M.L: Quando surgiu o interesse pela Moda?
C.P: Talvez o facto de ser
neta de uma grande modista certamente influenciou a minha escolha profissional.
A minha Avó era uma mulher de grande visão, com grande sentido estético e bom
gosto. Tinha 20 costureiras a trabalharem permanentemente para ela, ora uma
equipa desta envergadura já naquela época, anos 20, era incrível!!!
M.L: Quais são as suas influências nesta área?
C.P: A minha inspiração
muitas vezes vem das pessoas que se cruzam connosco na rua, sou muito
observadora e atenta. E claro faço a minha interpretação de quem dita
tendências.
M.L: Como figurinista, trabalha em teatro, cinema e televisão.
Qual destas áreas que mais gosta de trabalhar?
C.P: Neste momento estou a
fazer os Figurinos para uma peça de Teatro, e está a ser uma experiência muito
interessante, mas o trabalho de figurinos para televisão (ficção) é sem dúvida
muito estimulante e com a particularidade de muitas vezes até ditarmos modas e
tendências. O espectador reage de imediato ao ver determinado ator, atento ao
que usa e como usa.
M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora,
durante o seu percurso como figurinista?
C.P: Talvez os “Morangos
com Açúcar” (TVI) tenha sido sim o projeto que mais me marcou. Foram 9 anos a
criar Figurinos e ditar modas... para uma geração super-exigente!
M.L: Foi figurinista da telenovela “Sedução” que foi
exibida na TVI entre 2010 e 2011. Que recordações guarda desse trabalho?
C.P: A telenovela
“Sedução” foi sem dúvida um projeto que muito me “seduziu”, voltei a trabalhar
com a Fernanda Serrano. Tinha também uma personagem esteticamente muito
exigente, e que foi criada sob a inspiração de “O Sexo e a Cidade”
(1998/2004), interpretada pela Maria João Bastos.
M.L: Entre 1999 e 2013, trabalhou na produtora Plural
Entertainment Portugal (ex-NBP). Que balanço faz do tempo em que trabalhou na
produtora?
C.P: O meu reconhecimento
profissional sempre ultrapassou a empresa à qual estive ligada 15 anos. Comecei
a trabalhar em publicidade, a seguir entrei na TVI como responsável da
Informação. A ficção veio depois. E nesta área da Imagem é fundamental o
trabalho de relações públicas e comerciais com marcas internacionais e
empresas. Tenho boas recordações dos muitos projetos que fiz… alguns
fantásticos!
M.L: Como vê, hoje em dia, a indústria da Moda?
C.P: A indústria da Moda é
um setor fantástico e apaixonante, ao qual certamente não me consigo
distanciar. Acompanho com muita atenção o que se faz em Portugal. Há algum
tempo que procuro trabalhar com marcas Portuguesas, e divulga-las da melhor
forma. Os Figurinos da peça “Hamlet da Silva”, que vai estar em cena este
mês de Setembro, são marcas Portuguesas que estão a colaborar comigo. Temos uma
indústria têxtil e de calçado de excelente qualidade.
M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira
ingressar numa carreira na área da Moda?
C.P: Tudo tem de ser feito
com entrega e paixão! A Moda é muito versátil e temos vários caminhos para
explorar. Sempre numa constante evolução.
M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até
agora, como figurinista?
C.P: O meu balanço é muito positivo, pois sempre tive a possibilidade de
escolher.
M.L: Quais são os seus próximos projetos?
C.P: Tenho um projeto
pessoal em construção, o qual ainda não posso divulgar. Também estou a fazer os
Figurinos para filmes a apresentar em breve.
M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha
feito ainda nesta altura da sua vida?
C.P:
Espero conseguir a oportunidade e poder vir a ter também uma colaboração como
voluntária. Estou a trabalhar nesse sentido.ML
Incansável a Catarina. Trabalhei para ela na Pedra Dura, acessórios de moda. Há longo tempo e admiro-a pelo seu trabalho muito competente.
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