outra" (TVI), etc. Sem parar até 2008 (o ano em
que pedi a demissão por razões pessoais). Desses outros projetos, muito teria
para contar, mas não chegariam as páginas nesta entrevista!!!
M.L: Um dos seus trabalhos mais marcantes, enquanto
produtora, foi a telenovela “O Olhar da Serpente” que foi exibida na SIC entre
2002 e 2003. Que recordações guarda desse trabalho?
R.G: Foi um
projeto difícil de produzir, pela sua logística. Para
planificar, pelo facto de a protagonista ter muita incidência na
história e os exteriores serem no Porto, foi muito, muito complicado. Por outro
lado, também me desagradou a hora em que foi emitido, mais uma vez tardia!!! Coisa
que ainda hoje é frequente nos canais televisivos.
M.L: “O Olhar da Serpente” foi o último trabalho do
realizador Álvaro Fugulin, que faleceu pouco tempo depois da telenovela ter
estreado, com quem já tinha trabalhado anteriormente. Como foi trabalhar com
ele?
R.G: Foi maravilhoso. Ele
era um grande profissional. Estava muito cansado após este projeto e a administração
tinha decidido colocá-lo noutro cargo para o aliviar. Ele estava feliz com essa
atenção. Tivemos o jantar de final de projeto num Domingo, e infelizmente
na Terça-Feira seguinte recebo um telefonema do Sr. António Parente a
participar a morte do Álvaro, que me recusei a acreditar que tal era verdade. Fui
eu com indicação da administração que tratei do funeral, que me doeu como se de
um familiar se tratasse. Foi muito bom trabalhar com ele.
M.L: Trabalhou, durante vários anos, na NBP (atual
Plural). Que recordações guarda do tempo em que trabalhou na produtora?
R.G: Foi na NBP que trabalhei
pela primeira vez em televisão no ano de 1992, no primeiro projeto como
assistente de produção, a seguir como produtora de estúdio até ao
ano 2000, e aí o Sr. António Parente (grande Líder) lançou-me o
desafio de produzir pela primeira vez "O Bairro da Fonte", ou seja
deixei de ser a chefe de estúdio e passei a produtora. As
recordações são boas, apesar de quando me propuseram como
produtora me ter sentido insegura de poder não ser tão boa produtora como era
chefe de estúdio, daí restam as alegrias de ter sempre cumprido os
orçamentos, e ter produzido projetos de grande audiência. Deixa-me feliz
não ter deixado mal, quem em mim acreditou.
M.L: A Plural existe, desde 1992. Como vê o percurso
que a produtora tem feito, desde a sua fundação até agora?
R.G: Vejo que a ficção
nacional veio a crescer de uma forma positiva e que o telespectador já
é bastante exigente.
M.L: Como vê, atualmente, o audiovisual (Cinema e
Televisão) em Portugal?
R.G: Dias negros, porque
infelizmente o Governo deste país não aposta na Cultura e também porque
nunca entendi os critérios de distribuição dos dinheiros para a mesma.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira no audiovisual?
R.G: Neste momento, não
gostaria de me pronunciar, pois é complicado e não quero iludir ninguém...
É esperar por dias melhores…
M.L: Que balanço faz do percurso que desenvolveu como
produtora?
R.G: Muito positivo e rico,
não em euros. Tranquilidade pessoal e consciência tranquila por ter
sido leal à minha própria exigência de bons resultados. Após me ter
demitido a administração reuniu comigo e solicitou-me que produzisse a
Novela que tinham no momento que foi "A Outra" e assinaríamos o
contrato de rescisão, eu aceitei e deixa-me orgulhosa por ter
produzido essa Novela como se fosse a primeira.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
R.G: Sei lá, dar a volta
ao Mundo, saltar de para-quedas, ser rainha de uma marcha popular, pisar um
palco de revista, porque também tenho as minhas experiências como pequena
atriz. E ganhar um concurso de dança de salão...
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
R.G: Nada. Estou feliz por existir!ML
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Mário Lisboa entrevista... Hernâni Duarte Maria

M.L: Quando surgiu o interesse pelo Cinema?
H.D.M: Surgiu desde muito
novo, devido aos filmes de (Charlie) Chaplin e por vê-los constantemente na
televisão, e a partir daí procurei outros cineastas como Buster Keaton, (Dziga) Vertov, Robert (J.) Flaherty, etc...
Mas foi o Chaplin que me deu a tal injeção do cinema.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto
realizador?
H.D.M: Chaplin,
David Lynch, Béla Tarr...
