M.L: Como é que está a correr a sua passagem pela Santa Maria da Feira?
R.D.C: Otimamente. Estou a gostar imenso de cá estar e muito honrado em terem-me convidado.
M.L: Qual é a sua opinião sobre o concelho?
R.D.C: Gosto muito deste concelho. Vou muito a estas terras daqui. Sou frequentador de Arouca, de S. João da Madeira, de Oliveira de Azeméis, de Santa Maria da Feira. Conheço esta zona muito bem, toda.
M.L: A iniciativa da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira intitulada “Raízes do Afeto” celebra 10 anos. Qual é a sua opinião sobre esta iniciativa?
R.D.C: Acho que foi uma ótima iniciativa que cria uma maior elasticidade às pessoas de mais idade para se dinamizarem.
M.L: Recentemente fez uma participação especial na telenovela “Sedução” (TVI), onde interpretou um ex-jogador do Belenenses. Como correu este trabalho?
R.D.C: Não foi uma participação especial, porque eu pertenço à casa (TVI) e agora vou fazer outra participação. O trabalho foi bom, foi curto, porque eles não me quiseram “castigar” muito fiz poucos episódios.
M.L: “Sedução” é da autoria de Rui Vilhena com quem já trabalhou anteriormente. O que o cativa na escrita dele?
R.D.C: Escreve com muita fluência e sabe organizar as palavras de modo que parece que estamos a falar e não a ler.
M.L: Quando é que se interessou pela representação?
R.D.C: Desde pequenino, eu tive irmãos atores também que desde pequeno que eu os vejo a representar e conheço outros atores amigos também dos meus irmãos.
M.L: Fez teatro, cinema, televisão e rádio. Qual destes géneros que lhe dá mais prazer em fazer?
R.D.C: Teatro.
M.L: Desde a telenovela “Tudo o Tempo o Mundo” (TVI) que é uma presença regular nas telenovelas. Este é um género televisivo que gosta muito de fazer?
R.D.C: Eu comecei antes a fazer a “Vila Faia” (RTP). Eu fiz várias telenovelas antes de “Todo o Tempo do Mundo”, mas depois estive uns 13 anos sem fazer quase nada. Eu não queria sair do teatro, eu gostava de fazer teatro. Mas eu gosto de representar tanto faz ser no teatro, como televisão, como cinema, como rádio. Gosto de representar, é claro que gosto mais do teatro. O teatro tem o público, tem o calor das pessoas e claro sente-se mais.
M.L: Um dos seus trabalhos mais marcantes em televisão foi a versão original da telenovela “Vila Faia” (RTP), onde interpretou o empresário Gonçalo Marques Vila. Que recordações leva desse trabalho?
R.D.C: Tenho sobretudo a recordação de ter começado a haver telenovelas em Portugal. Há muita gente que não gosta, mas é bom para os atores terem trabalho.
M.L: Como vê atualmente o teatro e a ficção nacional?
R.D.C: Acho que há muita juventude a ir ao teatro que é uma coisa que me dá uma grande alegria. Mas é preciso mais ainda.
M.L: Este ano vai fazer 64 anos de carreira. Que balanço faz destes 64 anos?
R.D.C: Faço o melhor possível o meu trabalho com honestidade e sinceridade e com o respeito para quem o represento.
M.L: Gostava de ter feito uma carreira internacional?
R.D.C: Gostava, mas não gostava de sair do meu país. Gostava de ir lá fora representar e voltar para o meu país. Não ser ator-emigrante.
M.L: Qual foi a figura da representação que o marcou, durante o seu percurso como ator?
R.D.C: Tenho várias… o Vasco Santana, o João Villaret, o Ribeirinho, a Irene Isidro, a Sr.ª Amélia Rey Colaço, a Palmira Bastos, o António Silva. São muita gente importante do nosso espetáculo.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
R.D.C: Isso é a televisão que sabe… estou à espera que me digam. Vou fazer uma telenovela com certeza.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta fase da sua vida?
R.D.C: Gostava de ser rico para poder ajudar o teatro a avançar mais.
M.L: Se não fosse o Ruy de Carvalho, qual era o ator que gostava de ter sido?
R.D.C: Gostava de ter sido eu. São outros casos melhores que o meu.ML
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