Hoje (8 de Março) é o Dia Internacional da Mulher e é um dia que eu levo em consideração há já bastante tempo, pois a Mulher é um ser muito lutador, muito especial e, sem dúvida nenhuma, é também um ser muito superior ao Homem. Mas, infelizmente, a Mulher ainda é muito menosprezada, apesar dos progressos que têm havido para inverter isso, e a propósito de homenagear este fantástico ser e o seu dia especial, eu convidei a realizadora/produtora independente Isabel Pina, que é uma das minhas grandes amigas e faz anos precisamente hoje, para escrever um texto sobre a Mulher em si.
"8/3/2018 M U L H E R
Respondendo ao desafio do blogger de cinema Mário
Lisboa, deixo aqui uma pequena reflexão acerca deste 8 de março de 2018.
Habituei-me ao longo dos anos a ser felicitada
duplamente neste dia; pelo meu aniversário e pela minha condição de mulher. E
todos os anos assisto a iniciativas que têm como propósito enaltecer a condição
da mulher e recordar o porquê desta efeméride neste dia. Mas este ano há algo
de diferente, há algo a mais; primeiro porque completo um daqueles aniversários
com um número bem redondo, e depois paira algo de novo no ar a querer
cumprir-se para que sejam operadas mudanças efetivas no coletivo global.
Uma das indústrias que potencialmente mais influencia
as consciências no mundo - a do cinema - colocou na voz de muitas protagonistas
do meio uma mensagem de urgência na questão da igualdade no tratamento das
mulheres em relação aos homens. É sem dúvida um tema de referência da
atualidade.
Em novembro último, 700.000 trabalhadoras agrícolas
escreveram uma carta aberta de apoio à causa das atrizes vítimas de assédio
sexual. Depois de a lerem, os membros da Time’s
Up sentiram a necessidade de direcionar os seus esforços ao resto do mundo.
“Se
este grupo de mulheres não consegue lutar pelas outras mulheres, que não têm
tanto poder nem privilégios, quem irá conseguir?” questionou Shonda Rhimes, produtora executiva de séries de
televisão.
O Time’s Up é
gerido por voluntárias e composto por grupos de trabalho, com diferentes focos.
Entre as voluntárias do Time’s Up
estão as atrizes Ashley Judd, Eva Longoria, America Ferrera, Natalie Portman,
Emma Stone, Kerry Washington e Reese Witherspoon.
“Estamos
finalmente a ouvir-nos umas às outras, a ver-nos umas às outras e agora a dar
as mãos pela solidariedade umas pelas outras e por todas as outras mulheres que
não se sentem vistas nem ouvidas”, afirmou a atriz Reese
Witherspoon.
Desde essa altura para cá, em vários eventos
mediáticos de cinema, este tema é recuperado e apesar destas mulheres se
dizerem muitas vezes frustradas pelos resultados não tão imediatos, garantem
que não vão desistir. Tenho esperança que o movimento continue e que não haja
volta atrás.
Já me aconteceu ter de me apresentar sumariamente, e
quando isso acontece, costumo dizer algo com que me identifico bastante: “Olá,
eu sou a Isabel, e sou do signo Peixes, e como tal, sou uma sonhadora”. E é bem
verdade, sou uma sonhadora, e quando não estou a sonhar, é porque estou ocupada
a cumprir os meus sonhos. E um dos sonhos que tenho é ver o artigo 1º da
Declaração Universal dos Direitos do Homem [e Mulher] cumprido na sua íntegra – “todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e
de consciência, devem agir uns para os outros em espírito de fraternidade”. A propósito do dia de hoje, também sonho que os artigos
2º e 23º possam ser cumpridos – “Todos
os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na
presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente, de raça, de cor, de
sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional
ou social, de fortuna, de nascimento, ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político,
jurídico ou internacional do país ou do território independente, sob tutela ou
sujeito a alguma limitação de soberania.” […] “2.
Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho
igual.”
Sendo eu M U L H E R, nada melhor do que ter um
bocadinho de voz neste dia tão especial, e recordar a voz da rainha do soul,
Aretha Franklin, a pedir “just a little bit… RESPECT”.
Termino com
uma reflexão de uma das mulheres que mais influenciou o mundo positivamente: “Por vezes
sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar
seria menor se lhe faltasse uma gota.” Madre Teresa de Calcutá.
Xi-coração da Isabel Pina"
Muito bom!
ResponderEliminar