M.L: Qual foi o trabalho que mais o marcou, durante o
seu percurso como realizador?
H.D.M: Foram 2
filmes. A curta-metragem “Manhã Triste” em que tive o privilégio de conhecer e
trabalhar com o escritor Urbano Tavares Rodrigues, pois adaptei o seu conto ao
cinema e claro que fiquei bastante satisfeito, quando o próprio Urbano me
elogiou. E a curta-metragem “Faminto” que foi o filme mais complexo que
realizei, pelo número de atores e toda a logística… Aprendi muito, durante a
rodagem destes 2 filmes.
M.L: A produtora Paradoxon Produções, da qual cofundou
em 1997, está sediada em Lagos no Algarve. Na sua opinião, acha que o Algarve
tem evoluído, em termos cinematográficos, desde 1997 até agora?
H.D.M: Lagos no
Algarve, como qualquer outra pequena cidade, pouco se passa em termos
culturais... Gostando tanto de cinema propus ao meu amigo fotógrafo Pedro Noel
da Luz fazermos este projeto e assim foi e o projeto está para durar... Também
já lá vão 14 anos de cinema independente.
M.L: Em 2011, corealizou a curta-metragem “Faminto”
que contou com a participação de atores como Sofia Reis, Philippe Leroux e Hugo
Costa Ramos. Que recordações guarda desse trabalho?
H.D.M: Foi uma
curta difícil de realizar, mas enriquecedora para mim, enquanto realizador.
Gostei imenso, gostava de voltar a fazer um filme assim...
M.L: Como vê, atualmente, o Cinema, em termos gerais?
H.D.M: Mau, num
buraco e sem saída possível... As portas estão fechadas para todos, mas sobretudo
para nós cineastas independentes que ninguém nos conhece... As elites
predominam.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
H.D.M: Não, gosto
de estar por cá... Embora seja muito crítico com a Cultura e sobretudo com o
cinema.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na área do Cinema?
H.D.M: Sejam
irreverentes e não se calem... E façam muitas curtas-metragens, é a escola para
as longas-metragens...
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até
agora, como realizador?
H.D.M: O balanço é
positivo... Quando comecei nem sonharia que poderia chegar a este patamar, com
prémios, algum reconhecimento e sobretudo ter tido um filme meu na
Cinemateca... Estou muito satisfeito...
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
H.D.M: 2
curtas-metragens e a longa-metragem... Levo mais tempo agora nas produções... O
que me interessa é filmar... Mas com calma e com tempo...
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
H.D.M: Um filme com
todos os meios técnicos disponíveis, um filme à imagem dos filmes do cineasta
húngaro Béla Tarr ou até mesmo algo parecido com o cinema de David Lynch…
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
H.D.M: Talvez
que o cinema independente tivesse mais reconhecimento e sobretudo que os jovens
cineastas fossem mais conhecidos, um espaço alternativo dentro do cinema
português ou então tanto a Academia de Cinema como outras entidades promovessem
mais este tipo de cinema e o seu reconhecimento.ML
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Mário Lisboa entrevista... Ricardo Jorge Pinto

M.L: Quando surgiu o interesse pelo jornalismo?
R.J.P:
Já tarde. Quando era criança sonhava ser historiador.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto
jornalista?
R.J.P:
As minhas primeiras influências estiveram no Expresso, para onde fui trabalhar
ainda muito jovem. O meu primeiro editor foi o Carlos Magno (agora presidente
da ERC), a seguir o Jorge Fiel (agora subdiretor do Jornal de Notícias) e ambos
ajudaram a formatar a minha escrita jornalística. Mas fui buscar também
influências à minha passagem pelo The New York Times, numa fase em que era
muito influenciável. Mas, ainda hoje o sou, e ainda hoje recolho influências de
muitos lados.
M.L: Durante o seu percurso como jornalista, trabalhou
na imprensa, na rádio e na televisão, sendo, atualmente, Diretor-Adjunto de
Informação da Agência Lusa. Qual destes meios de comunicação mais gosta de
trabalhar?
R.J.P:
Cada um desses meios tem um encanto particular. Gosto da Imprensa, pela escrita
analítica, pela necessidade de explicar o que vemos. Gosto da Rádio, pelo
intimismo que provoca, pela oralidade que nos prende à pele. Gosto da TV, pela
complementaridade da imagem e do som, pela visibilidade que ela atribui ao que
se faz. Gosto da agência, pela velocidade da circulação da informação, pelo
efeito dispersor da linha da Lusa, pela importância que aí tem a sua muito
dispersa rede de correspondentes.
