M.L: Como é que surgiu o interesse pela música?
C.T: Costumo
dizer que a música já nasceu comigo, sempre fez parte de mim e do meu
dia-a-dia. A minha mãe é profissional neste campo, o que levou a que a música
obrigatoriamente estivesse desde sempre presente na minha vida. O interesse em
si: desde criança que é a minha grande paixão. Já quis ser bailarina, eheheh. Mas
atualmente já exclui essa hipótese, o meu sonho é mesmo ser cantora.
M.L: Quais são as suas grandes influências, enquanto
cantora?
C.T: A
minha mãe é sem dúvida, a minha principal influência. Admiro-a muito como ser
humano e como profissional que é (gosto de separar as coisas, o fato de ser
minha mãe não tem nada a ver com o fato de ser uma das minhas vozes
preferidas/de referência). Para além dela, as minhas influências musicais
dirigem-se muito para à música internacional: Adele, Joss Stone, Pink, Kelly
Clarkson, Adam Lambert, Chris Daughtry, etc. Estes são alguns dos nomes que
mais me inspiram.
M.L: Em 2009 concorreu à terceira edição do programa
“Ídolos” (SIC). Como vê atualmente a aposta das estações televisivas nos
programas de caça-talentos?
C.T: Sinceramente,
os programas de caça-talentos em Portugal (na minha opinião) não funcionam como
supostamente deveriam. O objetivo é dar a conhecer novas caras e fornecer às
mesmas, oportunidades de mostrar o que valem. Temos inúmeros portugueses super-talentosos
que mereciam vingar no mundo da música e de alcançar os seus sonhos. Só que
infelizmente, o próprio país não é capaz de suportar ou apoiar os artistas (no
geral). Quanto à minha experiência no programa "Ídolos" foi
realmente mais uma experiência, uma etapa na minha vida. Fez-me crescer e ver
este mundo (que já conhecia, embora de forma indireta) numa perspetiva mais
aprofundada.
M.L: Quais são os cantores em Portugal com quem gostava de
trabalhar no futuro?
C.T: Não
tenho grandes ambições no que toca a Portugal, embora admire muito os nossos
artistas. Talvez por ser adolescente e pela minha geração estar fortemente
influenciada pela música internacional. Sei que não é muito patriótico da minha
parte, mas gostava muito de ter uma carreira na qual pudesse cantar em inglês.
Isto, obviamente caso algum dia vir a acontecer. No entanto, estou aberta a
projetos e não excluo hipóteses. Ficaria muito orgulhosa e feliz se algum dia
fosse convidada para trabalhar com alguém seja um cantor português ou
internacional.
M.L: Como vê atualmente a música portuguesa em geral?
C.T: Como
já referi atrás, os meus gostos musicais direcionam-se muito para à música
internacional. A música portuguesa (da minha perspetiva), acho que é pouco
valorizada nos dias que decorrem. Temos realmente muitos artistas (e muito bons
naquilo que fazem) que não têm a carreira que mereciam. O mundo artístico em
Portugal (para além da música: arte no geral como a representação por exemplo)
atualmente não obtém o valor que deveria, ninguém aposta... Mas também temos de
ver que o país está a viver uma grande crise financeira, o que condiciona tudo
o resto.
M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
C.T: Sem
dúvida! Esse é o meu verdadeiro sonho.
M.L: É filha da cantora Nucha. Como vê o percurso que
a sua mãe fez até agora?
C.T: Orgulho-me
muito do percurso profissional da minha mãe independentemente dos estilos pelos
quais enveredou. É uma profissional excelente, um verdadeiro "bicho de
palco" como costumo dizer. Admiro-a em todos os sentidos. É claro que há
sempre preferências e nisso tenho mesmo de sublinhar que adorei a aposta que
fez neste último CD que acabou de sair há umas semanas atrás.
O álbum "Num Instante Tudo Muda" é sem dúvida a
"cara" da minha mãe, enquanto intérprete demonstrando o seu lado mais
tranquilo, calmo, sereno. Recomendo!
M.L: Gostava de experimentar outras áreas como por exemplo
a representação?
C.T: Por
acaso, sempre tive bastante curiosidade em experimentar a área da
representação. Não posso comparar ao meu sonho de cantar, mas é uma área que me
cativa bastante e quem sabe um dia não experimente mesmo... A fotografia também
sempre foi algo que me fascinou, é outra das minhas grandes paixões.
M.L: Como vê o futuro da Música em geral nos próximos anos?
C.T: Acho
que só, quando chegarmos lá é que iremos saber. O futuro é incerto, tudo muda
de um momento para o outro. Se formos a falar de música num dia o que está na
moda é ouvir Rock, noutro já é Rap e atualmente penso que seja a música eletrónica.
E isso vê-se pelas tendências que a maioria dos grandes artistas estão a adotar.
Tudo irá depender do que o público quererá e gostara de ouvir. Nos dias de hoje
visualizo "um mundo de DJ's", eheheh.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
C.T: Tenho recebido convites
para alguns projetos vocacionados para um estilo eletrónico (música House) por
parte de alguns DJs nacionais. No passado dia 19 de
Fevereiro de 2012 foi lançada uma música na qual participo como vocalista.
Chama-se "Moving On", é da autoria do DJ/Produtor Mike C (um jovem
bastante promissor que com apenas 17 anos de idade já tem algumas faixas
editadas e lançadas em CD's). Para terem acesso à música, isto é, poderem ouvir
e partilhar com outras pessoas basta irem às nossas Páginas oficiais no Facebook
que estão sempre a ser atualizadas:
É
importante referir que não considero como o meu primeiro original, mas sim como
uma participação. Gostava de seguir uma linha mais virada para o Blues,
Pop-Rock, Soul... E é claro que irei continuar a investir nos covers, algo que
me dá imenso prazer em fazer.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito
ainda?
C.T: Adorava
viajar para todo o lado, de palco em palco como as minhas grandes referências
musicais o fazem. É um sonho: gravar um CD original em inglês dentro do estilo
que gosto que tenha significado e com o qual as pessoas se possam identificar.
M.L: O que é que gostava que mudasse nesta altura da sua
vida?
C.T: Gostava
de ter controlo sobre o meu futuro mais propriamente dedicar-me por inteiro à
música. Contudo, é algo que só com uma estrelinha da sorte o farei. Por agora,
irei continuar a estudar, tirar um curso superior noutra área (provavelmente
dentro da comunicação social/jornalismo) e fazer disso a minha prioridade. A
música é apenas um hobbie e quem sabe, uma segunda profissão se assim tiver de
ser.ML
Sem comentários:
Enviar um comentário