M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
C.A: Acho que surgiu desde
sempre. Comecei o meu percurso pela dança, mas acho que mais do que dançar eu
gostava era de representar através da dança. Portanto, representar surgiu assim
tão natural como respirar. Foi um percurso natural na minha vida.
M.L: Quais são as suas referências, enquanto actriz?
C.A: São várias. Actrizes
e actores, portugueses e estrangeiros. Eu acho que até de um mau exemplo se
pode tirar um bom exemplo, nem que seja de como não fazer, de como, pelo menos
eu, não gostava de representar.
M.L: De todos os trabalhos que tem feito até agora como
actriz, houve algum em particular que se pode dizer que é o seu favorito?
C.A: Todos me deixaram a sua
marca e fizeram de mim aquilo que sou.
M.L: Como lida com o público que acompanha sua
carreira há vários anos?
C.A: Lido com muito respeito,
independentemente se estou mais cansada ou menos disponível. Se as pessoas me
reconhecem e querem dar um beijinho, cumprimentar, pedir um autógrafo ou tirar
uma fotografia, cedo de uma forma simpática porque é o mínimo que posso fazer.
M.L: Desde 1986 que é casada com o Maestro Mário Rui e
é mãe da actriz e apresentadora Marta Andrino. Como vê os percursos que ambos
têm desenvolvido até agora?
C.A:
Ambos têm tido muito respeito,
dedicação e investimento pela profissão, muito respeito pelo público, e,
também, uma pitadinha de sorte. Os dois têm uma característica que acho
fundamental para esta ou qualquer outra profissão, a humildade.
Carla Andrino com a sua família (Mário Rui, Marta Andrino, o genro Frederico Amaral e o neto Manuel) |
M.L: Entre 2008/09, participou na telenovela brasileira
“Negócio da China”, exibida na TV Globo, da autoria de Miguel Falabella. Gostava
de um dia repetir a experiência de trabalhar no estrangeiro, caso haja essa
possibilidade?
C.A: A experiência foi
absolutamente fantástica, fui muitíssima bem tratada por todos, sobretudo, pelo
Miguel Falabella, que é um senhor. Gostei muito de lá estar até porque estive
acompanhada pela minha família. Portanto, foi uma felicidade partilhada o que
fez, ainda, mais sentido. Se tiver outro convite, e estiver disponível, com
certeza que irei.
Ricardo Pereira, Joaquim Monchique, Carla Andrino e Maria Vieira, o núcleo português de "Negócio da China" |
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
C.A: Se quiser entrar na
representação, entre por amor e não pela fama. Entre para servir e não para ser
servido.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem desenvolvido
até agora como actriz?
C.A: O melhor possível.
Era isto que eu queria fazer, consegui e estou a fazer. Que mais posso pedir à
vida?
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda nesta altura da sua vida?
C.A: Fazer cinema.MLEsta entrevista não está sob o novo Acordo Ortográfico
Sem comentários:
Enviar um comentário