M.L: Como estão a correr as gravações do programa “Curto-Circuito” (SIC Radical)?
D.B.N: Estão a correr muito bem, obrigada. O CC é um programa óptimo de apresentar porque é em directo, é dinâmico, há contacto com o público e falamos de tudo um pouco, o que é uma mais-valia sem dúvida.
M.L: Apresenta o programa há quase dois anos. Que balanço faz destes quase dois anos em que está no programa?
D.B.N: Um ano e meio. Faço um balanço super positivo. Adoro o que faço, todos os dias são diferentes. Aprendi e continuo a aprender muito e isso é bom. Faz-me crescer, enquanto pessoa e enquanto profissional.
M.L: Qual foi o momento que a marcou até agora, durante o tempo em que está no “Curto-Circuito”?
D.B.N: Há muitos, mas devo dizer que a minha entrada foi única. Tive o privilégio de começar a apresentar com o Rui Unas e isso é excelente.
M.L: Como é trabalhar com Rui M. Pêgo, Diogo Valsassina, Carolina Torres e Rui Porto Nunes?
D.B.N: Adoro a nossa equipa. Somos amigos, mesmo, o que é um tanto ao quanto raro neste meio. É muito bom trabalhar com cada um deles.
M.L: Qual foi a situação mais embaraçante que a marcou até agora, durante o tempo em que está no “Curto-Circuito”?
D.B.N: Houve algumas, já me leram poemas, cantaram músicas, dedicaram serenatas e já me fizeram declarações mais atrevidas. Mas embaraçada nunca fico. Rio-me imenso de tudo e de mim própria também. Não me levo muito a sério e isso é importante no CC.
M.L: Trabalhou com Rui Unas na altura em que começou a apresentar o programa. Como foi trabalhar com ele?
D.B.N: Foi óptimo. Adorei. O Rui é muito profissional, muito respeitador e é uma alegria, claro! É um orgulho ter apresentado com ele.
M.L: Também nessa altura, participou na telenovela “Nasci para ser Tuya” que era inserida no “Curto-Circuito”. Que recordações leva dessa telenovela?
D.B.N: Olha, foi uma experiência giríssima, porque eram de rir as gravações. Os textos e as vozes eram feitas pelo Rui Unas e depois tínhamos que interpretar e era muito engraçado. Só tenho recordações óptimas dessa altura, porque divertíamo-nos muito.
M.L: Essa participação despertou-lhe a vontade de querer representar?
D.B.N: Durante a escola fiz workshops de teatro e tal, porque eram grupos dinâmicos e cheios de actividades, porque acho e sempre achei giro criar uma personagem, interpretá-lo. Agora, a sério mesmo, não sei, porque sou uma pessoa que tem muito respeito por qualquer profissão e a de actriz também, obviamente. Ou seja, acho que para tudo é preciso ter formação. Não digo nunca nem quero já, teria que decidir caso surgisse.
M.L: Qual foi a entrevista que mais gostou de fazer até agora, durante o tempo em que está no “Curto-Circuito”?
D.B.N: Não consigo distinguir uma, é muito difícil. Já fiz tantas... adoro entrevistar pessoas com mais idade, porque têm sempre histórias e prazer em conversar. Como eu adoro entrevistar pessoas, consigo gostar de quase todos os entrevistados. Fazemos, naturalmente, muitas entrevistas a músicos e bandas e isso é giro. Alguns a começar...é muito interessante. Ao contrário de muitos jornalistas/apresentadores que não gostam daquelas pessoas que não dizem nada, eu gosto pelo desafio. Claro que é melhor falar com alguém que nos responda, que seja simpático, mas também gosto de dar a volta a determinada pessoa e pô-la a falar, se necessário.
M.L: Como lida com a adrenalina do directo?
D.B.N: É o melhor do CC. Não há nada como fazer directos. Adoro a adrenalina do directo. Adoro o facto de ser imediato, da pressão daquilo que dizemos, que não pode ser corrigido, das chamadas com o público. Adoro tudo o que envolve o directo.
