sexta-feira, 15 de novembro de 2019

"A Casa de Bernarda Alba" no Auditório Municipal Eunice Muñoz até 21 de Dezembro


Atualmente está em cena no Auditório Municipal Eunice Muñoz em Oeiras até ao próximo dia 21 de Dezembro, a peça "A Casa de Bernarda Alba", de Federico Garcia Lorca, encenada por Celso Cleto e protagonizada por Filomena Gonçalves (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2016/07/mario-lisboa-entrevista-filomena.html), Estrela Novais, Ana Catarina Afonso, Catarina Mago, Diana Marquês Guerra, Helena Veloso, Isabel Leitão, Rita Cleto e Sara Gonçalves (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2015/01/mario-lisboa-entrevista-sara-goncalves.html).

Celso Cleto, Filomena Gonçalves, Estrela Novais, Ana Catarina Afonso, Catarina Mago, Diana Marquês Guerra, Helena Veloso, Isabel Leitão, Rita Cleto, Sara Gonçalves
Estreada no passado dia 6 de Novembro, "A Casa de Bernarda Alba" foi a última obra teatral de Federico Garcia Lorca, que terminou dois meses antes do seu falecimento em 1936 e foi representada pela primeira vez na Argentina em 1945. Bernarda Alba (Filomena Gonçalves), viúva e mãe de 5 filhas, vive encerrada na sua casa num profundo luto, tentando defendê-las de tudo e de todos, incutindo-lhes as regras e os valores que aprendera em casa do seu pai e de seu avô. 

Filomena Gonçalves, Estrela Novais, Ana Catarina Afonso, Catarina Mago, Diana Marquês Guerra, Helena Veloso, Isabel Leitão, Rita Cleto, Sara Gonçalves
Filomena Gonçalves
Filomena Gonçalves & Estrela Novais
Estrela Novais & Ana Catarina Afonso
Ana Catarina Afonso
Estrela Novais & Diana Marquês Guerra
Diana Marquês Guerra
Diana Marquês Guerra & Catarina Mago
Filomena Gonçalves, Helena Veloso, Rita Cleto, Catarina Mago
Filomena Gonçalves, Isabel Leitão, Ana Catarina Afonso, Sara Gonçalves, Helena Veloso, Diana Marquês Guerra

Mário Lisboa

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

"As Cadeiras" no Teatro do Bairro até 10 de Novembro


Atualmente está em cena no Teatro do Bairro em Lisboa até ao próximo dia 10 de Novembro, a peça "As Cadeiras" de Eugène Ionesco, encenada por António Pires e protagonizada por Carmen Santos (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2012/12/mario-lisboa-entrevista-carmen-santos.html), Luís Lima Barreto e Rafael Fonseca.


Estreada no passado dia 23 de Outubro, "As Cadeiras" é a terceira peça de Eugène Ionesco, originalmente publicada em 1953, e é sobre um casal de velhos de 94 e 95 anos (Carmen Santos e Luís Lima Barreto), que vivem isolados numa casa situada numa ilha batida pelas vagas. Para alegrar a solidão e o seu amor fora do comum, repetem incansavelmente as mesmas histórias. Mas o velho homem, autor e pensador, possui uma mensagem universal que quer comunicar à humanidade. Para esse grande dia, reuniu eminentes personalidades do mundo inteiro. Um orador profissional (Rafael Fonseca) será encarregado de traduzir os seus pensamentos. Os convidados, invisíveis para o espectador, chegam como se fossem fantasmas e tomam lugar em cadeiras que invadem pouco a pouco o espaço, até o saturar. O casal sai da sala e deixa ao orador a tarefa de esclarecer a humanidade. Mas, para cúmulo da ironia, o orador é afinal um surdo-mudo. 

Carmen Santos & Luís Lima Barreto
Carmen Santos & Rafael Fonseca
Carmen Santos
Luís Lima Barreto
Fotografias: Miguel Bartolomeu 

Mário Lisboa

domingo, 18 de agosto de 2019

"Amar o Mar" por Maria Antónia Jardim/A. Sinai


2019 é o ano do 100º Aniversário da escritora e poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) e a propósito dessa efeméride, a pintora alquimista Maria Antónia Jardim/A. Sinai (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2015/01/mario-lisboa-entrevista-maria-antonia_7.html), que desde 2008 transforma os seus quadros em jóias e tem em Sophia de Mello Breyner Andresen como uma inspiração na sua vida, criou "Amar o Mar", uma jóia que é um símbolo do amor de Sophia pelo mar e que teve a sua primeira apresentação na Cooperativa Árvore no Porto no passado dia 30 de Maio, depois foi apresentada na Fundação Casa de Macau em Lisboa no passado dia 25 de Junho, e agora vai ser apresentada em Bruxelas no próximo dia 26 de Setembro, com a presença da sua criadora e da professora catedrática Isabel Ponce de Leão.


