M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
P.G: Eu tinha 17 anos e
entrei num curso de teatro dado pelo João Ricardo e o José Boavida, no Teatro
de Carnide. Fiquei fascinado. Não só pelo curso em si, mas também pelo grupo de
pessoas que encontrei. Fiz amigos para o resto da vida.
M.L: Quais são as suas referências, enquanto ator?
P.G: Sem dúvida que as
minhas maiores referências são no humor. Peter Sellers, Ben Stiller,
Jerry Lewis e por aí fora.
M.L: Como ator, tem trabalhado frequentemente em comédia/humor.
No que toca a este género específico, qual foi a personagem que interpretou que
pode dizer-se que é a sua favorita?
P.G: O Miguel Ângelo de “Mundo
Meu” (TVI) e o Gualdino Júnior de “Queridas Feras” (TVI) foram duas personagens
onde pude trabalhar o humor que gosto de fazer. Marcaram-me.
M.L: Estreou-se na televisão com a telenovela “Primeiro Amor” que foi exibida na RTP em 1996, na qual interpretou o muito divertido Benjamim. Que recordações guarda do seu primeiro trabalho televisivo?
M.L: Estreou-se na televisão com a telenovela “Primeiro Amor” que foi exibida na RTP em 1996, na qual interpretou o muito divertido Benjamim. Que recordações guarda do seu primeiro trabalho televisivo?
P.G: Não foi fácil. Eram
outros tempos e eu era muito jovem. Fiz o melhor que pude e sabia. Mas guardo
recordações muito carinhosas, principalmente do Nicolau Breyner e do Armando
Cortez. Foram eles que me escolheram para desempenhar o Benjas e me deram muita
força durante esses tempos.
M.L: Em “Primeiro Amor”, fez par romântico com
Patrícia Tavares, com quem voltaria a formar par em 2013 na série juvenil “I
Love It” (TVI). Como olha para o percurso que a Patrícia tem desenvolvido como
atriz nestas últimas duas décadas?
P.G: Um percurso
imaculado. Nada a apontar senão o grande talento que ela tem e a colega
fantástica em que se tornou.
M.L: Celebra 26 anos de carreira em 2017, desde que
começou como ator no Grupo de Teatro de Carnide em 1991. Que balanço faz destes
26 anos?
Patrícia Tavares & Pedro Górgia |
P.G: O tempo passou a voar
e cheio de grandes experiências. Foi um bom “balanço” para os próximos 26 anos.
M.L: Foi apresentador do programa “Casting Nacional”
(TVI Ficção) em 2014. Esta é uma experiência por repetir num futuro próximo?
P.G: Sim, claro. Basta
surgir o projeto certo. No “Casting Nacional” foi-me dada a possibilidade de
também escrever conteúdos, o que tornou a experiência muito proveitosa.
M.L: Nos últimos anos, tem-se interessado pelo storytelling. O que o cativa mais no
contar histórias e gostava de, um dia, passar esse interesse por outro nível no
que toca à realização?
P.G: Sou um apaixonado
pelas histórias e as histórias pessoais conseguem divertir-nos, ensinar-nos,
mas também inspirar-nos. Estou envolvido em dois projetos. O Selfietelling, na
Casa do Coreto, em Carnide, em que trabalho com pessoas que se querem iniciar
nesta arte e num projeto chamado “Conta-me Tudo”, em que convidamos pessoas com
mais "hábitos de palco” para partilharem histórias num evento mensal ao
vivo. O “Conta-me Tudo” é um projeto bastante ambicioso, tendo já podcast e programa no Canal Q que terá,
em breve, a sua segunda temporada.
M.L: Numa era atual profundamente incerta, a seu ver
ser ator/atriz já não tem tanto o seu encanto do que quando começou há 26 anos
atrás?
P.G: Claro que sim. É um
caminho que se renova a cada dia.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda nesta altura da sua vida?
P.G:
Ter um projeto pessoal a ser produzido para televisão. Mas estou a trabalhar
para isso e é algo que ambiciono ver realizado a curto prazo.ML
Sem comentários:
Enviar um comentário