quarta-feira, 22 de maio de 2019

"Desculpa, Não Percebi" no Centro Cultural da Malaposta até 26 de Maio


Está em cena no Centro Cultural da Malaposta até ao próximo dia 26 de Maio, o espetáculo "Desculpa, Não Percebi" que é da autoria de Isabel Medina (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2011/09/mario-lisboa-entrevista-isabel-medina.html), Diana Costa e Silva e Rafaela Covas e protagonizado por Diana Costa e Silva, Rafaela Covas, Raquel Oliveira e DJ Tita Machado.


Estreado originalmente no Teatro da Comuna em Outubro de 2018, "Desculpa, Não Percebi" é um espetáculo em que as próprias intervenientes levantam e se interrogam sobre vários aspetos da vida. Questões como "Quem sou eu? Quem és tu? Quem somos nós? Quantos sou eu? Quantos és tu? Quantos somos nós? Quero brincar. Queres brincar? Como é que te sentiste?" são levantadas e que definem os seus próprios caminhos.

Diana Costa e Silva
Rafaela Covas
Raquel Oliveira
Diana Costa e Silva, Rafaela Covas, Raquel Oliveira
Mário Lisboa

sábado, 18 de maio de 2019

"Tchékhov é um Cogumelo" no Teatro Nacional São João nos dias 18 e 19 de Maio


Estreia hoje no Teatro Nacional São João no Porto, como parte da programação deste ano do FITEI-Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, o espetáculo "Tchékhov é um Cogumelo", que foi estreado originalmente no Brasil em 2017, encenado por André Guerreiro Lopes e protagonizado por Helena Ignez (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2013/01/mario-lisboa-entrevista-helena-ignez.html), Djin Sganzerla e Michele Matalon.


Em 1900, Anton Tchékhov escreveu "As Três Irmãs", metáfora da crise do diálogo, da ação e do sonho, num tempo às portas da revolução que intuiu. Em "Tchékhov é um Cogumelo", André Guerreiro Lopes faz dela uma síntese poética e política, uma espécie de haiku sensorial onde ecoa o presente do seu país, "em que as pessoas se sentem presas num círculo de angústia e ansiedade em relação ao futuro". Três atrizes de gerações distintas (três irmãs ou a mesma mulher em três tempos da vida) trazem excertos da peça de Tchékhov para um espaço-tempo cuja tessitura se faz de elementos de texto, música, dança e recursos audiovisuais. Este "cogumelo" multimédia remete para o transe do tempo cénico, esse "agora" atemporal do teatro. Para ele contribui singularmente André Guerreiro Lopes, ao meditar na boca de cena durante todo o espetáculo, sendo a sua atividade cerebral transformada em impulsos elétricos que acionam uma instalação visual e sonora, interferindo na ação. Neste jogo cénico imiscui-se uma entrevista de 1995 ao diretor do Teatro Oficina, Zé Celso, feita pelo próprio encenador ainda jovem, sobre a montagem radical mas abortada de "As Três Irmãs" em 1972, em plena ditadura brasileira. Esse sonho de criação e memória de resistência elevam "Tchékhov é um Cogumelo" a um horizonte de esperança.









Mário Lisboa

sábado, 11 de maio de 2019

O Ator Imaginário com Christian Duurvoort


“O corpo é uma paisagem, as suas ações o Tempo. A Emoção é Movimento. Tudo o que se move é vivo!”

Representar é um jogo em que não existe vencedores e derrotados, sem dúvida, todos são criadores e ninguém é absoluto. A psicologia das personagens, os seus traumas, as suas carências, a sua existência, os seus conflitos servem para contar uma história com imagens. A obra é o resultado de uma relação criativa, um encontro entre atores, diretores e dramaturgia.

O Ator Imaginário é um Método criado por Christian Duurvoort para que atores e diretores desenvolvam os seus projetos artísticos. O Método propõe um caminho que fortalece a compreensão e apropriação da dramaturgia por indivíduos através da experiência cinestésica.

A Oficina Ator Imaginário propõe a atores e diretores um contacto aprofundado com o Método Ator Imaginário desenvolvido por Christian Duurvoort que é o resultado de mais de 30 anos de experiência como ator, encenador, realizador, preparador de elenco e pesquisador.

