sábado, 13 de abril de 2013

Mário Lisboa entrevista... Karla Muga

Olá. A próxima entrevista é com a atriz brasileira Karla Muga. Estreou-se na representação em 1989 com a mini-série "O Grito da Noite" da TV Manchete e desde aí tem desenvolvido um percurso como atriz que já conta com 24 anos de carreira, da qual passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "Quatro por Quatro" (TV Globo), "A Indomada" (TV Globo), "Meu Pé de Laranja Lima" (TV Bandeirantes), "Tiro & Queda" (TV Record) e "Malhação" (TV Globo) e além da representação também é encenadora, diretora de atores e produtora e desde 2008 que vive em Portugal, onde trabalha como diretora de atores na produtora Plural Entertainment Portugal (ex-NBP). Esta entrevista foi feita por via email no passado dia 26 de Fevereiro.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
K.M: Aos 13 anos.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
K.M: Fernanda Montenegro, Glenn Close, (Robert) DeNiro, Selton Mello…

M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes géneros que lhe dá mais gosto de fazer?
K.M: Cinema e Televisão...

M.L: Qual foi o trabalho num destes géneros que a marcou, durante o seu percurso como atriz?
K.M: “A Indomada” (TV Globo).
M.L: Já fez telenovelas. Este é o género televisivo que mais gosta de fazer?
K.M: Sim... mas gosto muito de séries também. Tudo depende de quem escreve e de quem realiza. Se você não parte de um bom guião... não há milagres.

M.L: Em 1997 participou na telenovela “A Indomada” que foi exibida na TV Globo, da qual interpretou a personagem Grampola. Que recordações guarda desse trabalho?
K.M: Profissionalmente, foi uma fase muito próspera. Tenho uma predileção pela escrita do Aguinaldo Silva e do Ricardo Linhares (os autores de “A Indomada”)

M.L: Qual foi o momento que mais a marcou, durante o seu percurso como atriz?
K.M: Não tenho um momento que considero mais especial que outro... é tudo trabalho...

M.L: Como vê atualmente o teatro e o audiovisual (Cinema e Televisão) no Brasil?
K.M: O cinema vive a sua melhor fase. O teatro continua precisando de incentivos para poder cobrar bilhetes mais acessíveis.

M.L: Gostava de fazer uma carreira internacional?
K.M: Posso dizer que já tenho carreira internacional… Portugal acolheu-me muito bem, trabalho desde 2008... tenho trabalhado muito. Completo 24 anos de carreira e a última etapa aqui foi muito produtiva.

M.L: Em 2013 celebra 24 anos de carreira, desde que começou com a mini-série “O Grito da Noite” na TV Manchete em 1989. Que balanço faz destes 24 anos?
K.M: Gosto daquilo que sei fazer, mas não estou disposta a fazê-lo a qualquer preço... A minha prioridade é qualidade de vida e paz de espírito. Hoje posso dizer que a minha felicidade não vem exclusivamente da carreira. Não sou escrava do entretenimento. Descobri que tenho muitos outros talentos.

M.L: Além da representação também é encenadora, diretora de atores e produtora. Qual destas funções em que se sente melhor?
K.M: Gosto mais da encenação, da dramaturgia e da preparação de elenco.

M.L: Atualmente vive em Portugal, trabalhando como diretora de atores na produtora Plural Entertainment Portugal (ex-NBP). O que a levou a ficar a viver em Portugal?
K.M: Gosto da vida que levo aqui.

M.L: Como vê atualmente Portugal?
K.M: É uma fase menos boa, mas todos temos fases menos boas e passamos por ela. Portugal vai sair mais forte. O que importa é ter bom ânimo e não deixar-se abater. Procurar fazer a nossa parte, dentro de nós, a motivação. O Governo não tem que dar conta de tudo…

M.L: Qual foi a pessoa que a marcou, durante o seu percurso como atriz?
K.M: Não tenho marcas assim tão profundas, admiro o trabalho de muitos colegas, mas não gosto do mito... todos os dias esbarramos com colegas de trabalho mais especiais ou menos especiais. Eu sou impactada por pessoas do bem, pessoas proativas e positivas.

M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
K.M: Saber a diferença entre talento e vocação, o não é sinónimo de profissionalismo. Preocupe-se menos com a popularidade e mais com os estudos e pesquisa. O ator deve ser um bicho inquieto com sede de informação, vivência e experiências.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
K.M: Deixo a vida surpreender-me... Estou estudando, reciclando-me...

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda?
K.M: Dar uma volta ao mundo.ML

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