Mário Lisboa

sábado, 17 de agosto de 2019

"Troianas"


Termina hoje (17 de Agosto) nas Ruínas do Convento do Carmo em Lisboa, o espetáculo "Troianas", de Eurípides, com tradução de Luísa Costa Gomes, encenação de António Pires e um elenco que inclui Maria Rueff, Alexandra Sargento, Sandra Santos (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2012/01/mario-lisboa-entrevista-sandra-santos.html), Vera Moura, João Barbosa, Hugo Mestre Amaro e Francisco Vistas.


Estreado no passado dia 31 de Julho, "Troianas" é hoje, como no século V A.C. quando foi escrita e representada, o grande lamento sobre a tragédia da Guerra e das suas consequências eternas: a destruição, a morte, a perda, a servidão, o exílio, a errância. Tróia foi invadida pelos exércitos gregos, conquistada, incendiada. Diante das suas muralhas em chamas, as troianas escravizadas e Hécuba (Maria Rueff), a sua Rainha, esperam ser levadas pelos seus novos senhores para a Grécia. Choram os seus mortos e o seu destino injusto. Helena (Vera Moura), também cativa, será levada de novo a Esparta e continuará a reinar. Hécuba perdeu tudo: os filhos, o marido, o seu país. E é sobre a fundamental injustiça da guerra que os humanos cometem por motivos triviais que Eurípedes constrói a sua tragédia.

Maria Rueff ("Hécuba")
Vera Moura ("Helena de Esparta")
Maria Rueff ("Hécuba") & Alexandra Sargento ("Cassandra")
Hugo Mestre Amaro ("Poseidon")
Mário Lisboa

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Mário Lisboa entrevista... Joana Brandão

Estreou-se na representação em 1997 com o espectáculo "O Triálogo ou o vortex cor-de-rosa" no Teatro da Comuna e desde então nunca mais parou. Lutadora e dedicada, também tem acumulado experiência nas diferentes formas de dirigir, tendo-se estreado na realização com o documentário "Terra" em 2018, e recentemente participou no díptico "A Verdade"/"A Mentira", que esteve em cena no Teatro Aberto durante quatro meses e está nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Actor de Teatro (Miguel Guilherme). Esta entrevista foi feita, por via email, no passado dia 4 de Junho.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
J.B: Desde muito pequena que ia muito ao teatro, com a minha mãe. Ia ao Festival de Teatro de Almada, desde muito pequena. Sou de Almada, um concelho que nos anos 80/90 sempre apoiou muito o teatro e a música, havia muitos grupos de teatro amador. No 9º ano escolhi a opção de teatro na escola e fui aluna da Luísa Cruz. Foi a minha primeira professora de teatro! Na altura comecei logo a fazer teatro amador. Tive um grupo de teatro que se chamava B.O.T.A.-Brigada Organizada de Teatro Actual. Fazíamos imensos espectáculos. Adorávamos ensaiar, criar...

M.L: Quais são as suas referências, enquanto actriz?
J.B: A Luísa Cruz é sem dúvida uma delas. Foi muito bom para mim, a primeira vez que trabalhei com a Luísa. O mais curioso é que estava a fazer um espectáculo com ela, quando soube que estava grávida do meu primeiro filho. 9 anos mais tarde, ele estreia-se no cinema, com a Luísa a fazer de sua mãe, no filme “Pedro”, de Laís Bodanzky.

M.L: Estreou-se como actriz em 1997, com o espectáculo “O Triálogo ou o vortex cor-de-rosa”, no Teatro da Comuna. Que balanço faz destes últimos 22 anos?
J.B: São 22 anos de resistência, em que nunca deixei de trabalhar, mas a inconstância inerente a esta profissão é o mais desgastante! Principalmente quando não há políticas culturais que defendam verdadeiramente as artes.