M.L: A SIC Radical vai fazer no próximo mês de Abril, 10 anos de existência. Que balanço faz destes 10 anos?
D.B.N: É verdade... já tem alguma idade. Faço um balanço, naturalmente, positivo. Aposta em produção nacional como o CC e outros, marca a diferença na escolha de determinados registos de humor absolutamente necessários para que se conheçam outros registos e acima de tudo tem uma imagem de marca que considero muito importante num canal por cabo.
M.L: Como é que surgiu o interesse pela Comunicação Social?
D.B.N: Olha, tudo começou com o sonho de ser jornalista por isso é que tirei Comunicação Social. Desde pequenina que sempre soube que queria ser jornalista e que gostava de trabalhar em rádio ou televisão. Aliado a isso, adoro escrever, os meus professores sempre elogiaram as minhas composições e tudo o que escrevia, depois com os vinis do meu pai, os CDs da minha irmã e mais tarde os meus (e agora o mp3), nasceu a paixão pela música, pela rádio. Fazia emissões de rádio sozinha em casa, imitava o que ouvia na rádio... depois nasceu a SIC e eu lembro-me bem disso... e comecei a achar fascinante o mundo da televisão também, os directos, lá está, as galas, as coberturas jornalísticas, tudo. Sempre soube que queria isto e que iria ser feliz a fazer o que gosto.
M.L: Que experiências teve nesta área, antes do “Curto-Circuito”?
D.B.N: Olha, comecei com um estágio curricular, durante o curso na TSF em Lisboa, depois estive na MVM (um canal por cabo) como produtora e apresentadora, depois na Rádio Vale do Minho como jornalista, tirei uma pós-graduação em consultadoria e assessoria de comunicação e marketing e depois comecei a apresentar o “Curto-Circuito” e a fazer locução no “Exame Informática” da SIC Notícias até hoje.
M.L: Imprensa, Rádio e Televisão. Qual destas áreas que mais prefere?
D.B.N: Adoro escrever, mas prefiro rádio e televisão. Em imprensa gostava de trabalhar, mas na área da moda.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
D.B.N: Gostar claro que sim. Se é possível? Há que acreditar, mas não faço disso um objectivo.
M.L: Como vê actualmente a Comunicação Social?
D.B.N: Para começar tenho pena de ter tantos amigos e colegas de curso que não conseguem emprego na área. Depois, acho que há alguns meios isentos e capazes de fazer bom jornalismo e outros nem tanto. Mas tem que haver de tudo. Acho que nenhum deve ser julgado, porque são maneiras de trabalhar, apenas isso. Todos os dias para além do jornal das 20h (claro) vejo a "Edição da Manhã" da SIC Notícias e adoro ficar logo a saber o que se passa no mundo. Depois no carro, o número 1 memorizado no rádio é a TSF, claro. Quanto à imprensa dita rosa, acho mais uma vez que há excelentes profissionais que são obrigados a seguir uma determinada linha editorial. Respeito todos e o seu trabalho.
M.L: Quais são as suas referências nesta área?
D.B.N: Acho que respondi em cima!
M.L: Quais são os seus próximos projectos?
D.B.N: Não sei. Sonhos, tenho muitos. Quero muito continuar a trabalhar em televisão, porque faz-me feliz, quero muito experimentar coisas novas, sou nova, estou na idade certa para isso e o que vier, virá!
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda?
D.B.N: Já me inscrevi, mas tive que desistir por motivos de trabalho... mas adorava fazer voluntariado para fora. Cá, já me disseram que estavam "esgotados de voluntários". Eu cá acho que ajuda nunca é demais. Um dia hei-de fazer!
M.L: Se não fosse a Diana Bouça-Nova, qual era a apresentadora que gostava de ter sido?
D.B.N: Só gostava de ser eu própria.ML
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