M.L: Qual foi o trabalho que mais o marcou, durante o
seu percurso como jornalista?
R.J.P:
Não consigo destacar um, em particular. Mas confesso que me marcou a
investigação que conduzi no Expresso sobre a Fundação Prevenção e Segurança,
pela capacidade que teve em desmantelar alguma coisa que não era
democraticamente saudável, sendo até politicamente consequente (levou à
demissão de um ministro).
M.L: Além do jornalismo, também é professor. Em qual
destas funções em que se sente melhor?
R.J.P:
Gosto de ter as duas funções ao mesmo tempo e do efeito pendular que isso
provoca: tento levar para a sala de aula a experiência de jornalista e tento
levar para as Redações o resultado do esforço de reflexão crítica das salas de
aula.
M.L: Como vê, atualmente, a Comunicação Social em
Portugal?
R.J.P:
Os media estão a atravessar um
período crítico: o seu modelo de negócio (a Publicidade) faliu, ao mesmo tempo
que sentem o impacto implacavelmente modificador das plataformas digitais. Mas
este momento crítico pode ser um momento de oportunidade, se houver bom senso e
competência. Infelizmente, em alguns casos não existe nenhum desses elementos.
Felizmente, enquanto consumidores de informação, temos hoje muitas mais opções
de escolha.
M.L: Já trabalhou no estrangeiro. Gostava de ter
ficado lá?
R.J.P:
Cada decisão implica deixar para trás muitas outras. No momento em que me foi
oferecido um lugar na Universidade do Texas hesitei: era uma tentação muito
forte. Mas do outro lado do Atlântico tive outras ofertas que na altura me
seduziram ainda mais. Nunca saberei o que teria sido melhor para mim.
M.L: Desde 2004 que é comentador residente da RTP na
área da Política Nacional. 57 anos depois da sua fundação, como vê, hoje em
dia, o canal?
R.J.P:
A RTP é uma Televisão de bandeira, num continente em que os meios de
comunicação estatais são relevantes. No momento em que se pensa o futuro de uma
estação de televisão estatal, há muitas opções
para a RTP: todas têm vantagens e desvantagens. A única coisa que não traz benefícios
é não haver decisões, porque a ausência de um rumo é sempre negativo. Quando
não se sabe para onde se vai, não se vai a lado nenhum.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira no jornalismo?
R.J.P:
Que seja persistente. Vale a pena. Apesar de todas as dificuldades. O
jornalismo é uma profissão fascinante. Porque não há nada mais fascinante do
que entender o que se passa à nossa volta. E explicar isso de forma clara,
precisa e concisa a quem nos quer ouvir.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até
agora, como jornalista?
R.J.P:
Tenho a felicidade de ter tido as melhores oportunidades que um jornalista pode
ter. O JN, o Expresso, a RTP, a Lusa são lugares fantásticos para se fazer
jornalismo. E tive o privilégio de os poder experimentar e de crescer em cada
um deles.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
R.J.P:
Confesso que mal tenho tempo para gerir estes projetos em que estou envolvido.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
R.J.P:
Escrever discursos para o Presidente dos Estados Unidos da América.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
R.J.P:
Profissionalmente, gosto mesmo muito do que estou a fazer. E estou rodeado das
pessoas certas.ML
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Mário Lisboa entrevista... Cláudia Manuel Silva

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
C.M.S: O interesse pela
representação surgiu, desde muito nova. Eu comecei a trabalhar com a Art’Encena
que é uma associação em Santa Maria da Feira. Comecei a trabalhar em feiras
medievais e foi a partir daí que eu descobri que queria ser atriz e que queria
seguir essa carreira.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
C.M.S: Não tenho,
propriamente, uma influência. Eu gosto um pouco de tudo. Acho que as maiores
influências são as pessoas que me acompanham ao longo do tempo: os meus
professores, tive um encenador (João Paulo Costa) que me marcou imenso, que me acompanhou,
durante três anos, e que me deu aulas. Acho que ele é uma das minhas grandes
influências.
M.L: Faz, essencialmente, teatro e cinema. Gostava de
trabalhar mais em televisão?
C.M.S: Sim, gostava de
fazer televisão. Eu fui para Lisboa com o intuito de também trabalhar em
televisão, embora a minha grande paixão seja o teatro e o cinema. Mas a
televisão, neste momento, é um mercado, onde os atores têm uma facilidade maior
de gerir a sua vida.
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, durante o
seu percurso como atriz?
