domingo, 12 de fevereiro de 2017

Mário Lisboa entrevista... Pedro Górgia

Estreou-se na representação no Grupo de Teatro de Carnide em 1991 e desde aí tornou-se num dos atores portugueses mais carismáticos das últimas duas décadas, cujo percurso passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "Primeiro Amor" (RTP), "Polícias" (RTP), "Filhos do Vento" (RTP), "Ballet Rose-Vidas Proibidas" (RTP), "Jardins Proibidos" (TVI), "Super Pai" (TVI), "Nunca Digas Adeus" (TVI), "Lusitana Paixão" (RTP), "Queridas Feras" (TVI), "Mundo Meu" (TVI), "Morangos com Açúcar" (TVI), "Fascínios" (TVI), "Espírito Indomável" (TVI), "Louco Amor" (TVI), "I Love It" (TVI). Apresentou em 2014 o programa "Casting Nacional" (TVI Ficção) e nos últimos anos tem-se dedicado ao storytelling, onde tem atualmente dois projetos dedicados a essa arte (Selfietelling e "Conta-me Tudo"). Esta entrevista foi feita no passado dia 7 de Fevereiro.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
P.G: Eu tinha 17 anos e entrei num curso de teatro dado pelo João Ricardo e o José Boavida, no Teatro de Carnide. Fiquei fascinado. Não só pelo curso em si, mas também pelo grupo de pessoas que encontrei. Fiz amigos para o resto da vida.

M.L: Quais são as suas referências, enquanto ator?
P.G: Sem dúvida que as minhas maiores referências são no humor. Peter Sellers, Ben Stiller, Jerry Lewis e por aí fora.

M.L: Como ator, tem trabalhado frequentemente em comédia/humor. No que toca a este género específico, qual foi a personagem que interpretou que pode dizer-se que é a sua favorita?
P.G: O Miguel Ângelo de “Mundo Meu” (TVI) e o Gualdino Júnior de “Queridas Feras” (TVI) foram duas personagens onde pude trabalhar o humor que gosto de fazer. Marcaram-me.



M.L: Estreou-se na televisão com a telenovela “Primeiro Amor” que foi exibida na RTP em 1996, na qual interpretou o muito divertido Benjamim. Que recordações guarda do seu primeiro trabalho televisivo?
P.G: Não foi fácil. Eram outros tempos e eu era muito jovem. Fiz o melhor que pude e sabia. Mas guardo recordações muito carinhosas, principalmente do Nicolau Breyner e do Armando Cortez. Foram eles que me escolheram para desempenhar o Benjas e me deram muita força durante esses tempos.

M.L: Em “Primeiro Amor”, fez par romântico com Patrícia Tavares, com quem voltaria a formar par em 2013 na série juvenil “I Love It” (TVI). Como olha para o percurso que a Patrícia tem desenvolvido como atriz nestas últimas duas décadas?
P.G: Um percurso imaculado. Nada a apontar senão o grande talento que ela tem e a colega fantástica em que se tornou.

Patrícia Tavares & Pedro Górgia
M.L: Celebra 26 anos de carreira em 2017, desde que começou como ator no Grupo de Teatro de Carnide em 1991. Que balanço faz destes 26 anos?
P.G: O tempo passou a voar e cheio de grandes experiências. Foi um bom “balanço” para os próximos 26 anos.

M.L: Foi apresentador do programa “Casting Nacional” (TVI Ficção) em 2014. Esta é uma experiência por repetir num futuro próximo?
P.G: Sim, claro. Basta surgir o projeto certo. No “Casting Nacional” foi-me dada a possibilidade de também escrever conteúdos, o que tornou a experiência muito proveitosa.



M.L: Nos últimos anos, tem-se interessado pelo storytelling. O que o cativa mais no contar histórias e gostava de, um dia, passar esse interesse por outro nível no que toca à realização?
P.G: Sou um apaixonado pelas histórias e as histórias pessoais conseguem divertir-nos, ensinar-nos, mas também inspirar-nos. Estou envolvido em dois projetos. O Selfietelling, na Casa do Coreto, em Carnide, em que trabalho com pessoas que se querem iniciar nesta arte e num projeto chamado “Conta-me Tudo”, em que convidamos pessoas com mais "hábitos de palco” para partilharem histórias num evento mensal ao vivo. O “Conta-me Tudo” é um projeto bastante ambicioso, tendo já podcast e programa no Canal Q que terá, em breve, a sua segunda temporada.



M.L: Numa era atual profundamente incerta, a seu ver ser ator/atriz já não tem tanto o seu encanto do que quando começou há 26 anos atrás?
P.G: Claro que sim. É um caminho que se renova a cada dia.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
P.G: Ter um projeto pessoal a ser produzido para televisão. Mas estou a trabalhar para isso e é algo que ambiciono ver realizado a curto prazo.ML

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