M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
D.R: Comecei a fazer
teatro na escola. Quando tinha 17 anos entrei para o CPT (Centro de
Investigação Teatral), dirigido pelo Antunes Filho. Foi no CPT que decidi atuar
profissionalmente. Os anos que passei lá foram a minha inspiração para seguir a
carreira de ator.
M.L: Quais são as suas referências, enquanto ator?
D.R: Admiro alguns atores
como Marlon Brando e James Dean. Quando possível uso referências de filmes e
séries para compor as minhas personagens. Agora por exemplo, utilizei o filme
“The Fighter-Último Round” (2010), com Christian Bale e a série “Mr. Robot” com
Rami Malek, como inspiração para construir o Gustavo em “A Lei do Amor” (TV Globo).
M.L: De tudo o que tem feito até agora como ator, qual
foi o trabalho em especial que diria que teve um impacto muito bom em si?
D.R: Todos os trabalhos
que fiz foram importantes. A minha primeira novela foi “Avenida Brasil” (TV
Globo), de lá para cá fiz personagens altamente complexas onde pude colocar
toda a experiência que adquiri no teatro. Mas acredito que a minha personagem
atual é a mais desafiadora. O Gustavo é a personagem mais distante da minha
personalidade que já interpretei. Tem sido um desafio muito prazeroso para mim!
Até porque ele tem muitos modos de sentir em cada cena! Dá para explorar os contrastes
e mostrar para o público um ser humano de forma mais realista.
M.L: Também tem experiência no kickboxing, tendo lutado profissionalmente pela seleção brasileira
e chegou a ser campeão paulista, brasileiro,
sul-americano e pan-americano. Que recordações guarda desse tempo?
Cláudia Raia & Daniel Rocha, um dos pares românticos de "A Lei do Amor" |
D.R: Guardo boas
recordações e ainda pratico sempre que posso. Apesar dos machucados e lesões,
praticar um desporto sempre traz benefícios. Além da saúde, aprendi muito a
ouvir. No desporto temos um mestre e na dramaturgia também tem sempre alguém
direcionando, seja o diretor ou o autor. O desporto me trouxe isso, aprender a
ouvir e também me concentrar.
M.L: Como lida com o público que tem acompanhado a sua
carreira nestes últimos anos?
D.R: Sou muito agradecido
por ter sido sempre tratado com muito carinho e respeito e tento retribuir da
mesma forma. É uma relação de cumplicidade. Tenho fãs que me acompanham desde o
começo, que estão sempre perto, querendo ajudar, acompanhando e incentivando. E
é incrível o amor que recebo.
M.L: Em 2015, a telenovela “Império” (TV Globo), na
qual participou, foi premiada com o Emmy Internacional na categoria de
Telenovela. Como é que se sentiu na altura ao saber da premiação, e como olha
também para este tipo de ficção, pelo menos desde que começou a trabalhar como
ator?
D.R: “Avenida Brasil” é um
marco na história da TV brasileira e foi a minha primeira experiência na
telinha! Estrear numa novela de tanto sucesso me deu uma motivação a mais! Sou
reconhecido na rua em muitos países do mundo por causa do Roni! Todos ficamos
extasiados com o Emmy, receber um prémio é sempre emocionante. Mas acredito que
o que buscamos em todo trabalho é sempre elevar a qualidade e poder levar para
o público o nosso melhor.
M.L: Numa altura imensamente complexa tanto para o
Brasil como para o Mundo, este é a seu ver um momento muito desafiante para se
ser ator/atriz?
Daniel Rocha como Roni ao lado de Isis Valverde em "Avenida Brasil" |
Adriana Birolli, Josie Pessôa, Rogério Gomes, Marina Ruy Barbosa, Paulo Betti, Maria Ribeiro, Leandra Leal, Joaquim Lopes e Caio Blat com o Emmy Internacional conquistado por "Império" |
D.R: Fazemos parte de um
todo, a vida por si só já é um desafio!
M.L: Que balanço faz do percurso que tem desenvolvido
até agora como ator?
D.R: Comecei cedo, estudo
muito e amo o meu trabalho. Como venho do teatro, recomendo que todo jovem que
queira ser ator ou atriz que curse uma boa escola de teatro! Tenho orgulho de
olhar retrospetivamente para a minha carreira e ter a sensação de paz e de
dever cumprido! Isso é muito importante na vida de um artista. Estou na quinta
novela e não paro de ser desafiado como ator! Explorando contrastes e mostrando
para o público o ser humano de uma forma mais realista.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda nesta altura da sua vida?
D.R: Caramba! Tem muitas coisas que ainda quero e vou realizar! Uma carreira bacana no cinema é uma delas! Já estive bem perto disso mas a agenda da TV é muito exigente e ainda não permitiu! O teatro é um alimento para mim, e acho que no futuro estarei bem velhinho mas com toda a energia sobre o palco! A minha profissão é muito generosa nesse aspeto, há grandes papéis em todas as idades! Na TV seria bacana fazer um vilão terrível, tipo psicopata! Adoro desafios!ML
D.R: Caramba! Tem muitas coisas que ainda quero e vou realizar! Uma carreira bacana no cinema é uma delas! Já estive bem perto disso mas a agenda da TV é muito exigente e ainda não permitiu! O teatro é um alimento para mim, e acho que no futuro estarei bem velhinho mas com toda a energia sobre o palco! A minha profissão é muito generosa nesse aspeto, há grandes papéis em todas as idades! Na TV seria bacana fazer um vilão terrível, tipo psicopata! Adoro desafios!ML
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