C.M.S: Em teatro, acho que
a peça que mais me marcou foi “As Danaides” que eu
fiz com João Paulo Costa. Foi uma das peças que me deu mais gozo de fazer. Em
cinema, eu comecei com a curta-metragem “Azeitona” (2008) e foi marcante,
porque também foi a primeira experiência que tive em cinema e foi aí que eu percebi,
realmente, que gostava imenso de cinema.
M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção
nacional?
C.M.S: O teatro está
paradíssimo. É muito difícil para os novos atores conseguirem fazer bom teatro,
porque não há apoios, a situação do nosso país está como toda a gente sabe, há
teatros a fechar, porque não têm forma de sobreviver. A ficção é uma indústria
de muita competitividade, é complicado entrar na ficção nacional, hoje em dia,
mas eu sou apologista de que quando nós temos uma boa formação, de que quando
gostamos imenso daquilo que fazemos e trabalhamos para isso, vamos ter as
nossas oportunidades.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
C.M.S: Eu não sou uma
atriz que sonha em ir para Hollywood, eu gosto de trabalhar cá… Aliás, o cinema
que eu mais gosto nem é, propriamente, o cinema mainstream americano… É cinema francês, cinema brasileiro… Todos os
atores e atrizes gostavam de expandir o seu trabalho por mais do que o seu
país.
M.L: Vive em Lisboa, mas é natural de Esmoriz. Já
alguma vez se arrependeu de ter decidido ir viver para Lisboa?
C.M.S: No início, foi um
bocadinho complicado nos primeiros três meses, porque fui para Lisboa, deixei
cá a família, os amigos, tudo aquilo que fazia parte da minha vida e lancei-me
para um sítio que eu não conhecia… Mas, hoje em dia, não me arrependo de nada,
estou a adorar estar em Lisboa, estou a gostar imenso.
M.L: É agenciada pela H!T Management que foi fundada
pela também atriz Ana Varela e que pretende ser uma agência inovadora, cujos
seus agenciados são, em grande parte, atores com menor visibilidade. Como vê o
percurso que a agência tem feito, desde a sua fundação até agora?
C.M.S: Eu, praticamente,
acompanhei o início. Quando me mudei para Lisboa, eles tinham um pouco mais do
que três meses de empresa. Eu cheguei a trabalhar com eles, ajudá-los mesmo em
trabalho de agência, tal como atriz. Portanto, estou completamente dentro
daquilo que é o trabalho da H!T. A H!T pegou inicialmente em atores que não têm
grande visibilidade na ficção e, neste momento, já estamos com um leque de
atores muito maior. Isso é um sinal de que a agência é boa (a meu ver).
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até
agora, como atriz?
C.M.S: O meu percurso ainda é pequeníssimo, eu ainda
estou a começar. Acho que nós estamos sempre a aprender, tem de ser tudo muito
devagarinho, mas eu estou muito satisfeita, já trabalhei em muitas áreas que eu
sempre quis trabalhar e acho que estou num bom caminho.ML
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Mário Lisboa entrevista... Mário Santos
M.L: Quando surgiu o interesse de ser columbófilo?
M.S: Toda a minha vida
tive um carinho especial pelo pombo-correio. Desde criança que gostava bastante
dos pombos-correios. Oficialmente, foi aos 20 anos que comecei a dedicar-me à
columbofilia de um modo geral.
M.L: Quais foram as pessoas que o influenciaram ao
longo do seu percurso na Columbofilia?
M.S: Gostar dos pombos é
uma questão que nasce com a pessoa. Particularmente, eu não tive uma referência
que me incentivasse, o meu gosto pelos pombos é que me incentivou a cuidar
dessa ave extraordinária que é o pombo-correio.
M.L: Houve algum momento que tenha sido marcante para
si, durante o seu percurso como columbófilo?
M.S: Um dos momentos mais
importantes foi, talvez, a primeira vez em que me tornei campeão na
Columbofilia.
M.L: Além da Columbofilia, também é trabalhador na
Construção Civil. Como vê a instabilidade que se tem sentido, nos últimos anos,
nessa área específica?
M.S: Vejo com grande apreensão,
porque está um pouco estagnada e como tal vejo o futuro um bocado cinzento, mas
há que ter esperança e fé de que realmente as coisas melhorem.
M.L: Tem sido premiado, ao longo dos anos, pelo
contributo que tem dado à Columbofilia. Como é que se sente ao ver o contributo
que tem dado a esta atividade a ser reconhecido pelo seus pares?
M.S: Felizmente, ainda há
muita gente que reconhece o trabalho que é feito pelos dirigentes a nível da
Columbofilia. Há mais de 20 anos que eu sou diretor desportivo da Columbofilia ininterruptamente
e as pessoas reconhecem o trabalho que é feito ano após ano. O reconhecimento
vem com naturalidade.