M.L: Sendo uma mulher do pós-25 de Abril, o que é que aprendeu ao criar o seu monólogo “Coragem Hoje, Abraços Amanhã”, no que toca à condição feminina?
J.B: Aprendi muito. Foi um trabalho intenso de recolha de testemunhos de mulheres que foram presas e torturadas. Há testemunhos e histórias que eu não fazia ideia, mas aconteceram e não foi assim há tanto tempo. O mais interessante para mim, foi poder dar voz a essas mulheres. Perceber como suportaram aqueles momentos duros. Gostava muito de escrever outro monólogo sobre “o outro lado”. Sobre as “pides” que torturavam. Perceber o que as moviam, o que sentiam! Mas não é fácil! Algumas dessas mulheres ainda são vivas, mas vivem totalmente no anonimato.


Joana Brandão no monólogo "Coragem Hoje, Abraços Amanhã"
M.L: Foi premiada em 2017 com o Prémio Autores de Melhor Actriz de Teatro pela peça “Constelações”, onde deu um discurso muito emotivo. Que recordações guarda desse momento em particular?
J.B: Como achei que não ia ganhar, pensei no que gostaria de dizer, caso ganhasse, mas não me preparei muito. O espectáculo era muito bonito, muito intenso. A minha personagem tinha cancro. No dia do primeiro ensaio eu tinha ido ao funeral de um amigo. O meu discurso foi emotivo porque dediquei o prémio a esse amigo, que morreu de cancro e à minha amiga (sua mulher), que esteve sempre ao lado dele.


Pedro Laginha e Joana Brandão na peça "Constelações"
M.L: Recentemente co-protagonizou o díptico “A Verdade”/“A Mentira”, de Florian Zeller e encenado por João Lourenço, que esteve em cena no Teatro Aberto durante quatro meses. Este díptico foi uma revelação para si no que toca a explorar a natureza das relações?
J.B: Não foi uma revelação. Com 41 anos a ficção já não me surpreende. A natureza das relações humanas no dia-a-dia é bem mais complicada!


Patrícia André, Joana Brandão, Paulo Pires e Miguel Guilherme
M.L: A encenação/direcção de atores e o ensino têm sido uma constante descoberta para si principalmente como pessoa?
J.B: A encenação requer muito trabalho. Muitas escolhas, opções, procura de uma linguagem e forma de contar uma história. Sobre o que quero falar. A direcção de actores e a docência (que faço há muitos anos) prende-se mais com a capacidade de poder despertar ferramentas interiores nos outros. Uma verdadeira descoberta para mim foi a realização do meu documentário “Terra”. Percebi que é bem mais confortável estar “do outro lado” da câmara!

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
J.B: Verem muitos espectáculos (teatro e não só), lerem muitas peças de teatro e outro tipo de literatura, irem muito ao cinema, exposições, etc. e nunca se deixarem deslumbrar!




M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
J.B: Escrever e realizar uma longa-metragem, mas já estou a tratar disso!ML

Esta entrevista não está sob o novo Acordo Ortográfico

sexta-feira, 26 de julho de 2019

"E o Estado não é de quem manda?-Variações sobre Antígona de Sófocles e textos do quotidiano"


Estreou hoje (26 de Julho) em Luanda, no âmbito da 4ª edição do Circuito Internacional de Teatro que atualmente está a decorrer em Angola e com sessão extra no próximo dia 28 de Julho, o espetáculo "E o Estado não é de quem manda?-Variações sobre Antígona de Sófocles e textos do quotidiano", com dramaturgia de António Sofia e João de Mello Alvim, encenação de João de Mello Alvim e protagonizado por Alexandra Diogo (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2015/06/mario-lisboa-entrevista-alexandra-diogo.html), António Sofia e Mariana Teiga.

Alexandra Diogo, Mariana Teiga, António Sofia

Estreada originalmente no passado dia 11 de Julho no Cine-Teatro Louletano em Loulé, esta produção da associação Folha de Medronho-Artes Performativas revisita "Antígona", o grande clássico da tragédia grega, para dar contornos de atualidade às reflexões instigadas pela história original de Sófocles.

Alexandra Diogo
António Sofia
Mariana Teiga
Mário Lisboa

sábado, 20 de julho de 2019

"Édipo-Cegos que guiam cegos"


Termina amanhã (21 de Julho) no Teatro Romano de Lisboa, o espetáculo "Édipo-Cegos que guiam cegos", a partir de Sófocles, encenado por Beto Coville e protagonizado pelo próprio, Carlos Carvalho, Diogo Lopes, Eurico Lopes, Inês Oneto, João Araújo, Luísa Ortigoso, Nuno Pereira, Sandra Celas e Sofia Brito.

