desenvolvido nos últimos dez anos um percurso muito promissor como atriz que passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "A Outra" (TVI), "Deixa Que Te Leve" (TVI), "Espírito Indomável" (TVI), "Morangos com Açúcar" (TVI), "Doida por Ti" (TVI), "I Love It" (TVI). Filha da atriz Carla Andrino e do maestro Mário Rui, tem como duas das suas maiores virtudes a humildade e a vontade de aprender e evoluir, e atualmente apresenta o programa diário "Câmara Exclusiva" na TVI Ficção e é uma das concorrentes do programa da TVI "A Tua Cara Não Me É Estranha". Esta entrevista foi feita no passado dia 21 de Outubro.
M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
M.A: Esta será eternamente
a pergunta mais difícil de responder. Há coisas que não se explicam, talvez
brincar em camarins e dormir sestas nas plateias dos teatros, tenha deixado
o pó mágico deste mundo. Não sei quando surgiu, vivi sempre rodeada de atores,
cantores, músicos... acho que não fazia sentido ter sido de outra forma.
M.L: Quais são as suas referências, enquanto atriz?
M.A: Tudo são referências,
uma pessoa desconhecida na rua, uma atriz que nem sei o nome num filme, a minha
mãe.
M.L: Celebra 10 anos de carreira em 2016, desde que
começou com a série “Aqui Não Há Quem Viva” (SIC) em 2006. Que balanço faz
destes últimos 10 anos?
M.A: É verdade, já
passaram 10 anos?! Este período de tempo acompanha também a fase da
minha vida em que me transformo de jovem adulta em mulher adulta. Já não
me sinto a menina que começou, e em cada trabalho fui evoluindo enquanto atriz
e em paralelo como ser humano, através das próprias personagens como das
pessoas com as quais me cruzei.
M.L: De tudo o que tem feito como atriz nesta última
década, houve algum trabalho em particular em que sentiu que os seus objetivos
foram cem por cento conseguidos?
M.A: Em todos. Só sei dar 100%. Claro que olho
para trás e o nosso lado de auto-crítica, sempre presente, avalia, bem ou mal,
aquilo que foi feito. Depois há projetos e personagens que podem dar mais ou
menos gozo, mas tirei sempre prazer de todas elas.
M.L: Participou nas séries juvenis “Morangos com
Açúcar” e “I Love It” que foram exibidas na TVI, na qual interpretou
respetivamente as vilãs Verónica Garcia Lima e Iolanda Medeiros. Que recordações
guarda de interpretar estas personagens e também de experimentar este tipo de
ficção dedicado ao público juvenil?
M.A: Não diferencio, são
projetos. As recordações que guardo são ótimas, de um ambiente super
divertido, com um público muito atento e umas personagens deliciosas e
desafiantes.
Marta Andrino como "Verónica Garcia Lima" em "Morangos com Açúcar" |
Marta Andrino como "Iolanda Medeiros" em "I Love It" |
M.L: É filha da atriz Carla Andrino e do maestro Mário
Rui. Como olha para os percursos que os seus pais têm desenvolvido até agora?
M.A: Além de ter estado,
e estar, bem de perto durante o percurso de cada um, que em várias
situações se cruzam, olho com um orgulho gigante e como referência do caminho
que aos poucos também quero traçar.
Mário Rui, Marta Andrino, Carla Andrino |
M.L: Atualmente apresenta o programa diário “Câmara
Exclusiva” na TVI Ficção. Embora áreas muito diferentes, a Comunicação Social
pode ser de certa forma um complemento à representação a seu ver?
M.A: Tudo é complementar.
Acredito que nada acontece por acaso, a minha licenciatura em Marketing em
vários pontos do meu percurso tem vindo ao de cima. Creio que no “Câmara
Exclusiva” é um deles, pelo seu lado de comunicação como de divulgação da
ficção TVI, do qual me sinto uma porta-voz.
Marta Andrino como apresentadora de "Câmara Exclusiva" |
M.L: Como lida com o público que tem acompanhado a sua
carreira nestes últimos 10 anos?
M.A: De uma forma muito
tranquila. Talvez porque sempre lidei com isso, através dos meus pais, e
porque acredito que o público faz parte da equação do nosso
trabalho. É por eles e pelo seu feedback
que também evoluímos.
M.L: Como atriz e também como pessoa, considera-se
como alguém que questiona o Mundo e o que está à sua volta?
M.A: Claro que sim, como
atriz, como mulher, como mãe... Terei sempre perguntas que não terão respostas.
Ou porque não existe resposta, ou porque não aceito a que me dão ou porque
a vida ainda não me deu. Mas ao aceitar-me e aceitar o que o mundo me dá
facilita muita coisa.
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
M.A: Independentemente da carreira que se escolha, o meu
conselho é que se lute por aquilo que nos faz acordar felizes por ir fazer e
chegar a casa, mesmo que exaustos, felizes por sentir que a missão foi
cumprida.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda nesta altura da sua vida?
M.A: Continuo a achar que me falta fazer tudo, desde
personagens a viagens, a tantas outras coisas... Mas a vida continua a
surpreender-me, por isso é ir vivendo-a, tranquilamente.ML
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