M.L: Qual foi o título que mais o marcou em termos
desportivos?
M.S: Foi o Campeonato de
Fundo do Distrito de Aveiro em 2005. Foi a maior vitória que eu alcancei.
M.L: Como vê, atualmente, a Columbofilia?
M.S: Com alguma apreensão
e uma certa tristeza derivado ao abandono de bastantes columbófilos a nível
nacional e esta crise tem contribuído para que isso aconteça.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
exercer a atividade da Columbofilia?
M.S: O conselho que eu daria
é que tenha a preocupação de ter bons pombos, pois só assim é que se consegue
chegar longe na Columbofilia e que tenha amor e paixão pelo pombo-correio.
M.L: Que balanço faz do percurso existencial que tem
feito até agora?
M.S: A nível columbófilo, tenho
um palmarés rico de várias vitórias ao longo destes anos. A nível pessoal, os
meus objetivos foram sempre conseguidos pulso a pulso e com muita dedicação e perseverança
que tenho comigo na vida.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
M.S: Eu nunca me dou por
realizado tanto a nível desportivo como a nível profissional e familiar. Tento fazer
sempre algo mais do que aquilo que tenho conseguido. Perseverança e luta no meu
dia-a-dia para conseguir sempre um pouco mais os meus objetivos alcançados.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
M.S: Nesta altura da minha vida, eu não queria que
mudasse grande coisa. A única coisa que eu queria que mudasse era a estagnação
em que o país se encontra. É isso que eu desejo.ML
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Mário Lisboa entrevista... Rui Dias

M.L: Quando surgiu o interesse pelo audiovisual?
R.D: Surgiu quando tinha
11 anos. Vivia em França e estava com a minha mãe a ver um filme do Tarzan na
televisão, quando perguntei à minha mãe, porque é que o Tarzan andava descalço
e não tinha os pés sujos. Ela não me soube responder e aí devo ter decidido que
era esse o caminho que eu queria seguir para a minha vida, porque comecei a
estar mais atento a tudo que via na televisão. Depois anos mais tarde, para
pagar os Estudos, eu fazia pequenos trabalhos, e um dia acompanhei um colega
que costumava assistir a um programa de televisão. No intervalo da gravação
desse programa, uma pessoa da Produção veio falar comigo dizendo que um dos
assistentes de câmara tinha-se sentido mal e se eu poderia substitui-lo. Explicaram-me
o que devia fazer e aquilo correu bem, porque no final do programa vieram
convidar-me para continuar e assim tive a minha 1ª experiência no mundo da
Televisão.
M.L: Quais são as suas influências nesta área?
R.D: O norte-americano
Stephen Mirrione e o francês Jacques Witta. São 2 Editores premiados com os
prémios mais importantes do Cinema e já trabalhei com ambos.
M.L: Trabalha, essencialmente, no Cinema e na
Televisão. Qual destes géneros que mais gosta de trabalhar?
R.D: Gosto de ambas essas
áreas, sou um apaixonado pelo que faço. Também faço muita Publicidade,
Documentários e, por vezes, videoclips
musicais. Cada uma destas áreas requer diferentes tipos de linguagem de Edição
como é evidente.
M.L: Qual foi o trabalho que mais o marcou, durante o
seu percurso como editor?
R.D: Foram vários, não
consigo destacar nenhum, pois o trabalho que estou a fazer no momento é sempre
o mais importante. Mas talvez então destaque um Filme que vai estrear em
Fevereiro e que foi gravado entre Berlim e Londres.
M.L: Como vê, atualmente, o audiovisual (Cinema e
Televisão) em Portugal?
R.D: O país está em crise
e esta área não é exceção. Continuo a ver jovens saídos das Escolas técnicas mal
preparados para a vida profissional, com os caminhos muito fechados, pois o
Mercado Audiovisual é pequeno e não tem capacidade para acolher tanta gente.
M.L: Recentemente, concedeu uma entrevista à revista
“Notícias TV” que sai às sextas-feiras com o Jornal de Notícias e com o Diário
de Notícias. Sendo uma pessoa que trabalha nos bastidores, como é que se sentiu
ao ser entrevistado por aquela que é, possivelmente, a mais importante revista
dedicada à indústria televisiva em Portugal?
R.D: Senti-me honrado com
o convite, pois de facto a "Notícias TV" é uma Revista à parte. Uma
semana antes, outra Publicação procurou-me interessada em ter um Depoimento
meu, mas quando surgiu esse convite da parte do Nuno Azinheira (Diretor da
Revista “Notícias TV”) não pensei 2 vezes.