Sandra Celas, Diogo Lopes, Eurico Lopes, João Araújo, Luísa Ortigoso, Inês Oneto, Nuno Pereira, Sofia Brito, Carlos Carvalho, Beto Coville
Estreado no passado dia 4 de Julho e integrado no Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida, "Édipo-Cegos que guiam cegos" é a 9ª produção da companhia Teatro Livre e une mitos, valores sociais e familiares na mesma história. Reflete um mundo teocêntrico, regido por deuses que traçam o destino da vida dos homens. Na história, o papel do poder da crença enquanto forma vital de sobrevivência, personificada pelos oráculos, aparece em contraponto com o livre arbítrio do homem, dono do seu destino e senhor do seu futuro. Ao fugir do destino traçado pelos deuses, Laio e Jocasta (Sandra Celas) entregam o seu filho Édipo (Diogo Lopes) à morte, pois o oráculo previu que ele iria matar o seu pai e desposar a sua mãe.

Diogo Lopes ("Édipo")
Diogo Lopes ("Édipo") & Sandra Celas ("Jocasta")
Eurico Lopes ("Creonte") & Diogo Lopes ("Édipo")
Diogo Lopes ("Édipo") & Beto Coville (Encenador/"Servo")
Sandra Celas ("Jocasta")
Luísa Ortigoso ("Anciã"/"Tirésias") & Carlos Carvalho ("Soldado")
Mário Lisboa

"Bonecas"


Termina amanhã (21 de Julho) no Teatro Carlos Alberto no Porto, o espetáculo "Bonecas", com texto cénico e encenação de Ana Luena, direção artística de Ana Luena e José Miguel Soares e protagonizado por Mariana Magalhães, Matilde Magalhães, Nádia Yracema e Susana Sá (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2019/04/mario-lisboa-entrevista-susana-sa.html).


Em "Bonecas", Ana Luena parte de um conto inédito de Afonso Cruz e da "brutalidade bela" da pintura de Paula Rego para escrever uma dramaturgia em torno das noções de território, identidade e memória. Inserindo "Bonecas" no âmbito do programa da Malvada Associação Artística ao explorar o retrato e processos de desterritorialização por desvinculação, a encenadora integra igualmente no espetáculo a experiência partilhada com um grupo de raparigas de um centro de acolhimento temporário e um grupo de mulheres vítimas de violência doméstica de uma casa abrigo. A severidade e crueldade destes territórios femininos tornam as suas vítimas cativas da sua própria condição. Como num tableau vivant, as personagens de "Bonecas" expressam-se em relações dicotómicas de vulnerabilidade e força e numa inversão de papéis onde submissão e dominação se confundem. Cruzando exercícios de improvisação, criação de cenas, desenho de personagens, técnicas de role-play com fotografia, cria-se uma narrativa rizomática, “como um livro que cose diferentes cadernos numa só lombada”. Nessa “cartografia de multiplicidades” que o teatro e a fotografia oferecem, "Bonecas" trabalha possibilidades de reconstrução identitária, de reconhecimento e pertença.

Susana Sá, Mariana Magalhães, Matilde Magalhães, Nádia Yracema

Mário Lisboa

domingo, 9 de junho de 2019

"3GODS" no Teatro da Trindade até 16 de Junho


Está em cena no Teatro da Trindade até ao próximo dia 16 de Junho, o espetáculo "3GODS" que é escrito e encenado por Rui Neto (https://mlisboaentrevista.blogspot.com/2015/06/mario-lisboa-entrevista-rui-neto.htmle protagonizado por Luís Gaspar, Rodrigo Tomás e São José Correia.



Estreado no passado dia 9 de Maio, "3GODS" define-se como uma metáfora para os dias de hoje, onde os deuses se tornam refugiados numa Europa em crise, pronta a colapsar (eventualmente na iminência do domínio russo), tentando sobreviver como uma família de classe média. Para além da adaptação à realidade, sofrem a mesma crise de valores que o mundo à sua volta, mergulhados em conflitos, frustrações e mentiras, numa eterna busca por resgatar a memória. É um espetáculo que parte da família, como instituição para a criação de novos mundos, e as suas falhadas tentativas na busca de identidade. Encontra âncoras dramatúrgicas na mitologia, trazendo para cena o conflito de três divindades como personagens centrais.

São José Correia, Luís Gaspar, Rodrigo Tomás
São José Correia & Rodrigo Tomás
São José Correia & Luís Gaspar
Luís Gaspar
Rodrigo Tomás
Mário Lisboa