M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
F.S: Em 1995, quando fiz o
meu 1º filme em Espanha, "Muere, Mi Vida" (1996) de Mar Targarona.
M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
F.S: Definitivamente a atriz Cate
Blanchett faz parte das minhas maiores e melhores referências; a nível nacional a extraordinária Luísa Cruz!!!
M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes
géneros que mais gosta de fazer?
F.S: Todos, mas não ao mesmo tempo. Já
fiz e apesar de ser um bom mas difícil exercício, não nos deixa desfrutar do
trabalho em si. Do projeto. São registos tão diferenciados, que não se torna
eficaz emocionalmente.
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora,
durante o seu percurso como atriz?
F.S: A novela "Amanhecer" (TVI),
foi a que mais gostei, pela personagem em si.
M.L: Entre 1997 e 1998, participou na telenovela “A
Grande Aposta” que foi exibida na RTP e marcou a sua estreia na ficção
televisiva, na qual interpretou a personagem Carlota Costa. Que recordações
guarda desse trabalho?
F.S: As melhores, pelo excelente elenco,
história e, obviamente, por ter sido a primeira novela que fiz.
M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção
nacional?
F.S: Vejo tudo muito pouco acompanhado,
pouco acarinhado e respeitado, não pelo público, que é o nosso motor e é
extremoso, mas pelas direções de estação e sobretudo pelo Estado.
M.L: Como lida com o público que acompanha sua
carreira há vários anos?
F.S: Da melhor e mais saudável forma
possível. Dou muito, mas recebo muito mais. Só posso e devo agradecer muito
tanta dedicação e carinho.
M.L: Atualmente, co-protagoniza a peça “40 e Então?”
que está em digressão, na qual é a sucessora da peça “Confissões das Mulheres
de 30”. Como está a correr este trabalho?
F.S: Muitíssimo bem. É a continuação de
um trabalho sério, profissional e de dedicação extrema. Temos muito amor e
carinho dedicados a este projeto e entre nós todas.
M.L: Partilha o protagonismo de “40 e Então?” com
Maria Henrique e Ana Brito e Cunha, tal como aconteceu em “Confissões das
Mulheres de 30”. Como é trabalhar com ambas?
F.S: O melhor do Mundo. Um
luxo.
M.L: Como tem sido a reação do público a esta peça até
agora?
F.S: Fantástica. Salas cheias e cheias de
entusiasmo.
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na representação?
F.S: Que pense que não é pêra doce, que
só com muito trabalho, esforço, seriedade, dedicação e brio, se chega a algum
lado.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até
agora, como atriz?
F.S: Parece-me que tenho feito uma muito
boa gestão de tudo, dos projetos escolhidos, do inerente processo de desgaste,
da diferenciação das personagens, o que aparenta ser fácil, mas não é. Estar em
antena durante 20 anos e manter o segmento, é fruto de gestão apertada.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
F.S: A seu tempo se
saberão. Agora
tenho a digressão desta peça a decorrer, a novela da TVI "Mulheres"
no ar, e em exibição nas salas de cinema, um maravilhoso filme do António-Pedro
Vasconcelos, "Os Gatos Não Têm Vertigens", tudo projetos de enorme e
reconhecido sucesso. Penso que não me posso queixar, verdade?
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda nesta altura da sua vida?
F.S: Cantar e
dançar maravilhosamente!!! Mas descobri entretanto que não tenho a menor
vocação para isso, portanto desisto!!!ML
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