M.L: Como é que é a sua rotina, quando trabalha na edição
de um projeto audiovisual (seja no Cinema ou na Televisão)?
R.D: A 1ª coisa a fazer é chegar cedo e ser
pontual. Pois muitas vezes temos de trabalhar com realizadores, jornalistas, e
guionistas e não devemos fazer esperar ninguém. Nós podemos trabalhar sem eles,
pois somos nós que operamos a máquina, mas sem nós eles não podem começar a
trabalhar.
A 2ª coisa é ler o Guião do filme ou o
Alinhamento do programa, antes de começar a trabalhar, e depois então sim mãos
à obra.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na área do audiovisual?
R.D: O meu conselho é que procurem
outro país para trabalhar, não interessa qual. Este país está a viver uma crise
enorme e nas minhas Estadias em Trabalho lá fora não vejo crise nenhuma no
Mercado Audiovisual.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até
agora, como editor?
R.D: É um percurso bonito
com algumas coisas giras que já fiz. Mas também me dá um prazer enorme ver
pessoas sugeridas por mim a trabalhar nalgumas Produtoras e que estão a dar
Cartas. Tenho aí alguns afilhados espalhados por aí entre Portugal e França.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
R.D: Um novo filme que vai
ser gravado nos Estúdios Babelsberg em Potsdam, Berlim.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
R.D: É precisamente aquilo
que irei fazer em Junho, mas ainda não posso revelar. É Top Secret ainda, a seu tempo revelarei.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
R.D: Gostava que aquilo
que eu ando a fazer lá fora tivesse mais visibilidade neste país.ML
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Mário Lisboa entrevista... Paula Santos

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
P.S: Confesso
que, desde miúda, sempre fui muito espontânea para com a minha criatividade,
era (e ainda sou um bocadinho) a artista da casa sempre pronta a entrar no meio
da sala sem medos e fazer uma peça de teatro, interpretar uma canção, vestir uma
personagem de um filme ou um ícone da História e deixar todos com um sorriso no
rosto. Sou uma alegre caixinha de surpresas para a família,
confesso.
O estudo de
comportamentos, a analise constante de emoções e pôr-me no papel do “outro”
enquanto vivências relacionamentais também foi sempre algo muito presente na
minha forma de estar na vida e que sempre me estimulou. Perante estas minhas tendências, poderia afirmar que
nasci atriz, mas conscientemente comecei a ficar com o “bichinho da
representação” a fazer anúncios para TV os quais requerem algum acting, pois damos vida a uma personagem
numa história, mesmo que só para uma marca ou para um produto. Por isso, posso
dizer que foi oficial, na minha mente, o casamento com esta paixão, com a
publicidade há cerca de 11 anos.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
P.S: Apaixonam-me atores
que consigam construir A
personagem de uma forma subtil, que seja notória a construção através do Método
de Stanislavski, que através de gestos simples, mas fortes, olhares intensos
que, praticamente, não precisem de texto para falar, se perceba a intensão e
emoção da cena. Por isso, vejo inspiração para o meu trabalho em atrizes como
Charlize Theron, Meryl
Streep, Natalie Portman e em atores como Daniel Day-Lewis, Anthony Hopkins e
Johnny Depp.
M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes
géneros que mais gosta de fazer?
P.S: Enquanto atriz, é
gratificante qualquer uma destas áreas, pelo menos para mim que felizmente já
pude experienciar as 3, precisamente por terem formas distintas de construção
de personagem. Em novela, por exemplo, o percurso da personagem está, até ao
final, a ser escrito, por isso é sempre uma surpresa para nós, enquanto atores,
do futuro da mesma, o que nos obriga a uma ginástica maior em termos de memória
e de emoções. Uma forma simples de explicar esta situação é: Hoje gravamos o
nosso casamento e amanhã gravamos o início do namoro. Em termos de cronologia, não
há uma constante de gravação. Já em cinema, temos um guião em mão por inteiro e
sabemos o início e fim da história da nossa personagem com alguma antecedência,
o que nos permite uma margem maior de trabalho de construção de personagem. Por
outro lado, o facto de termos de gravar 5 vezes a mesma cena por causa dos
planos, torna o trabalho de repetição mais difícil que em novela. No teatro, respiramos
o público, temos uma liberdade de expressão corporal maior, sentimos, de
imediato, a reação do nosso trabalho! É muito gratificante. E é o pai desta
arte!!! Por isso, diria que a ser gratificante, num todo, é o teatro. Mas amo
representar e poder explorar ser outras pessoas em mim, por isso dêem-me um
guião, um espaço, uma personagem e público e estarei muito feliz em qualquer um
dos 3 “moldes”.
