M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
M.C: Por volta dos dez
anos, quando comecei a representar num grupo de teatro amador, com amigos da
minha idade, com quem cantava no Coral Luísa Todi e no coro da igreja.
M.L: Quais são as suas referências, enquanto atriz?
M.C: Se está a falar de
atrizes e atores, penso em Eunice Muñoz, Nicolau Breyner, Meryl Streep, Kevin
Spacey, Julianne Moore.
M.L: Na televisão, desde 2002 que trabalha
frequentemente com a TVI e a Plural. De todos os trabalhos que tem feito com estas
duas empresas nos últimos 15 anos, há algum em particular que pode dizer-se que
é o seu favorito?
M.C: Gostei
particularmente da série “Equador”. Mais recentemente, gostei de interpretar a
personagem Paula Montemor, na novela “Santa Bárbara”.
Manuela Couto como "Francisca", ao lado de Nicolau Breyner, em "Equador" |
Manuela Couto e o seu núcleo de "Santa Bárbara" (Diana Costa e Silva, Catarina Wallenstein, Luís Esparteiro, Gabriela Barros) |
M.L: Também tem experiência na direção de atores para
televisão. Dirigir atores é de certa forma uma necessidade para si e gostava de
um dia ir mais longe no que toca a experimentar a encenação ou a realização?
M.C: Não é propriamente
uma necessidade, mas sim uma coisa que gosto de fazer. Gosto de ver os atores a
fazerem aparecer uma personagem. Fico fascinada. Isto, para mim, não tem nada a
ver nem com realização nem com encenação, duas coisas que não pretendo fazer.
M.L: Fez parte do “Jornalouco”/“Cara Chapada” que
estreou nos primórdios da SIC e foi o antecessor do “Contra Informação” (RTP).
Nestes tempos pertinentes, seria bom na sua opinião voltarem a apostar neste
tipo de programa nem que seja para alegrar o público?
M.C: Acho que faz falta
mais sátira, e humor inteligente, não necessariamente com bonecos.
M.L: É para mim uma das maiores atrizes da sua geração
e também das últimas 3 décadas. Como lida quando alguém lhe dá este tipo de
elogio por exemplo?
M.C: Fico contente!
M.L: É natural de Setúbal, onde começou a trabalhar
como atriz, e foi recentemente condecorada com a Medalha Honorífica da Câmara
Municipal da cidade. Como olha hoje em dia para Setúbal no que toca à sua
relevância, enquanto cidade, e como é que se sentiu ao receber a medalha?
M.C: Setúbal tem crescido
muito nos últimos anos. Está uma cidade mais bonita, mais cuidada, com os olhos
postos no turismo, o que é uma atitude inteligente, porque a cidade tem todas
as condições para ser um destino turístico de excelência. Fiquei muitíssimo
feliz com o reconhecimento, como é óbvio!
M.L: Olhando para trás, sente agora que é tanto melhor
atriz como melhor pessoa do que quando iniciou o seu percurso há muitos anos
atrás?
Manuela Couto com a sua Medalha Honorífica da Câmara Municipal de Setúbal |
M.C: Não diria melhor,
diria mais experiente e mais consciente da minha profissão e do que quero da
vida.
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
M.C: É preciso ter talento e vocação!
M.L: Que balanço faz do percurso que tem desenvolvido
até agora como atriz?
M.C: Tem sido muito bom!
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda nesta altura da sua vida?
M.C: Viajar!ML
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