M.L: Atualmente integra o elenco da peça “Os 39 Degraus” que é baseada numa longa-metragem com o mesmo título realizada por Alfred Hitchcock. Como é que está a correr a peça?
V.K: Está a correr lindamente. Felizmente temos tido salas cheias,
o que é muito gratificante.
M.L: Quais são os próximos locais que a peça vai passar?
V.K: Acabamos recentemente a temporada no Porto e vamos agora
para o Casino Estoril de 17 a 26 de Novembro. Em Janeiro, vamos também passar
por Beja, Portalegre e Tomar.
M.L: Como é que surgiu esta peça?
V.K: Quando foi decidido fazer a reposição do espetáculo, a Inês (Castel-Branco)
já estava com outro projeto e por isso indisponível. Propuseram-me substitui-la
e aceitei logo com muito prazer.
M.L: Já tinha visto a longa-metragem, antes de se
envolver na peça?
V.K: Sou uma fã de Hitchcock, mas confesso que ainda não tinha
visto “Os 39 Degraus”. No entanto, há que referir que o texto original é de
John Buchan e foi depois adaptado para teatro por Patrick Marlow. Apesar do
filme de Hitchcock ser a referência mais forte há grandes diferenças entre a
peça e o filme começando pelo fato de em teatro, a história ser apresentada
como comédia e no filme não.
M.L: “Os 39 Degraus” é encenada por Claudio Hochman. Como é
trabalhar com ele?
V.K: A peça foi encenada pelo Claudio, mas no entanto teve de
seguir alguns parâmetros específicos da encenação original. Apesar de ter tido
um tempo de ensaios muito limitado devido a indisponibilidades, das poucas
vezes que estive com o Claudio, ele deu-me indicações muito valiosas e cruciais
ao meu desempenho.
M.L: Nesta peça interpreta várias personagens. Como é
que consegue passar de uma personagem para outra?
V.K: As personagens são todas muito diferentes com
características muito específicas. A Anabella Schmidt é uma misteriosa espia
alemã, a Margaret uma camponesa humilde e a Pamela Edwards uma inglesa chique e
pudica. A troca de figurinos rápida também ajuda a encaixar-me melhor em cada
uma delas.
M.L: Como é trabalhar com o elenco?
M.L: Como é trabalhar com o elenco?
V.K: É maravilhoso. Sinto-me em família. São todos muito
generosos, o que facilitou muito a minha integração no projeto.
M.L: Como tem sido a reação do público a esta peça?
V.K: Tem sido fantástica. O espetáculo é muito acessível mesmo
para quem não tem o hábito de ir ao teatro e agrada dos 8 aos 80. Não há um
espetáculo em que não se oiça gargalhadas sonantes.
M.L: Recentemente participou na telenovela “Espírito
Indomável” (TVI), onde interpretou a personagem Zé. Que balanço faz da sua
participação neste projeto?
V.K: Tenho muito orgulho no projeto e penso que revelou uma
grande evolução na ficção nacional. Quanto à Zé, foi das personagens mais
marcantes que tive até hoje talvez por ser a mais distante de mim. Tive de
fazer um grande trabalho de pesquisa e adotar uma fisicalidade diferente. No
entanto, acho que todas as personagens eram riquíssimas e talvez por isso o
público tenha gostado tanto.
M.L: Como vê o enorme sucesso que a telenovela teve,
durante a sua exibição?
V.K: Vejo o sucesso da novela como um reconhecimento da evolução
da qualidade da ficção nacional.
M.L: Como é que surgiu o interesse pela representação?
V.K: Não me lembro de não querer ser atriz. Talvez tenha nascido
comigo.
M.L: Dedicou praticamente a sua vida profissional à
televisão. Gostava de trabalhar mais no teatro e no cinema?
V.K: Sim. Acho que todos os atores deviam ter oportunidade de
experimentar todas as áreas e explorar a linguagem de cada uma delas.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
V.K: Estou muito feliz com o que tenho em Portugal neste momento,
mas claro que se a oportunidade surgisse não recusaria.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
V.K: Neste momento, estou 100% dedicada a este projeto. Gosto de
viver um dia de cada vez.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da sua
vida?
V.K: Nada.ML
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