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora,
enquanto atriz?
P.S: Houve uma personagem
que fiz numa peça de teatro que me apaixonou bastante: “Em Nome do Pai”. Uma
menina que vivia no meio rural e que sonhava com Hollywood, que se refugiava no
seu imaginário para fugir à morte de um pai e de uma família com muitos
problemas financeiros. Foi muito bonito, para mim, senti-la e foi a personagem
mais complexa em comparação a qualquer outro registo que tivesse feito.
M.L: Em 2010, participou na curta-metragem “Voice Mail”
e na respetiva sequela intitulada “Voice Mail 2-A Vingança”, da qual foram
escritas e realizadas por Artur Ribeiro. Que recordações guarda destes dois
trabalhos?
P.S: Foi delicioso! Muito
bom e engraçado. Surgiu de uma brincadeira entre mim e o Artur, de um desafio
para os 2 o qual funcionou muito bem, tanto que se tornou numa sequela. Numa
esplanada a lancharmos, o Artur disse-me: “Se escrevesse algo para amanhã e
chegasse ao pé de ti com uma câmara, alinhavas em fazer uma curta-metragem meio
louca?”. Eu que adoro desafios, (ainda que estivesse um pouco assustada, pois
não sabia que texto ia ter, não teria tempo para decorar e trabalhar a
personagem) disse logo: “SIM!!!”. E resultou lindamente!!!
M.L: Como foi trabalhar com Artur Ribeiro?
P.S: O Artur é um excelente
profissional e um amigo que tem uma sensibilidade e qualidade natas para a
escrita. Uma pessoa muito sensível à vida e aos pequenos pormenores da mesma.
Posso dizer, sem qualquer receio, que se há algo que vai ser escrito pela mão
dele vai ser muito bom! Vemos isso no guião para a curta-metragem “Voice Mail” que surgiu de uma brincadeira e do qual ele conseguiu pôr a força de uma psicótica, junta alguma comédia e drama em texto subentendido. Por isso, foi maravilhoso trabalhar com o Artur e espero voltar a repetir.
M.L: Qual foi o momento que mais a marcou, até agora,
enquanto atriz?
P.S: O primeiro guião que
tive em mão para interpretar foi, sem dúvida, o momento que mais me marcou. Precisamente
por ser o começo de tudo, do sonho.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
P.S: Seria óbvio dizer que
sim, mas não. Ainda que seja uma lutadora e aventureira, sempre sonhei com os
pés bem assentes na terra e sei o quanto difícil é conseguirmos mostrar o nosso
trabalho a nível artístico lá fora. Adoro Londres e a forma como lidam com a
arte, sou facciosa por filmes de Hollywood, mas sou, acima de tudo, muito
realista, quanto ao sistema de como esta indústria (que é a arte de
representação) funciona.
Muitos colegas meus tentaram, mas muito poucos conseguiram
chegar a além-fronteiras. Admiro-os, mas não é o sonho que tenho para mim. Não
digo que seja impossível, mas para mim não é A prioridade, quero fazer um bom
trabalho e percurso, mas não obrigatoriamente lá fora, pelo menos nesta área.
Se acontecer ótimo, mas não gasto a minha energia nesse sentido. Já escrever, por
exemplo, talvez seja algo a explorar além-fronteiras... Hoje em dia, tenho os
meus objetivos muito bem definidos e está tudo numa linha muito harmoniosa.
M.L: Quais são os atores, em Portugal, com quem
gostava de trabalhar no futuro?
P.S: Sou uma sortuda neste
ponto, pois tive a sorte não de trabalhar, mas de ter formação com Raul Solnado
e com António Feio, que já não estão entre nós, e me transmitiram e incutiram
princípios e normas, enquanto artista que jamais esquecerei. Depois têm-se cruzado
no meu caminho profissional, os melhores colegas e profissionais que temos.
Atualmente, trabalho com um conjunto de atores, que só me faz agradecer à vida
por estar a ter esta experiência. Em carteira, ficam ainda Ivo Canelas, Ruy de
Carvalho e Maria João Bastos, em falta.
M.L: Qual foi a situação mais embaraçosa que a marcou,
até agora, enquanto atriz?
