M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
A.B: Desde miúda. Sempre tive
apetência para tal.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
A.B: Poderia dizer que foi o Bruce Lee (isto em tom de
brincadeira), porque na altura em que vivi em África não havia televisão e os
filmes que passavam eram só de Artes Marciais com o Bruce Lee.
M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes
géneros que mais gosta de fazer?
A.B: São 3 géneros diferentes. O
Teatro, porque tem o carinho do público na hora. A Televisão, porque poderá ser
eterna a nossa visibilidade. O Cinema pela forma como é cuidadosamente gravado.
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora,
durante o seu percurso como atriz?
A.B: Adorei a Isilda do “Verão Quente” (RTP). Foi o meu primeiro grande papel. Era uma personagem
que tinha algo a ver comigo. Estava acompanhada por grandes Senhores/as do meio
artístico Português.
M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção nacional?
A.B: Com pena. Vejo o teatro muito
mal aproveitado. Não lhes são dadas condições. Falta calor e vontade de aposta.
A ficção nacional vai andando, embora se feche num núcleo quase privado.
M.L: É filha de Ernâni Pinto de Bastos que faleceu em
2011 e foi pioneiro do para-quedismo no Algarve. Como vê o percurso que o seu
pai desenvolveu até falecer?
A.B: Foi um homem sempre ligado ao
Desporto. Apaixonado pelo para-quedismo e pelas Artes Marciais. Sem muita sorte
no final devido à sua doença conseguiu no entanto criar bons seguidores da sua
paixão.
M.L: Além da representação, também tem experiências
tão diferentes como, por exemplo, modelo, bailarina e produtora, e, recentemente,
iniciou uma nova etapa da sua vida ao começar a trabalhar no Ramo Imobiliário. Tendo
em conta que tem desenvolvido um percurso atípico, em qual destas funções em
que se sente melhor?
A.B: É difícil dizer. São etapas
diferentes e fazem parte de um percurso de vida. Cada uma a seu tempo tem tido
um gosto especial. Agora lutamos no Ramo Imobiliário, mas quem sabe se no
futuro volto à representação.
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
A.B: Paixão, vontade e acreditar.
Porque já somos muitos e a perseverança é o trunfo de uma carreira.
M.L: Que balanço faz do percurso profissional que tem
desenvolvido até agora?
A.B: É um balanço positivo, mas com
muito ainda para dar. Penso em andar de bengala pelos estúdios e assim ser
reconhecida pelo meu trabalho.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito
ainda nesta altura da sua vida?
A.B: Sinceramente,
eu não sei, porque sou uma mulher de armas e como tal acho que ainda me falta
percorrer muita estrada. O futuro é uma incógnita, onde reserva uma série de
experiências novas.ML
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