M.L: Recentemente lançou o livro “Independência Financeira para Mulheres” que marca a sua estreia na escrita e cujo o objetivo é ajudar as mulheres a terem a sua própria independência financeira. Como é que surgiu a ideia de escrever este livro?
S.A: Surgiu do contato com milhares de portuguesas, espectadoras das minhas rubricas televisivas e participantes nos cursos de desenvolvimento pessoal e finanças pessoais, de ter constatado o que era comum a todas elas.
M.L: Como é que fez a pesquisa para o projeto?
S.A: Fiz a pesquisa ao longo de 4 anos lendo o que de melhor se faz sobre a mudança de comportamentos nas finanças pessoais fazendo formação com alguns dos melhores professores do mundo na área comportamental e percebendo como é que a aplicação na minha vida dos princípios que defendo, por exemplo para a construção de riqueza faziam ou não a diferença. E aqueles que constatei que aplicava e resultavam deram origem ao livro a partir da minha experiência pessoal. O livro é um guia que permite às pessoas evitarem uma série de erros muito comuns na gestão do seu dinheiro.
M.L: Como tem sido a reação do público a este livro?
S.A: Muito boa, excelente mesmo. Tenho recebido muitos testemunhos de mulheres que me agradecem e me dizem que o livro lhes permitiu passar a ter uma relação com o dinheiro muito mais consciente e equilibrada.
M.L: Que balanço faz deste trabalho?
S.A: O balanço é muito positivo e motivador para continuar a desenvolver o meu trabalho na área das finanças e desenvolvimento pessoal.
M.L: Atualmente é secretária-geral da ASFAC, uma associação que representa o setor de financiamento especializado, onde exerce o cargo desde 1997. Que balanço faz dos últimos 14 anos em que está no cargo?
S.A: O balanço é muito gratificante. A Associação tornou-se mais profissional e alargou o seu leque de serviços tendo desenvolvido nos últimos anos um trabalho único de responsabilidade social do setor através dos seus programas de educação financeira.
M.L: O que a levou a aceitar o convite para exercer o cargo na altura?
S.A: O fato de poder fazer uma série de coisas que adorava: gestão, comunicação, marketing, organização de formação/conferências e o desafio de ir fazer crescer a Associação, enquanto fórum de troca de ideias e de informação entre os associados.
M.L: Além de exercer o cargo também teve experiências como advogada e como atriz e colabora com a Comunicação Social no que se trata de gestão de finanças pessoais. Qual destas funções em que se sente melhor?
S.A: Gosto imenso de escrever, mas acima de tudo, o que mais gosto de fazer na vida é dar formação e fazer coaching ou seja dar instrumentos e ferramentas às pessoas com quem contacto para que possam desenvolver o seu potencial e viverem a versão maior de si mesmas.
M.L: Já alguma vez pensou em voltar à representação?
S.A: Sim, está nos meus planos de médio prazo, gostava imenso de voltar a fazer teatro. Sempre que posso faço formação nessa área para manter o contato e para crescer pessoalmente.
M.L: Houve algum momento que a tenha marcado, durante o seu percurso profissional?
S.A: O momento mais marcante foi o ano em que fui bolseira do British Council em Londres, onde fiz um programa de especialização em Direito Comercial Inglês e trabalhei no maior escritório de advogados do mundo. A experiência marcou-me pelo fato de o ambiente académico e profissional ser muito mais organizado e bem gerido permitindo desenvolver e mostrar o talento individual com mais facilidade. Marcou-me também o fato de sentir que esta sociedade é regida por uma lógica de meritocracia mais do que qualquer outra e o mais importante é o valor das nossas ideias e a nossa competência.
M.L: Como vê atualmente a Economia, o Direito e a Cultura em Portugal?
S.A: Vejo a Economia com uma visão que tem que ser necessariamente otimista e pró-ativa ou seja sinto uma enorme responsabilidade pessoal em contribuir ativamente para melhorar a situação económica do país e ajudar as pessoas individualmente a ultrapassarem o medo e a descobrirem a força necessária para fazer face aos desafios que vivemos. Olho para o Direito com um enorme ceticismo uma vez que a nossa Justiça precisa de ser reorganizada e de funcionar com celeridade e eficácia. E para a Cultura olho com esperança de que os profissionais da cultura tenham como sempre, a força, a criatividade e a capacidade de continuarem a fazer o seu trabalho cada vez mais relevante do ponto de vista social mesmo em tempos tão adversos.
M.L: Que expectativas tem em relação ao Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas?
S.A: As melhores, tem um passado exemplar na sua área.
M.L: Já trabalhou no estrangeiro. Gostava de ter ficado lá?
S.A: Não sei. Sinto que parte da minha missão de vida passa por partilhar em Portugal tudo aquilo que aprendi no estrangeiro. O que gostaria muito era de trabalhar cada vez mais no estrangeiro.
M.L: Qual foi o trabalho que a marcou, durante o seu percurso profissional?
S.A: Editar o meu primeiro livro: “Independência Financeira para Mulheres”.
M.L: Houve alguma pessoa que a tenha marcado, durante o seu percurso profissional?
S.A: Houve várias pessoas que me marcaram por razões diferentes: o meu patrono no estágio Luís Sáragga Leal pela sua inteligência superior, o Presidente da Direção da ASFAC António Menezes Rodrigues, um exemplo de autenticidade e humanidade na forma como trata os que o rodeiam e a minha Professora do Método Marcia Haufrecht por ser um exemplo de excelência, rigor, inteligência e intuição no seu trabalho.
M.L: Este ano vai fazer 42 anos. Como é que se sente ao chegar a esta idade?
S.A: Respondo-lhe na véspera do meu aniversário (a entrevistada celebrou o seu aniversário no dia a seguir a esta entrevista) e sinto-me muito tranquila, muito feliz por estar onde estou e acima de tudo ser quem sou. Sinto que a vida é uma permanente experiência de aprendizagem que nos propõe sempre que continuemos a crescer e a evoluir a todos os níveis. Confio cada vez mais na ordem superior no meio do aparente caos que nos rodeia.
M.L: Que balanço faz do seu percurso profissional?
S.A: Um balanço excelente. Sinto que o Céu é o limite, quando fazemos aquilo que gostamos e quando é claro para nós o nosso propósito de vida, a nossa missão única, o serviço que devemos prestar.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
S.A: Continuar a dar formação na área do desenvolvimento pessoal e da criação de felicidade e fazer coaching para o sucesso pessoal e profissional.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda?
S.A: Ter o meu próprio programa de desenvolvimento pessoal.
M.L: O que é que gostava que mudasse na sua vida?
S.A: Nada, acho que a minha vida é perfeita exatamente como é!ML
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