P.S: Chegar ao plateau para a 1ª cena da série “Rebelde
Way” (SIC) e dizerem-me: “A cena começa com as 2 personagens aos beijos em
grande clima de paixão”. Imagina!!! Eu que nem conhecia o meu colega na altura.
Fiquei completamente sem jeito e até pensei que fosse partida por ser o meu 1º
dia de gravações!!! Mas era mesmo verdade e acabou por correr tudo lindamente
graças a toda a equipa e colegas e direção de atores.
M.L: Gostava de experimentar outras áreas como, por
exemplo, a escrita?
P.S: Já o faço, há cerca
de 3 anos. Sempre senti uma grande adrenalina e entusiasmo pela escrita, sempre
fui de publicar posts em redes
sociais, intelectualmente provocadores, sempre gostei de um bom debate e sempre
soube expressar muito bem em escrita o que, por vezes, as palavras ditas não
soltam. E, curiosamente, também sempre tive ótimos feedbacks, por parte de quem me “lê”. Isso fez com que o apelo de
avançar com a escrita, tomasse uma forma real e que fez muito sentido para mim!
Assim comecei por começar regularmente a escrever textos soltos e poemas com os
quais criei o Blogue “Paradoxo de Realidades” e, recentemente, textos mais
impactantes, que abordassem temas com os quais as pessoas se identificassem,
aos que chamei de “Crónicas de Santos Paula”. E posso dizer, com alguma
certeza, que a escrita irá continuar a cruzar-se no meu caminho, enquanto
artista e enquanto indivíduo.
M.L: Qual foi a pessoa que a marcou, até agora,
enquanto atriz?
P.S: Enquanto atriz e no
meio, foi, sem dúvida, a panóplia de formadores da área que tive no meu
primeiro curso, pois foram eles que me moldaram para o início deste caminho. Mas
não posso deixar de frisar que é quem me dá a mão no meu caminho e quem
acredita em mim que me marca a alma, pela generosidade e confiança que em mim
depositam.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
P.S: Excelente pergunta
para a resposta que há tanto quero dar relativamente a quem diz, sem pensar,
que quer ser ator.
Tenham consciência que
terão de estudar muito! Ter um conhecimento geral de TUDO o que a vida tem, vão
ter de estar informados sobre TUDO, de começar a estar preparados para ler
pessoas, controlar emoções e saber de A a Z, desde profissões a doenças existentes
assim como culturas, religiões, etc.
E principalmente ler muito, ter um vocabulário vasto e estar preparado para
saber esperar.
Logo ser ator/atriz é,
talvez, a profissão mais difícil de gerir.
Por isso, o conselho é:
– Sejam prudentes, quando
escolherem esta profissão, mas arrisquem se estiverem mesmo apaixonados, pois
terão a maior das bênçãos por conseguirem viver outras pessoas em vocês e dar
ao público uma vida com mais cor, emoções e sorrisos.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até
agora, como atriz?
P.S: Gostava de ter tido oportunidades com
mais regularidade, e de não ter estado durante tanto tempo com a minha imagem
“colada” a séries juvenis pois o trabalho do ator é mostrar sempre algo novo e
tentar não ficar vinculado a um só registo. Mas, no geral posso dizer que o meu
percurso é sóbrio e que, aos poucos, vou conseguindo chegar aos objetivos que
mais ambiciono.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
P.S: Neste momento, estou
a trabalhar em TV, num projeto com uma qualidade muito grande, de horário nobre
e composto por colegas que admiro muito. Paralelamente, estou com uma peça de
teatro infantil “Missão Terra” no âmbito das ciências do ambiente, no qual
podemos passar por escolas, hospitais, levar um sorriso e aprendizagem sobre os
mais novos, algo que é muito gratificante. E também sou mentora, com a cantora
Kiara Timas, do projeto “O que me traz o maior sorriso”, uma ação individual
que tem como objetivo incentivar quem sai à noite a ajudar os sem-abrigos. Para
já e em curso, estes são os meus projetos aos quais estou dedicada de corpo e
alma. Mas também sou Relações Públicas de um Hostel maravilhoso e estou
envolvida em projetos paralelos que, gradualmente, vão acontecendo. Sou workaholic, logo haverão sempre
novidades quanto ao meu percurso.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
P.S: Poder ajudar pessoas
mais carenciadas, crianças... Estar ligada a grandes causas humanitárias
através da minha imagem, poder conciliar a realização profissional à pessoal, é
e sempre foi a minha maior ambição.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
P.S: Estou numa fase muito
tranquila e harmoniosa da minha vida, por isso neste momento não mudaria nada.
Até porque tudo acontece na altura certa, mais cedo ou mais tarde.ML
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