sábado, 5 de novembro de 2016

Mário Lisboa entrevista... Carla Andrino

Começou como bailarina e a representação surgiu naturalmente na sua vida, tornando-se numa das actrizes mais admiradas pelo público português, cujo percurso passa nomeadamente pelo teatro e pela televisão (onde entrou em produções como "Os Malucos do Riso" (SIC), "Bacalhau com Todos" (RTP), "Fábrica de Anedotas" (RTP), "Os Batanetes" (TVI), "O Prédio do Vasco" (TVI), "Ilha dos Amores" (TVI), "A Outra" (TVI), "Negócio da China" (TV Globo), "Um Lugar para Viver" (RTP), "Espírito Indomável" (TVI), "Redenção" (TVI), "Doce Tentação" (TVI), "I Love It" (TVI), "Giras e Falidas" (TVI). Casada desde 1986 com o Maestro Mário Rui e mãe da actriz e apresentadora Marta Andrino, a psicologia também faz parte da sua vida, e actualmente co-protagoniza a peça "Noivo por Acaso" que está em digressão. Esta entrevista foi feita no Teatro Sá da Bandeira no Porto.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
C.A: Acho que surgiu desde sempre. Comecei o meu percurso pela dança, mas acho que mais do que dançar eu gostava era de representar através da dança. Portanto, representar surgiu assim tão natural como respirar. Foi um percurso natural na minha vida.

M.L: Quais são as suas referências, enquanto actriz?
C.A: São várias. Actrizes e actores, portugueses e estrangeiros. Eu acho que até de um mau exemplo se pode tirar um bom exemplo, nem que seja de como não fazer, de como, pelo menos eu, não gostava de representar.

M.L: De todos os trabalhos que tem feito até agora como actriz, houve algum em particular que se pode dizer que é o seu favorito?
C.A: Todos me deixaram a sua marca e fizeram de mim aquilo que sou.

M.L: Como lida com o público que acompanha sua carreira há vários anos?
C.A: Lido com muito respeito, independentemente se estou mais cansada ou menos disponível. Se as pessoas me reconhecem e querem dar um beijinho, cumprimentar, pedir um autógrafo ou tirar uma fotografia, cedo de uma forma simpática porque é o mínimo que posso fazer.

M.L: Desde 1986 que é casada com o Maestro Mário Rui e é mãe da actriz e apresentadora Marta Andrino. Como vê os percursos que ambos têm desenvolvido até agora?
C.A: Ambos têm tido muito respeito, dedicação e investimento pela profissão, muito respeito pelo público, e, também, uma pitadinha de sorte. Os dois têm uma característica que acho fundamental para esta ou qualquer outra profissão, a humildade.

Carla Andrino com a sua família (Mário Rui, Marta Andrino, o genro Frederico Amaral e o neto Manuel)
M.L: Entre 2008/09, participou na telenovela brasileira “Negócio da China”, exibida na TV Globo, da autoria de Miguel Falabella. Gostava de um dia repetir a experiência de trabalhar no estrangeiro, caso haja essa possibilidade?
C.A: A experiência foi absolutamente fantástica, fui muitíssima bem tratada por todos, sobretudo, pelo Miguel Falabella, que é um senhor. Gostei muito de lá estar até porque estive acompanhada pela minha família. Portanto, foi uma felicidade partilhada o que fez, ainda, mais sentido. Se tiver outro convite, e estiver disponível, com certeza que irei.

Ricardo Pereira, Joaquim Monchique, Carla Andrino e Maria Vieira, o núcleo português de "Negócio da China"
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
C.A: Se quiser entrar na representação, entre por amor e não pela fama. Entre para servir e não para ser servido.

M.L: Que balanço faz do percurso que tem desenvolvido até agora como actriz?
C.A: O melhor possível. Era isto que eu queria fazer, consegui e estou a fazer. Que mais posso pedir à vida?

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
C.A: Fazer cinema.ML

Esta entrevista não está sob o novo Acordo Ortográfico

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