M.L: Quando surgiu o interesse de ser columbófilo?
M.S: Toda a minha vida
tive um carinho especial pelo pombo-correio. Desde criança que gostava bastante
dos pombos-correios. Oficialmente, foi aos 20 anos que comecei a dedicar-me à
columbofilia de um modo geral.
M.L: Quais foram as pessoas que o influenciaram ao
longo do seu percurso na Columbofilia?
M.S: Gostar dos pombos é
uma questão que nasce com a pessoa. Particularmente, eu não tive uma referência
que me incentivasse, o meu gosto pelos pombos é que me incentivou a cuidar
dessa ave extraordinária que é o pombo-correio.
M.L: Houve algum momento que tenha sido marcante para
si, durante o seu percurso como columbófilo?
M.S: Um dos momentos mais
importantes foi, talvez, a primeira vez em que me tornei campeão na
Columbofilia.
M.L: Além da Columbofilia, também é trabalhador na
Construção Civil. Como vê a instabilidade que se tem sentido, nos últimos anos,
nessa área específica?
M.S: Vejo com grande apreensão,
porque está um pouco estagnada e como tal vejo o futuro um bocado cinzento, mas
há que ter esperança e fé de que realmente as coisas melhorem.
M.L: Tem sido premiado, ao longo dos anos, pelo
contributo que tem dado à Columbofilia. Como é que se sente ao ver o contributo
que tem dado a esta atividade a ser reconhecido pelo seus pares?
M.S: Felizmente, ainda há
muita gente que reconhece o trabalho que é feito pelos dirigentes a nível da
Columbofilia. Há mais de 20 anos que eu sou diretor desportivo da Columbofilia ininterruptamente
e as pessoas reconhecem o trabalho que é feito ano após ano. O reconhecimento
vem com naturalidade.
M.L: Qual foi o título que mais o marcou em termos
desportivos?
M.S: Foi o Campeonato de
Fundo do Distrito de Aveiro em 2005. Foi a maior vitória que eu alcancei.
M.L: Como vê, atualmente, a Columbofilia?
M.S: Com alguma apreensão
e uma certa tristeza derivado ao abandono de bastantes columbófilos a nível
nacional e esta crise tem contribuído para que isso aconteça.
M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira
exercer a atividade da Columbofilia?
M.S: O conselho que eu daria
é que tenha a preocupação de ter bons pombos, pois só assim é que se consegue
chegar longe na Columbofilia e que tenha amor e paixão pelo pombo-correio.
M.L: Que balanço faz do percurso existencial que tem
feito até agora?
M.S: A nível columbófilo, tenho
um palmarés rico de várias vitórias ao longo destes anos. A nível pessoal, os
meus objetivos foram sempre conseguidos pulso a pulso e com muita dedicação e perseverança
que tenho comigo na vida.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda?
M.S: Eu nunca me dou por
realizado tanto a nível desportivo como a nível profissional e familiar. Tento fazer
sempre algo mais do que aquilo que tenho conseguido. Perseverança e luta no meu
dia-a-dia para conseguir sempre um pouco mais os meus objetivos alcançados.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da
sua vida?
M.S: Nesta altura da minha vida, eu não queria que
mudasse grande coisa. A única coisa que eu queria que mudasse era a estagnação
em que o país se encontra. É isso que eu desejo.ML
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