O Método Ator Imaginário é um conjunto de propostas, conceitos e exercícios que visam ampliar os recursos criativos dos atores para fortalecer a sua técnica, tornar a relação com o desenvolvimento do projeto mais prazeroso alcançando uma representação rica em nuances e imagens.

O Método Ator Imaginário tem sido amplamente aplicado tanto em atores experientes como inexperientes em diversas produções audiovisuais como, por exemplo, "Lixo" (2014), "Ensaio Sobre a Cegueira" (2008), "Capitães da Areia" (2011), "A Glória e a Graça" (2017), "O Banheiro do Papa" (2007), "Xingu-A Expedição" (2011), "Entre Nós" (2014), "A Estrada 47" (2015), "Noel-Poeta da Vida" (2006), "400 Contra 1-Uma História do Crime Organizado" (2010), "Jogo Subterrâneo" (2005), "Cidade dos Homens" (TV Globo), "3%" (Netflix), "Os Experientes" (TV Globo), "Destino: São Paulo" (HBO Brasil), "Filhos do Carnaval" (HBO Brasil) e "Pedro & Bianca" (TV Cultura).

Oficina Ator Imaginário

A Oficina é uma prática, trabalhamos com técnicas de representação aplicadas ao Cinema e técnicas de direção de atores a partir dos conceitos do Método Ator Imaginário. O principal objetivo é trabalhar com a consciência, prazer e menos desgaste, buscando qualidade e densidade na representação, cheia de subtilezas e um aproveitamento considerável do tempo de filmar.

A metodologia consiste em fortalecer o indivíduo (ator/atriz) no seu modo de pensar, de agir e de sentir, dando-lhe mais motivação e permitindo que o ator entregue-se à criação com convicção. As aulas seguem o caminho de uma preparação de elenco. Na oficina são utilizados exercícios físicos, respiratórios, jogos, improvisações, estudos de cenas para aumentar a concentração, a flexibilidade, a disponibilidade, a disciplina e a imaginação.

Os temas da oficina são: a técnica de representação no audiovisual, o tratamento com os atores, as necessidades dos atores, a dramaturgia, a construção da personagem, níveis de tensão e níveis de discurso.

A Oficina Ator Imaginário é destinada a atores e diretores.

Tudo é um exercício da Imaginação.

Metodologia

A Oficina Ator Imaginário segue o percurso de uma preparação de elenco. A proposta é composta por várias horas de trabalho prático e momentos teóricos onde os conceitos do Método são apresentados. Na oficina o espaço é compartilhado entre o debate sobre todas as nuances e camadas do trabalho do ator e as experiências individuais.

Inicialmente é dada atenção à técnica do ator: os aspetos físicos e especiais; o que cada um produz com a sua imagem e como produz; a relação com o espaço exterior, interior e interpessoal. Após é apresentado o Método Ator Imaginário, os seus conceitos teóricos que orientam a técnica e o caminho aplicado à criação que incluem a relação com a dramaturgia e a atitude diante da câmara e das diferentes propostas de linguagem.

Objetivos

a) Fortalecer o indivíduo e desenvolver os seus recursos técnicos e expressivos adequando o seu modo de representar às necessidades da linguagem audiovisual e adaptando a sua interpretação ao trabalho com câmara.

b) Apresentar o Método Ator Imaginário, a sua funcionalidade e as suas ferramentas para desenvolver uma representação rica em imagens, densidades e potencializar os recursos.

c) Instigar o participante a buscar propostas originais para construção das personagens e execução de cenas.

Programa da Oficina (20 horas)

Tema 1: Expansão/Concentração.
Introdução; Conceitos básicos; Exercícios de consciência corporal; Exercícios no espaço; O Silêncio; A Relação com a sua imagem.

Tema 2: Pressão, Tensão, Ritmo, Dinâmica.
A teoria do Método. Exercícios e jogos de relação; Análise de Movimento; A relação Tempo e Espaço.

Tema 3: Afetividade, Agressividade, Desejo, Afirmação, Intimidade.
A dramaturgia e a ação. Leitura de texto. Debate. Improviso.
Exercícios com câmara.

Datas e Horários da Formação: 10 de Maio das 19h00 às 23h00 | 11 e 12 de Maio das 10h30 às 18h30. O local da formação é nas instalações do Instituto das Artes e da
Imagem, Travessa General Torres, junto ao Cais de Gaia.


Mário Lisboa